Leilão de Milho: Cinco regiões não atingem preço

O leilão do milho que ocorreu dia 27 de maio garantiu o preço mínimo ao produtores em apenas uma região do Estado, a Nordeste, onde fica o município de Canarana. Nas demais 5 regiões reconhecidas pelo Ministério da Agricultura, o valor do prêmio somado ao preço de mercado não alcançou os R$ 13,98 fixado como mínimo para que o produtor consiga cobrir os custos de produção.

A comercialização também não atingiu o esperado e somente 69% das 600 mil toneladas foram vendidas. O valor Prêmio para Escoamento da Produção (PEP) é distribuído conforme o custo do frete na região.

Mas tanto o preço do Prêmio, que neste leilão variou entre R$ 2,64 e R$ 6,78, quanto o número de leilões, planejados em 12, poderão ser alterados ao longo do período de colheita da safra. Segundo o diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, em reunião com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, os preços e os estoques serão atualizados semanalmente.

"O ministro disse que os prêmios foram estipulados por ele após uma análise técnica, mas conforme os leilões forem acontecendo, os dados serão atualizados e os prêmio redistribuídos por região," afirma Fávaro ao comentar que também houve o compromisso de realizar mais leilões, caso seja necessário.

A região Centro-Sul foi a que ficou mais longe de conseguir cobrir os custos e a soma do prêmio, R$ 5,03, com o preço de mercado, R$ 7,50, ficou R$ 1,45 abaixo dos R$ 13,98. Na região Oeste a diferença entre o mínimo e o conquistado foi R$ 1,36.

Em Sorriso, região Centro-Norte, o prêmio foi de R$ 5,70 e o preço de mercado estava em R$ 7, no total os produtores conseguiram R$ 12,79, R$ 1,19 menos do que o necessário. Ao Norte, em Sinop, o prêmio de R$ 6,78 não foi suficiente, visto que o preço da saca estava em R$ 6,50 e faltou R$ 0,70 para chegar aos R$ 13,98. Ao Sudeste, R$ 0,84 a mais seriam o suficiente para alcançar os R$ 13,98. Lá o prêmio foi o menor, de R$ 2,64.