Milho: Cereal tem preço expressivo em MT em relação a 2010

Publicado em 13/06/2011 08:46
No momento em que se inicia a colheita do milho 2010/11 em Mato Grosso, compara-se a exatamente 1 ano atrás, período difícil para o agricultor de milho, devido ao baixo interesse pelo produto que, em junho, o preço de R$ 7,00 (Sorriso/MT) não era suficiente para pagar o custo da lavoura, e no outro lado da cadeia o suinocultor vibrava pelo menor custo para alimentar os animais.

Nesta safra 2010/11, está se vendo uma situação bem diferente daquela vivenciada em 2010. O motivo é o aumento expressivo do preço da commodity no mercado, tanto interno quanto externo, e o agravante é o valor do suíno que não vem crescendo no mesmo ritmo. Assim esta situação temerosa causou certa apreensão por parte do setor, pois a principal base alimentar dos suínos é o milho. A relação de troca em 2010 está sendo a pior em dez anos. Juntamente, ocorre um interesse de embargo
pela Rússia da carne suína mato-grossense, o que causa tensão, pois, como essa cadeia é a maior consumidora do cereal local, pode ocorrer uma descapitalização do suinocultor que refletirá em ambos os setores, pecuária e agrícola.

Mesmo com o início da colheita, o milho não apresentou uma referência mais sólida no valor do mercado interno. A última citação mensal de preço ficou a R$ 18,80/sc em Nova Mutum, já em Campo Verde esteve a 21,80/sc.

Como é típico no mês de junho, não há ocorrências de chuvas no Estado. Com o milho atingindo patamares elevados nas regiões de cotação, o dólar baixo segura um pouco o preço da commodity. O agricultor mato-grossense vive um dilema ético: negociar mais do produto, correndo o risco de não conseguir colher o volume estipulado em contrato ou não negociar mais,
esperando a colheita para ter o volume definido, assim honrando seus contratos.

Em Sorriso existem ofertas de R$ 17,00/sc para entrega em julho, com pagamento em agosto. Em Lucas do Rio Verde (MT) tem ofertas semelhantes para o mesmo mês.

Mato Grosso bate recordes de exportações neste primeiro quadrimestre de 2011, 1,8 milhão de toneladas, se comparado às últimas dez temporadas anteriores, tendo Santos como seu principal corredor, representando 57% do volume despachado para o exterior. Em segundo lugar vem Manaus, com 440 mil toneladas. O fato mais relevante é sobre o mês de abril, que movimentou volumes pequenos, sendo Manaus a maior rota do Estado no período, com 22 mil toneladas de um total de 23,5 mil.

Vitória ficou na terceira posição, com 172 mil toneladas no acumulado do ano. Já Paranaguá ficou na quarta colocação, com 110 mil toneladas.

Santarém e São Luís fizeram 57 mil e 37 mil toneladas, respectivamente. As outras vias tiveram uma participação insignificante de 0,1%. As informações partem do boletim semanal divulgado pelo IMEA (MT).

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Só Notícias

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