Alceu Moreira defende securitização: "Se o produtor não for reabilitado para o crédito, não terá próxima safra"
Em pronunciamento durante o 10º Encontro de Lideranças do Agronegócio nesta segunda-feira (10), em Carazinho, o deputado federal e ex-presidente da bancada do agro no Congresso Nacional, Alceu Moreira (MDB-RS), defendeu a aprovação do projeto de lei que estabelece a securitização para os produtores do Rio Grande do Sul. Na avaliação do parlamentar, o mecanismo será essencial para reabilitar os agricultores no acesso ao crédito e possibilitar condições para que possam seguir trabalhando.
"Não se trata apenas de necessidade de crédito, mas que a linha contratada na safra passada também possa caber no seu bolso. Com a securitização, ele tem 20 anos de prazo para pagar e consegue sobreviver. Caso contrário, ficará muito difícil, inclusive de viabilizar o próximo plantio", considera Alceu.
O deputado informou que o tema tem mobilizado a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e que pressionará pela celeridade de duas propostas que já tramitam no Congresso: uma na Câmara (PL 341/2025), de autoria do deputado Pedro Westphalen (PP-RS), e outra no Senado (PL 320/2025), protocolada pelo senador Luís Carlos Heinze (PP-RS).
Parlamentar é eleito Líder do Agro de 2025
No ato, Alceu recebeu o título de Líder do Agronegócio de 2025, por iniciativa do Sindicato Rural de Carazinho, da Cooperativa Cotrijal e da Farsul. Considerado um dos parlamentares mais influentes do setor agropecuário brasileiro, o parlamentar agradeceu o reconhecimento e reafirmou o seu compromisso com os produtores:
"Sempre que me perguntam onde fica a minha fazenda, eu respondo: não tenho um palmo de terra. Não planto e nem crio. Mas quando cheguei na Câmara, participei de toda a discussão do Código Florestal Brasileiro e não suportava escutar tanta asneira contra quem só quer trabalhar e produzir", concluiu sob aplauso dos presentes.
Além de Alceu, também foram premiados o vice-presidente da Farsul, Domingos Lopes Velho, o pesquisador e professor Erlei Reis e o produtor rural Cornelis Souilljee.
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