Preços do petróleo caem por temor com pandemia na Ásia e possível alta de juros nos EUA

Publicado em 19/05/2021 18:52 e atualizado em 19/05/2021 19:26

LOGO REUTERS

Por Scott DiSavino

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 2 dólares por barril nesta quarta-feira, atingindo o menor nível em três semanas, por temores de que o aumento no número de casos de Covid-19 na Ásia afete a demanda pela commodity e de que preocupações com a inflação nos Estados Unidos levem o Federal Reserve a retardar o crescimento econômico, elevando as taxas de juros.

Operadores também citaram rumores de que as negociações nucleares com o Irã estariam progredindo, o que poderia resultar em um aumento da oferta global de petróleo e deprimir os preços.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 2,05 dólares, ou 3%, a 66,66 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuou 2,13 dólares, ou 3,3%, para 63,36 dólares o barril. Mais cedo na sessão, o WTI chegou a cair mais de 5%.

Esse foi o menor patamar de fechamento para ambas as referências desde 27 de abril.

Na terça-feira, o Brent havia atingindo uma máxima intradia de dez semanas, superando a marca de 70 dólares por barril, apoiado pelo otimismo com um aumento da demanda por petróleo em meio a reaberturas econômicas nos EUA e Europa. A referência, porém, passou a cair por temores de desaceleração da demanda na Ásia, onde o avanço da Covid-19 desencadeou novas restrições na Índia, Taiwan, Vietnã e Tailândia.

"O cenário global para a demanda é provavelmente o mais dividido desde o início da pandemia, com uma melhora no panorama para o Ocidente se contrapondo a uma deterioração do cenário na Ásia", disse Sophie Griffiths, analista de mercado da OANDA, destacando que as perspectivas mistas para a demanda alimentam a volatilidade no mercado.

(Reportagem adicional de Laura Sanicola em Nova York, Noah Browning em Londres, Sonali Paul em Melbourne e Roslan Khasawneh em Cingapura)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário