Concentração de renda cresce e desemprego volta a subir em 2013, mostra IBGE (Pnad)

Publicado em 18/09/2014 10:25 e atualizado em 19/09/2014 17:10
Em meio à recessão, desemprego sobe pela 1ª vez desde 2009 - Pesquisa divulgada pelo IBGE mostra que a situação é mais preocupante no Norte e no Nordeste, onde a taxa da população desocupada chegou a 17,2% e 11%, respectivamente

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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A concentração de renda no Brasil aumentou ligeiramente no ano passado pela primeira vez desde 2004, enquanto a taxa de desemprego voltou a subir devido à pequena abertura de vagas, mostrou a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.

O rendimento médio do trabalhador brasileiro ocupado, segundo o estudo, subiu 5,7 por cento em 2013, para 1.681 reais, ante 1.590 reais em 2012, mas o avanço foi desigual. A renda dos mais ricos avançou em um ritmo mais forte que o rendimento dos mais pobres, causando aumento da disparidade de renda.

O movimento foi verificado em todos os recortes feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seja pela renda do trabalho, pela renda domiciliar ou pela renda de todas as fontes, que inclui programas de transferência de renda, pensão, aposentadoria e aluguel.

O índice de Gini, que mede a concentração de renda, avançou para 0,500 em 2013, ante 0,499 no ano anterior. Pelos critérios do indicador, quanto mais perto de zero menor é a desigualdade de um país. Em 2011, o Gini calculado com base no rendimento domiciliar mensal foi de 0,501.

“Os três recortes mostram uma estabilidade do Gini desde 2011. Para o índice melhorar, as pessoas das camadas mais pobres precisariam ter aumentos superiores dos demais. Não vimos isso e, por isso, não vemos movimentação (na concentração)”, avaliou a economista do IBGE Maria Lúcia Vieira.

A renda média dos 10 por cento mais pobres subiu 2,17 por cento para 470 reais. Por outro lado, a renda média dos 10 por cento mais ricos avançou 4,4 por cento, a 11.758 reais.

“Teve um aumento maior nas extremidades da distribuição, no meio ou não teve nada ou até queda. Para se ter uma distribuição melhor tem que dar mais para quem tem menos. Isso não aconteceu no ano passado e a desigualdade aumentou”, avaliou a economista do IBGE.

Segundo ela, o que mais chama a atenção é que o Gini “está praticamente parado” há três anos no país (2011, 2012 e 2013).

“Antes, o que se via eram quedas importantes a cada ano no Gini e não se vê mais isso. Não dá para dizer que houve melhora ou piora, mas estamos numa mesma condição desde 2011”, acrescentou.

DESEMPREGO SOBE

A taxa de desemprego no Brasil voltou a subir em 2013, de acordo com a Pnad, interrompendo trajetória descendente verificada desde de 2009, quando alcançou 8,3 por cento. Pela pesquisa, que usa como referência para mercado de trabalho a última semana de setembro de cada ano, a taxa de desemprego no ano passado subiu a 6,5 por cento ante 6,1 por cento em 2012.

“O número de vagas não atendeu à demanda por emprego no ano passado e foi a primeira vez que cresceu a taxa de desocupação desde a crise mundial”, afirmou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

Em 2013, a população ocupada avançou 0,6 por cento, para 95,9 milhões de pessoas, enquanto o número de desocupados subiu 7,2 por cento, para 6,7 milhões de pessoas.

Do total de ocupados, 54,9 milhões eram homens e 41 milhões mulheres, sendo que apenas a ocupação entre as mulheres cresceu significativamente em 2013: 1,3 por cento.

Segundo a Pnad, 56,9 por cento dos desocupados no ano passado eram mulheres; 31,3 por cento nunca tinham trabalhado; 32,6 por cento eram jovens de 18 a 24 anos; 60,6 por cento eram negros ou pardos e 50,8 por cento não tinham ensino médio.

A indústria e a agropecuária perderam postos e participação no mercado de trabalho em 2013 em relação ao ano anterior. No segmento industrial, foram fechados 470 mil postos no ano passado e no setor agrícola foram menos 728 mil vagas.

“Isso tem a ver com as dificuldades enfrentadas pelo segmento industrial e com a maior mecanização no campo”, disse a economista do IBGE.

 

 

Na Veja: Pnad aponta que há três anos o país não consegue reduzir a desigualdade

Levantamento mostra que, desde 2011, o Índice de Gini, que mede a distribuição de renda no Brasil, não melhora

Menino come um pedaço de pão na favela Cidade de Deus. A desigualdade social continua sendo um problema sério no Brasil

Menino come um pedaço de pão na favela Cidade de Deus. A desigualdade social continua sendo um problema sério no Brasil (Felipe Dana / AP/VEJA)

A redução da pobreza foi, ao longo dos últimos vinte anos, não só uma conquista da sociedade brasileira, mas também resultado da estabilidade econômica e de investimentos em educação e saúde feitos desde a década de 1990. Mas os limites desses esforços começam a aparecer. Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (Pnad) de 2013, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, pelo terceiro ano consecutivo, o indicador que mede a desigualdade de renda, chamado Índice de Gini, não mostra melhora significativa. 

O índice, que é usado mundialmente, leva em conta o número de pessoas em um domicílio e a renda de cada um, e mostra uma variação de zero a um, sendo que quanto mais próximo de um, maior é a desigualdade. O IBGE calculou em 2013 que o Brasil marcou 0,498 no indicador que leva em conta a renda de todo os membros de cada família. Em 2012, o resultado havia ficado em 0,496, enquanto em 2011, era de 0,499. A leve oscilação não permite ao órgão concluir que houve uma piora significativa na distribuição de renda no Brasil. Contudo, ela é clara em mostrar que os efeitos da desaceleração econômica já fazem com que a barreira entre ricos e pobres pare de ceder.

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Tal piora é explicada não só pelo baixo crescimento da economia, mas também pela menor oferta de vagas de trabalho, ambas mostradas pelo IBGE por meio do levantamento das Contas Nacionais, que calcula o Produto Interno Bruto (PIB), e da própria Pnad, que mede a taxa de desocupação no país. Segundo dados divulgados nesta quinta, a taxa de desemprego passou de 6,1% em 2012 para 6,5% em 2013. Percebe-se, portanto, uma situação em que a economia cresce pouco (o avanço em 2013 foi de 2,3%) e o mercado de trabalho sente o impacto. Diante isso, até mesmo as políticas de transferência de renda consolidadas no governo Lula mostram perda de vigor. Como seu impacto no PIB é limitado (de apenas 0,5%), tais mecanismos não são suficientes para estimular o crescimento em momentos de crise. Para 2014, a previsão é de que o PIB fique muito próximo de zero e que o mercado de trabalho avance, no mínimo, 30% menos que em 2013. Com isso, economistas esperam impacto mais significativo na medição da distribuição de renda para o ano que vem.

 

A Pnad aponta estagnação na desigualdade com base em duas métricas usadas para avaliar os rendimentos das famílias: renda média mensal com trabalho e renda média mensal de todas as fontes. A segunda leva em conta, além dos salários dos membros das famílias, também os ganhos com investimentos e aluguéis, por exemplo. O IBGE mostra que houve melhora significativa na desigualdade entre 2001 e 2011, mas que, desde então, nada mudou. O Instituto não fornece, nas tabelas da Pnad, série histórica anterior a 2001.

Ajuda a compor o cenário de estagnação na redução da desigualdade um estudo obtido pelo site de VEJA na terça-feira, encomendado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com base em dados consolidados das declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), o levantamento mostra que a concentração de renda aumentou no Brasil entre 2006 e 2012 e que os 5% mais ricos abocanharam 44% da renda total de 2012, ante 40% em 2006. Ainda que o estudo do Ipea não leve em conta os brasileiros de menor renda, especialistas ouvidos para a reportagem apontam que as classes mais abastadas permanecem, de certa forma, blindadas – sem grandes oscilações de renda – enquanto a verdadeira transferência ocorre da classe média para os mais pobres.

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Homens e mulheres - A distribuição de renda do trabalho observada entre homens e mulheres também ajuda a perceber focos de desigualdade. O Índice de Gini indicou que essa distribuição foi mais desigual entre os homens (0,503) do que entre as mulheres (0,477). O maior nível de concentração da renda entre homens ocupados foi observado no Piauí (0,572), e o menor nível, no Amapá (0,432). Entre as mulheres ocupadas, o maior nível de desigualdade no rendimento foi encontrado no Maranhão (0,564), e o menor nível, em Santa Catarina (0,381).

Pnad

Desemprego volta a subir em 2013, aponta Pnad

Taxa de desocupação acelerou 0,4 ponto porcentual sobre 2012, e se aproximou do resultado verificado em 2011, de 6,7%

MERCADO DE TRABALHO -SERT - POUPATEMPO SÉ - Carteira de Trabalho

Trabalho: número de empregados avançou, mas não o suficiente para conter taxa de desemprego (Reinaldo Canato/VEJA)

A taxa de desemprego subiu para 6,5% no Brasil em 2013, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No levantamento de 2012, os brasileiros em idade ativa e sem emprego representavam 6,1% do total. Em 2011, o indicador apontava desemprego de 6,7%. Diferente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que analisa apenas as seis principais regiões metropolitanas do país, a Pnad mostra a desocupação em todo o território nacional. A taxa de des engloba apenas os brasileiros que estão desempregados, porém, em busca de emprego.

VEJA

Entre as regiões, o Sul foi a única que apresentou recuo na taxa de desocupação: passou de 4,2% para 4%. Na outra ponta, o maior avanço porcentual foi visto no Norte, de onde a taxa avançou de 6,3% para 7,3%. A maior alta, no entanto, foi verificada no Nordeste (8%). Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, os índices foram de 6,6% e 5,7%, respectivamente.

Em relação às faixas etárias, a Pnad mostrou uma continuidade do padrão registrado em 2012: quanto menor a idade, maior o desemprego. Este fenômeno pode ser explicado pelo fato de que há um menor número de idosos que buscam emprego, já que muitos estão aposentados, ou simplesmente não querem ou não estão em condições de trabalhar. Em relação a 2012, houve aumento da desocupação em todas as faixas etárias pesquisadas — 

Contingente – A quantidade de pessoas desocupadas alcançou 6,7 milhões em 2013, o que representa um acréscimo de 450 mil pessoas em relação a 2012. Do total de desocupados, a maioria era mulher (56,9%), com idade entre 18 e 24 anos (32,6%), negra (60,6%) e sem ensino médio completo (50,8%), quadro similar ao de 2012.

População ocupada – Já as pessoas ocupadas, ou seja, aquelas que trabalham, totalizaram 95,9 milhões em 2013, o que representa um leve crescimento de 0,6% sobre 2012. O fato de o indicador ter subido mostra a entrada de mais brasileiros no mercado de trabalho e o aumento do criação de vagas — porém, em quantidade insuficiente para suprir os novos indivíduos em idade ativa. 

Trabalho infantil

Em 2013, havia 3,1 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos idade. Deste total, verificou-se 486 mil pessoas (15,5% do total) em situação de trabalho infantil (crianças de 5 a 13 anos), sendo 58 mil na faixa de 5 a 9 anos e 428 mil na faixa de 10 a 13 anos. Nas regiões Norte e Nordeste, essas proporções chegavam a 24,9% e 21,4%, respectivamente. Tanto entre crianças quanto adolescentes, os homens eram a maioria dos ocupados.

A Pnad mostra ainda que quase metade, ou 46%, da população ocupada estava empregada no setor de serviços, o mesmo movimento visto nos anos anteriores. Em seguida estão os setores de comércio e reparação (17,9%), indústria (13,5%), atividades agrícolas (13,4%) e construção (9,2%). Vale destacar que, no caso do setor industrial, houve queda de 3,5% no contingente de trabalhadores ocupados, o que representa 470 mil pessoas a menos.

O rendimento médio mensal de todos os trabalhos em 2013 foi estimado em 1.681 reais, alta de 5,7% em relação aos 1.590 reais apurados em 2012. Ainda conforme a Pnad, em termos proporcionais, as mulheres receberam, em média, 73,7% do rendimento de trabalho dos homens: eles com 1.890 reais mensais e elas com 1.392 reais. 

Demografia

Centro-Oeste é a região com mais migrantes no país

Dados do IBGE mostram que 31,8 milhões de brasileiros não vivem nos estados em que nasceram, E 79,4 milhões decidiram se mudar de município

Mariana Zylberkan
Mato Grosso foi o Estado que registrou maior crescimento de migrantes em 2013

Mato Grosso foi o Estado que registrou maior crescimento de migrantes em 2013 ( Antônio Milena /VEJA)

A região Centro-Oeste do Brasil foi a que registrou maior número de migrantes em 2013. É o que mostra Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta quinta-feira. Os dados indicam que 34,2% dos habitantes do Centro-Oeste nasceram em outras regiões do país. E 52,5% se mudaram de município, embora tenham permanecido nos Estados da região em que nasceram. O Estado do Mato Grosso foi o que registrou maior aumento porcentual no número de moradores vindos de outros estados: 1,9% em relação a 2012. Ao todo, 38% dos habitantes do Mato Grosso vêm de outras regiões do Brasil. E 59,8% mudaram de município dentro do Estado. O porcentual de brasileiros que mora em Estados diferentes dos de origem manteve-se praticamente igual de 2012 – 15,6% em 2012 contra 15,8% em 2013 (31,8 milhões de pessoas). Já os brasileiros que decidiram mudar de cidade são 39,4% da população, ou 79,4 milhões de pessoas. O Nordeste, como em 2012, é a região com menos moradores não-naturais, apenas 7,5% da população.

O crescimento dos migrantes no Mato Grosso, embora pouco representativo em termos porcentuais, é relevante visto que os dados sobre migração interna no país quase nada mudaram no ano passado em relação a 2012. O Distrito Federal, por exemplo, segue no topo das unidades da federação que mais recebem moradores de outras regiões, em números relativos: 48,4% dos moradores do DF são de outros Estados, ou 1,3 milhão de habitantes Em números absolutos, São Paulo, como o Estado mais populoso do país, também é o que tem a população mais heterogênea, com 10,4 milhões de migrantes; em 2012, eram 9,9 milhões. 

Dados da Pnad indicam que as migrações internas se dão em busca de trabalho: o nível de ocupação de quem mudou de Estado em 2013 foi de 59,8%, maior do que a média nacional, de 55,8%. A pesquisa indicou ainda que brasileiros de 40 a 59 anos migram mais, tanto de município quanto de Estado. Em 2013, 33,8% dos migrantes de cidades pertenciam a essa faixa da população, e 35,6% dos que mudaram de Estado tinham idade entre 40 e 59 anos. Essa faixa etária é seguida de perto pelos brasileiros de 18 a 39 anos, com participação de 33,7% em relação ao município e de 33,6% em relação ao Estado de nascimento. A Pnad não especifica a origem de todas essas pessoas que decidiram morar fora, apenas a faixa etária. 

O Estado que registrou a menor quantidade relativa de residentes nascidos em outros lugares do país é o Rio Grande do Sul. Em 2013, 5% da população (465.000 habitantes) do Estado veio de outra região, o menor percentual do país. Em 2012, era 4,2%. Rondônia e Roraima ocupam os segundo e terceiro lugares entre os Estados mais habitados por migrantes, que representam 45,6% e 45,2%, respectivamente, dos residentes.

Indicadores

Pnad 2013 confirma lentidão na melhoria da educação

Problemas como analfabetismo e baixa escolaridade diminuem muito pouco. Dados mostram migração de estudantes da rede pública para privada

Alfabetização adultos

Alfabetização adultos (ADAILSON CALHEIROS /TRIBUNA DE ALAGOAS /VEJA)

O IBGE divulgou nesta quinta-feira dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada em 2013. As informações relativas a educação confirmam tendências já reveladas em edições anteriores, entre elas a de que a educação brasileira avança — mas em baixa velocidade. Por isso, problemas como analfabetismo e baixa escolaridade persistem entre a população. O número de estudantes em escolas públicas cai e o das privadas, cresce.

Analfabetismo ficou praticamente estável entre brasileiros com 15 anos ou mais de idade: passou de 8,7% para 8,3%. Isso significa que no último levantamento havia 13.048.000 de pessoas nessa situação. A meta do Plano Nacional de Educação para 2010 era erradicar o analfabetismo — objetivo adiado para 2020.

A taxa de analfabetos é significativamente menor entre os mais jovens, mais escolarizados, efeito do esforço dos últimos 20 anos de incluir todas as crianças no ensino fundamental. Entre os brasileiros com idades entre 15 e 17 anos, a taxa chegou a 0,8 em 2013 — são 83.000 meninos e meninas. Entre outros grupos, contudo, as taxas seguem altas e caem muito pouco. Entre aqueles que têm 25 anos ou mais, é de 10,2%. Na prática, são 12.633.000 pessoas. O estudo classifica como alfabetizadas as pessoas capazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples.

A situação fica pior quando se consideram os analfabetos funcionais, pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos de estudo. A Pnad de 2013 mostra queda de meio ponto percentual na comparação entre 2012 e 2013. Neste ano, a taxa chegou a 17,8% — são nada menos do que 27,9 milhões de pessoas que, embora saibam ler, não compreendem a mensagem do texto em questão. No Nordeste, o problema afeta 27,2% dos brasileiros a partir dos 15 anos; no Sudeste, 12,9%.

A escolaridade média dos brasileiros com 10 ou mais anos de vida passou de 7,5 para 7,7 anos, entre 2012 e 2013. É pouco. Significa que o brasileiro médio não completou sequer o ciclo fundamental de ensino — ou seja, não chegou ao 9º ano.

Há ainda variações regionais. No Sudeste, a taxa chega a de 8,3 anos (8,2 em 2012), ante 6,6 do Nordeste (6,4 em 2012). As mulheres vão mais longe: são 7,9 anos contra 7,4 dos homens (7,7 e 7,3 no ano anterior, respectivamente). O pico da escolaridade é registrado entre 20 e 24 anos e 25 e 29 anos, quando os brasileiros completam 10 anos na escola, em média — ainda assim, insuficiente para a conclusão do ensino médio, que demanda 12 anos.

A comparação entre as Pnads de 2012 e 2013 revela ainda migração de estudantes a partir dos 4 anos de idade das redes públicas para a privada. Em 2012, as escolas mantidas por governos tinham 41.563.000 estudantes, ou 77,4% do total. Os números, em 2013, caíram para 41.118 e 76,5%, respectivamente. Em movimento oposto, as unidades particulares cresceram: passaram de 12.104 alunos (22,6%) para 12.646 (23,5%).

As entrevistas da Pnad 2013 foram realizadas em setembro de 2013. Foram ouvidas 362.555 pessoas, o que corresponde a 148.697 dimicílios distribuídos por todos os Estados e Distrito Federal.

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Fonte:
Reuters + Veja.com

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