Etanol de milho no foco da Aprosoja

Publicado em 30/07/2010 07:53 e atualizado em 30/07/2010 09:24
A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) informou que vai iniciar um projeto para estudar a viabilidade de agregar a usinas de biodiesel do Estado também a produção de etanol de milho.

O projeto, que deve obter a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), busca encontrar soluções para dois gargalos, segundo o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira. O primeiro é o de otimizar as estruturas industriais já implantadas de produção de biodiesel, muitas delas ociosas. A segunda é de agregar valor à produção de milho do Estado, que tem "sobra" anual de mais de 6 milhões de toneladas.

Um projeto-piloto deve ser iniciado nos próximos 30 dias, segundo Silveira, na usina da Cooperativa Agroindustrial do Parecis (Coapar), localizada em Campos de Júlio (MT). A escala ainda será experimental. Mas, se a viabilidade econômica da usina "flex" for comprovada, o objetivo é que se estenda a produção para 40 usinas com potencial para processar juntas dois milhões de toneladas de milho. O volume equivale a 24% da produção do grão de Mato Grosso, que deve ser de 8,35 milhões de toneladas neste ano. "De tudo o que produz, o Estado só consome 2,2 milhões de toneladas do grão, basicamente para ração de frango e suíno", diz Silveira.

Ele explica que a maior parte das usinas de biodiesel que foram implantadas no Estado nos últimos anos está desativada ou produzindo apenas óleos (soja, girassol, etc). Entre outros fatores, há o fato de os preços dos óleos estarem mais atrativos que os do próprio biodiesel.

Assim, agregar uma usina de etanol de milho traria algumas vantagens e a necessidade de apenas metade dos investimentos demandados em uma usina convencional, pois há compartilhamento de equipamentos com a operação de biodiesel, explica. "O processo industrial do etanol de milho é basicamente esmagar e fermentar por meio de enzimas."

A Embrapa também estuda neste momento o cultivo de sorgo sacarino na safrinha do Mato Grosso para produção de etanol. "Já iniciamos uma aproximação com a Aprosoja no projeto com o milho e, agora avaliamos como a instituição se envolverá", diz o chefe-geral da Embrapa em Mato Grosso, João Flávio Veloso Silva. (FB)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Valor Econômico

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário