Indústria de petróleo dos EUA enfrenta maior ameaça em 15 anos com furacão Laura

Publicado em 25/08/2020 15:08

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A indústria petrolífera dos Estados Unidos começou a se preparar para a chegada de um furacão de grandes proporções nesta terça-feira, reduzindo a produção de petróleo a um nível que se aproxima do verificado à época do furacão Katrina, em 2005, e interrompendo o refino de petróleo em unidades da costa do Texas/Louisiana.

A tempestade deve ganhar força rapidamente e se transformar em um grande furacão com ventos constantes de 185 quilômetros por hora quando atingir a costa, no início da quinta-feira, segundo o Centro Nacional de Furacões do país.

Essa intensificação deverá, no mínimo, levar uma tempestade de 3 metros para a costa superior do Texas, podendo produzir um devastador furacão de categoria 4, segundo Chris Kerr, meteorologista da DTN, que fornece informações sobre agricultura, energia e clima.

Na segunda-feira, a tempestade já havia interrompido a produção de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo, cerca de 82% da produção "offshore" do Golfo do México --nível que se aproxima da paralisação de 90% causada pelo Katrina há 15 anos.

Refinarias paralisaram instalações que processam pelo menos 1,8 milhão de bpd de petróleo, 10% da capacidade total dos EUA, segundo cálculo da Reuters. Na esteira da interrupção, os preços da gasolina dispararam nesta terça-feira, acumulando alta de mais de 10% desde sexta-feira.

"Haverá uma tempestade significativa de Galveston, no Texas, até o rio Sabine", área que compreende algumas das maiores refinarias da região, disse Kerr, da DTN. "Há condições ideais nas regiões central e oeste do Golfo para uma rápida intensificação."

Autoridades das cidades de Port Arthur e Galveston, que possuem cerca de 50 mil habitantes cada, emitiram ordens de evacuação obrigatória diante da chegada do furacão Laura.

O fenômeno climático deve levar a fortes chuvas em uma área que representa mais de 45% da capacidade total de refino dos EUA e 17% da produção de petróleo, segundo a Administração de Informação sobre Energia (AIE).

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Fonte:
Reuters

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