FAEG pede ao MAPA que estabeleça prêmios distintos nos leilões de milho em GO

Publicado em 15/06/2010 08:09
Representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) estiveram na tarde desta segunda-feira (14), em Brasília, reunidos com o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), José Maria dos Anjos, para discutir os mecanismos governamentais de escoamento do milho. De acordo com o coordenador do grupo recebido no Ministério e analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes, a entidade solicitou que o estado de Goiás fosse dividido em duas áreas com prêmios diferenciados nos próximos leilões de aquisição do produto. Isso porque, a região sudoeste de Goiás está bastante distante dos principais pontos de escoamento do milho para exportação e, por isso, tem sido prejudicada no que diz respeito ao custo do frete. Hoje, o prêmio para a exportação está em R$ 4,92 por saca. De acordo com Arantes, para essas regiões mais distantes, o ideal seria um prêmio em torno de R$ 6.

O analista diz que esta mudança está praticamente acertada e que o Ministério, muito provavelmente, passará a adotar prêmios diferenciados já para o leilão da próxima semana, agendado para quinta-feira (24). A Faeg também solicitou que o governo amplie a aquisição para os próximos leilões. Nos dois últimos houve deságio de cerca de 8% justamente pelo excesso de procura. Nos 10 leilões que o governo sinalizou realizar em Goiás serão escoadas 130 mil toneladas de milho. Quantidade que a Federação considera insuficiente. "Por isso, aproveitamos a reunião com o secretário para, também, solicitar um acréscimo nesse montante. Gostaríamos que o governo elevasse para 200 mil toneladas", acrescenta Arantes. Na quinta-feira (17), uma segunda reunião está agendada no Ministério, às 14 horas, na qual a Faeg irá acompanhar o andamento dos pleitos apresentados nesta segunda-feira.

Hoje, Goiás encontra-se no limite de sua capacidade armazenadora. Arantes explica que as 13 milhões de toneladas produzidas é praticamente a capacidade de armazenagem do estado. Isso faz com que, ao final da colheita da safrinha que já começou, haja produto em excesso no mercado e os preços despenquem abaixo do custo de produção. O estado registrou um estoque de passagem do último ciclo para o atual de cerca de um milhão de tonelada em armazéns governamentais, acrescido das aproximadas 400 mil toneladas que estão em armazéns particulares de produtores. Levando-se em consideração que o consumo interno de milho gira em torno de três milhões de toneladas, Pedro Arantes estima que mais de dois milhões de toneladas do cereal precisarão ser escoados de Goiás.

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Faeg

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