Escassez de chuvas preocupa produtores de milho de MT
Com o clima seco que deve se prolongar por mais alguns dias, algumas regiões temem perdas de até 50% da safra.
Dos pouco mais de 1,7 milhão de hectares plantados, pelo menos 27% da área destinada para o cultivo do grão no Estado foi plantada fora da janela ideal – até 28 de fevereiro – muitos produtores atrasaram a colheita da soja e a semeadura do milho se estendeu no mês de março.
Como já existia uma estimativa de uma redução em 10% da área destinada para o cultivo do milho, a previsão era de queda também da produtividade em Mato Grosso. No entanto, com a estiagem que se prolonga nessa primeira quinzena de maio, institutos de pesquisas cogitam que a produtividade deva ser inferior ao potencial produtivo estimado, de 7,5 milhões de toneladas, contra 8,4 milhões de toneladas na temporada passada e as perdas com a falta de chuvas pode ser significativa em todo Estado.
Na região Centro-Oeste a situação é ainda pior. A região foi a que mais sofreu com o excesso de chuvas na colheita da soja e consequentemente atrasou o plantio do milho safrinha.
Em Sapezal, o milho ainda está novo e segundo o administrador de Fazenda, Edson Fracaro, que plantou 1,6 mil hectares, se não chover logo, pelo menos 50% da safra estará perdida.
Em Lucas do Rio Verde, segundo Carlos Favaro, coordenador do Núcleo Aprosoja, pelo menos 40% do milho do município ainda não atingiu a fase de florescimento. Isso pode significar prejuízos ao produtor em torno de 30% a 40%.
De acordo com levantamentos da Somar Meteorologia, as perdas em todo Estado podem chegar a 3 milhões de toneladas, caso não chova nos próximos 15 dias.