Invasões de terra pelo MST em 2025 já superam todo o ano anterior; agro continua em alerta e cobrando soluções
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Com um aumento preocupante, o número de invasões de terra nos quatro primeiros meses de 2025 já ultrapassa o total registrado em todo o ano anterior. O levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revela que, até o momento, foram contabilizados 53 casos em 2025, um aumento significativo em relação aos 46 casos reportados ao longo de 2024.
Ainda de acordo com a Confederação, o Movimento Sem Terra foi responsável por 46 das 53 invasões ocorridas neste ano, em que o destaque foi para os estados de Pernambuco (20 invasões) e Bahia (8 invasões). A tendência de crescimento é ainda mais preocupante ao se observar a comparação histórica: entre os anos de 2003 e 2006, em que mais de mil propriedades foram invadidas.
Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (6) pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (CAPADR), o líder da oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS), confrontou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, com dados alarmantes sobre a escalada de invasões de propriedades rurais no Brasil.
“Essa escalada de invasões não é coincidência. É resultado direto de uma permissividade ideológica promovida pelo governo atual. Os produtores estão desamparados. A lei está sendo rasgada diante de todos nós”, criticou Zucco, que também apontou o silêncio do governo diante das ações do MST.
Deputados que integram a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ressaltaram o aumento no número de invasões promovidas pelo Movimento dos Sem Terra (MST) e suas ramificações sob a gestão do atual ministro do MDA, bem como o questionaram a respeito da presença de pessoas ligadas a esses movimentos em comitês que lutam pela paz no campo.
De acordo com advogado Frederico Buss, da HBS Advogados, os produtores rurais devem estar em alerta e cientes das providências a serem adotadas nas hipóteses de transgressões contra o direito de propriedade.
“Nos casos de movimentações suspeitas, ameaças ou invasões, é fundamental comunicar imediatamente os órgãos de segurança, assim como as entidades de classe representantes dos produtores na região e no Estado”, informou ao Notícias Agrícolas.
Após 20 dias de mobilização realizadas durante o Abril Vermelho, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Rio Grande do Sul (MST) continua acampado na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre.
“As famílias aguardam retorno das negociações realizadas na semana passada com o governo do estado e o presidente do Incra, César Aldrighi, que retornará ao estado nesta quinta-feira (8)”, informou o movimento em nota oficial.
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