Com R$ 24 bi, governo anuncia plano para agricultura familiar

Publicado em 26/05/2014 12:28 e atualizado em 26/05/2014 16:31

Uma semana após atender ao setor de agronegócio, a presidente Dilma Rousseff anuncia nesta segunda-feira uma injeção de recursos para a agricultura familiar, que atende a pequenos produtores. Na última quarta-feira, em resposta às reivindicações de movimentos sociais do campo, a presidente antecipou que o volume para custeio e investimentos seria de R$ 24,1 bilhões – superior aos R$ 21 bilhões da safra anterior. 

Dentro das ações de crédito, o Ministério do Desenvolvimento Agrário afirma que uma das novidades este ano é a linha de crédito Pronaf Produção Orientada, voltada para a produção sustentável de alimentos com foco nas regiões Norte, Nordeste e no Centro-Oeste. O limite de financiamento desta linha é de R$ 40 mil e a assistência técnica é garantida com bônus de adimplência para pagamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no valor de R$ 3,3 mil.

Leia a reportagem na íntegra no site Terra

ARTIGO:

Sem os sucessos do agronegócio, o país estaria "quebrado"- Por Eduardo Allgayer Osorio

No ano findo de 2013, as exportações brasileiras somaram 242 bilhões de dólares, respondendo os produtos agropecuários por quase a metade deste total. Tendo o agronegócio exportado produtos no valor de 100 bilhões de dólares, para uma importação de 17 bilhões, proporcionou um saldo de 83 bilhões que compensou o déficit produzido pelos demais setores da economia brasileira, ou seja, sem o esforço do campo, nossas contas externas teriam fechado enormemente deficitárias. Assim, afora garantir comida na mesa do brasileiro, o agronegócio contribuiu decisivamente para o equilíbrio da balança comercial, sem o que o país estivesse “quebrado” internacionalmente.

Cabe destacar que os recordes conquistados no campo decorrem de ganhos havidos na produtividade. Segundo o IBGE, em 2013 a produção nacional de grãos superou a safra anterior em 16%, tendo a área colhida crescido apenas 8%. Na última década a colheita brasileira de grãos duplicou, das 83 milhões de toneladas produzidas em 2001 para as atuais 188 milhões de toneladas, tendo a área cultivada aumentado apenas 33%. Visto no passado como atrasado, o agronegócio brasileiro evoluiu em produtividade a ponto de ser hoje considerado um sucesso mundial.

Para auferir resultados tão auspiciosos, afora padecer com a natural incerteza climática e sofrer com os riscos inerentes à atividade agrícola, o produtor rural enfrenta diuturnamente um clima de constante apreensão e insegurança pela reiterada ameaça de invasão de suas terras, acuado por ONGs manipuladas por interesses escusos de países que sofrem por ter de competir com a eficiência do agronegócio brasileiro, criando falácias sobre questões ambientais e outras, sem considerar que o homem do campo é justamente o maior interessado na sustentabilidade do patrimônio natural, já que dele colhe a subsistência própria.

Mas, em que pesem tantos empecilhos, o produtor rural não esmorece. Faz a sua parte, competindo em nível mundial e vencendo o jogo. Garante a segurança alimentar da população brasileira e ainda produz excedentes exportáveis que sustentam a balança comercial externa, ganhando reconhecimento e respeito, inclusive dos que vivem nas cidades. Da parte do governo, o produtor rural anseia por medidas efetivas de desobstrução dos obstáculos que penalizam o agronegócio, pela melhoria da infraestrutura logística, com investimentos em estradas, ferrovias, portos, geração de energia e comunicação, além de desoneração das cadeias produtivas e da inadiável reforma da anacrônica legislação trabalhista, assumindo o papel que lhe cabe para superar o já insuportável “custo Brasil”.

*Eduardo Allgayer Osorio é engenheiro agrônomo, professor titular aposentado da UFPel, diretor da Associação Rural de Pelotas

NR: “Muitos acreditam que o sucesso do Agronegócio está relacionado aos “Benefícios do Governo”,que são paliativos ! Pensar assim é  desmerecer o espírito empreendedor dos Produtores Brasileiros e sua capacidade de superar as dificuldades impostas por falta de infraestrutura que onera sua produção em relação aos concorrentes internacionais” .

Fonte:  Diário Popular

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Fonte:
Terra

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