Permissionários da Ceagesp protestam contra aumento de 54% no condomínio

Publicado em 04/03/2020 11:02
De acordo com o sindicato que representa os permissionários, o aumento é abusivo e a Ceagesp não presta contas sobre o que de fato está sendo cobrado

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Permissionários da Ceasa São Paulo realizaram uma manifestação na madrugada desta quarta-feira (4) na entrada do portão 3 do entreposto. A razão para o protesto, de acordo com o permissionário Henrique Losqui, foi o aumento no valor cobrado por aluguel e condomínio dos ocupantes dos boxes. Segundo o presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp), Cláudio Furquim, houve reajuste de cerca de 16% no aluguel e mais de 54% no condomínio e despesas de rateio.
 
Conforme Losqui explica, os permissionários utilizaram espaços como mezaninos para fazerem escritórios, e deixarem a área térrea para a venda dos produtos. "Eles simplesmente dividiram pelos permissionários o iptu desde 2018, e foi feito um rateio". 
 
O protesto ocorreu após cerca de três semanas de o entreposto ter sido atingido por enchente, motivada pelas fortes chuvas ocorridas na cidade de São Paulo. Na ocasião, o prejuízo estimado pela Ceagesp foi de cerca de R$ 24 milhões. 
 
"Esse valor é o que o Ceagesp declara, mas para nós, permissionários, o prejuízo deve ter sido em torno de R$ 140 mi, fora o faturamento e o problema no fornecimento na semana seguinte", afirma Furquim.
 
De acordo com o presidente sindical, a situação chegou a "um ponto insustentável, que ninguém consegue trabalhar com as contas de rateio nessa situação, e agora ainda após a enchente, isso levou a uma insatisfação muito grande". 
 
Conforma explica o permissionário Losqui, a Ceagesp cobra valores abusivos, e que a companhia não abre as contas para explicar detalhadamente o que está sendo cobrado. 
 
"Os hortifrutigtranjeiros são produtos de baixo valor agregado, e tem que repassar para o consumidor final, e as condições de conservação, limpeza, segurança, é muito precário, não cpondiz com o valor que nos é cobrado", diz Losqui.
 
Segundo Furquim, apesar do protesto na entrada do entreposto, a entrada de outros permissionários, caminhões e produtos não foi proibida, e o local abriu para funcionamento normalmente nesta quarta-feira (4).
 
REIVINDICAÇÕES
 
Segundo Furquim, o Sincaesp enviou à Ceagesp um documento solicitando a suspensão do vencimento do pagamento do aluguel, datado para esta quinta-feira (5), mas ainda não obteve resposta. Outro pedido para a Companhia é que as contas sejam abertas aos permissionários. 
 
O Sindicato também entrou em contato com o Governo Federal solicitando medidas como abertura imediata das contas de raateio, intervenção do Governo na Ceagesp com equipe técnica para gerência, revisão de contratos de terceirizados, extinção de cargos comissionados, reforma no quadro funcional e valorização dos funcionários de carreira.
 
Além disso, o Sincaesp solicita a recuperação física, administrativa e operacional do Ceasa São Paulo e das outras 12 unidades localizadas no interior do estado. 
 
O QUE DIZ A CEAGESP
 
De acordo com nota oficial da Ceagesp, o aumento do IPTU foi motivado "por conta de uma  denúncia realizada em agosto de 2018 por estas próprias entidades, que resultou em diligências e fiscalizações constatando-se assim, o aumento das áreas (mezaninos) edificadas pelos permissionários".
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"A CEAGESP apresentou impugnação por não concordar com a atitude das entidades e, sobretudo, da conclusão que teve a Prefeitura de São Paulo. E reforça que, em relação ao IPTU de 2020, pedirá isenção, os termos da lei, considerando as enchentes ocorridas em fevereiro".
 

 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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