Veja: STF determina prisão de Valdemar Costa Neto e mais três mensaleiros

Publicado em 05/12/2013 16:51 e atualizado em 05/12/2013 17:54

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta-feira a prisão imediata de mais quatro condenados no julgamento do mensalão: o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Carlos "Bispo" Rodrigues e o ex-diretor do Banco Rural Vinicius Samarane. A Polícia Federal já recebeu as ordens de prisão. 

Dos quatro, apenas Samarane cumprirá a sentença em regime fechado – oito anos e nove meses pelos crimes de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. Os outros três começarão as penas em regime semiaberto – o trio foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A expectativa, segundo advogados, é que Valdemar, Corrêa e Rodrigues se entreguem à PF em Brasília. Samarane mora em Minas Gerais.

Além das ordens para efetuar as prisões, a PF informou que recebeu autorização para transportar a banqueira Kátia Rabello e Simone Vasconcelos, que serão transferidas do Presídio da Colmeia, no Distrito Federal, para Belo Horizonte.

Onze mensaleiros já cumprem pena, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o operador do esquema, Marcos Valério de Souza. O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está foragido. Ainda aguardam para começar a cumprir pena o delator do esquema, Roberto Jefferson, o deputado Pedro Henry (PP-MT) e o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino.

Crimes – Ex-presidente do extinto Partido Liberal, Valdemar Costa Neto foi condenado a sete anos e dez meses de prisão, em regime semiaberto, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o Supremo, o parlamentar teve participação ativa no processo do mensalão, tendo utilizado diferentes expedientes para evitar que a propina distribuída pelo valerioduto fosse rastreada: contratos forjados entre Marcos Valério e a empresa Guaranhuns Empreendimentos, pagamentos por intermédio do então tesoureiro Jacinto Lamas e ainda o recebimento em mãos dos recursos. Segundo uma lista elaborada por Valério, Valdemar e seus aliados embolsaram mais de 10 milhões de reais do esquema. Durante o julgamento do mensalão, o deputado, que também respondia por formação de quadrilha, foi beneficiado por um empate na análise deste crime e acabou por não ser apenado por esse ilícito.

Condenado a sete anos e dois meses também em regime semiaberto por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o deputado cassado Pedro Corrêa tentou a todo custo evitar que fosse preso. Ele apresentou habeas corpus à Corte, mas seu pedido foi rejeitado. O mensaleiro também tentou reverter a condenação por meio de embargos infringentes, ainda que tivesse apenas dois votos em seu favor – os dos ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello – e não o mínimo de quatro votos previstos no Regimento Interno do STF. No auge do mensalão, Corrêa foi cassado por seus pares em 2005, afastou-se do comando do PP, mas foi reconduzido à Executiva Nacional da legenda.

Bispo Rodrigues foi condenado pelo STF a seis anos e três meses, em regime semiaberto, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi flagrado carregando 150 000 reais do esquema criminoso, mas nunca admitiu ser propina do mensalão. Durante o escândalo, renunciou ao mandato para escapar da cassação, mas não voltou a ocupar cargo público. Em 2006, teve o nome novamente envolvido em denúncias de irregularidades e foi preso na esteira da Operação Sanguessuga da PF.

Ex-diretor do Banco Rural, Vinícius Samarane recebeu pena de oito anos, nove meses e dez dias por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro por, segundo o STF, ter ajudado a omitir do sistema de informações do Banco Central o nome dos beneficiários dos recursos do mensalão sacados das contas de Marcos Valério, infringindo normas do sistema financeiro.

Valdemar Costa Neto renuncia logo após ter tido prisão determinada pelo STF

De Marcela Mattos, na VEJA.com

O deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado a sete anos e dez meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, renunciou ao mandato de parlamentar na tarde desta quinta-feira. A decisão se deu logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado sua prisão imediata – e também a dos ex-parlamentares Pedro Corrêa e Carlos Rodrigues e o do ex-executivo do Banco Rural Vinicius Samarane. (…) Leia mais aqui.

Por Reinaldo Azevedo

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Fonte:
Veja

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