Milho: fertilizantes têm maior peso no custo da produção
O levantamento foi feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), tendo a cidade de Sorriso, no norte do Estado, como referência. A cotação do custo de produção tem por base propriedades de alta tecnologia, com colheitas de 100 sacas por hectare – média tecnologia registra 80 sacas por hectare e baixa tecnologia, 60 sacas por hectare.
O vice-presidente na região Oeste da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), José Guarino, confirma o peso dos fertilizantes na produção, não só do milho como da soja. “Eles são significativos, afinal, são produtos que não produzimos, com isso os preços elevam e aumentam sua participação no custo final”, discorre.
Guarino revela que as sementes, segundo maior custo da lavoura, também oneram os preços finais. “Ela vem tendo sucessivas altas, em função das novas tecnologias que apresentam”, disse. A semente pode representar de 24% a 32% no custo total da produção em Mato Grosso.
Tanto as sementes como os fertilizantes integram o rol dos insumo da produção, que correspondem de 79% a 85% dos custos de operação.
EXPORTAÇÃO - O Imea mostrou que do total de 1,9 milhão de toneladas de milho exportadas pelo Brasil em setembro, Mato Grosso respondeu por 51%, cerca de 800 mil toneladas. O resultado acumulado de junho a setembro no país somou 3,4 milhões de toneladas, das quais 2 milhões foram exportados pelo Estado de Mato Grosso.