Milho mais nutritivo é difundido entre agricultores mineiros
O extensionista Evode José dos Santos conta que a variedade BR 473 foi plantada na Fazenda Figueiredo, em Matozinhos. Após a colheita, o material foi levado à Embrapa Milho e Sorgo para que as sementes fossem classificadas e ensacadas.
O próximo passo é a distribuição das sementes a produtores interessados em fazer a multiplicação. Cerca de 40 agricultores poderão ser atendidos. Como trata-se de uma variedade, os próprios agricultores podem plantar o material para obtenção de mais sementes sem comprometer as características e o potencial produtivo do milho. "Eles também podem fazer fubá para a família, passar sementes para os vizinhos", explica Evode.
Junto com o milho, os produtores receberão explicações sobre o que é o material QPM e os benefícios de sua utilização. O BR 473 possui excelente valor energético e, ao mesmo tempo, maior valor proteico do que o milho comum, pois apresenta teores mais altos de aminoácidos essenciais.
Segundo o extensionista, o objetivo é fazer uma unidade de multiplicação de alimentos mais nutritivos em Matozinhos e difundir esses materiais entre os produtores. Além de milho, também foram plantadas mandioca e batata-doce biofortificadas no município e pretende-se implantar ainda lavouras de arroz e de feijão com teores de nutrientes mais altos.
Saiba mais
A biofortificação consiste em um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas. As pesquisas para produção de alimentos biofortificados buscam diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população. O BioFORT é o projeto responsável pela biofortificação de alimentos no Brasil, coordenado pela Embrapa.
No período de 10 a 15 de julho, será realizada, em Teresina, a IV Reunião de Biofortificação no Brasil. São esperados cerca de 200 participantes, entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que são membros da rede de biofortificação no Brasil, América Latina e Estados Unidos, ligados às cadeias de produção de arroz, abóbora, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho, batata-doce e trigo. Mais informações podem ser obtidas no endereço www.biofort.com.br.
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