Confiança da indústria brasileira cai 2,8% em setembro e vai ao menor patamar desde 2009

Publicado em 30/09/2014 10:26

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SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira recuou 2,8 por cento em setembro sobre agosto, marcando a nona queda seguida e indo ao menor patamar desde março de 2009, em meio à atividade fraca do setor.

O indicador atingiu 81,1 pontos neste mês, contra 83,4 pontos no mês anterior, quando havia caído 1,2 por cento, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

"Ao final do terceiro trimestre, a atividade industrial mantém-se fraca. O setor se mostra insatisfeito com o ambiente de negócios e pessimista quanto à possibilidade de mudanças no horizonte de três a seis meses", disse o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.

O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 2,9 por cento em setembro, a 80,3 pontos, com destaque para a satisfação com o nível de demanda.

Já o Índice de Expectativas (IE) voltou a recuar após ter mostrado recuperação em agosto, e caiu 2,6 por cento, para 81,9 pontos, influenciado principalmente pelas expectativas sobre a situação futura dos negócios, com recuo de 7,3 por cento.

A FGV informou ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada caiu a 83,0 por cento em setembro, 0,2 ponto percentual a menos do que no mês anterior.

Em julho a produção industrial brasileira voltou a crescer após cinco meses de queda, com alta de 0,7 por cento, mas analistas não consideraram o resultado como o início de tendência de recuperação para o setor.

Pesquisa Focus do Banco Central com economistas de instituições financeiras mostra que a expectativa é de que a indústria vai encolher 1,95 por cento neste ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar apenas 0,29 por cento.

Em mínima em cinco anos, minério de ferro fecha pior mês desde maio

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Por Manolo Serapio Jr

CINGAPURA (Reuters) - O preço do minério de ferro encerrou setembro com a maior perda mensal desde maio ao atingir nesta terça-feira seu patamar mais baixo desde 2009, em um movimento que operadores dizem que deve continuar depois de um feriado de uma semana de duração na China, maior mercado consumidor da commodity.

A abundante oferta de minério de ferro atingiu duramente os preços em um momento em que as principais mineradoras globais, buscando encurralar as produtoras de alto custo, elevaram a produção ao mesmo tempo que a demanda chinesa por aço desacelera. O preço do minério, matéria-prima para o aço, caiu mais de 42 por cento este ano e fechou seu terceiro trimestre com perdas.

O volume de negociações ficou reduzido na China antes do feriado do Dia Nacional, que começa na quarta-feira, disseram operadores.

"A maioria dos negócios foi feita ontem e nos dias anteriores, e outros operadores vêm se afastando do mercado nos últimos dois meses", disse um operador de minério de ferro na província chinesa de Shandong.

"Muitos operadores estão mantendo os estoques baixos porque não acham que o preço pode encontrar qualquer sustentação forte agora, dado o fraco mercado imobiliário na China", disse o operador, que vê o minério de ferro chegando a 70 dólares em outubro.

O preço para entrega imediata na China caiu 0,25 por cento nesta terça-feira para 77,50 dólares a tonelada, no menor patamar desde setembro de 2009, segundo dados compilados pelo Steel Index.

O preço da matéria-prima, que é a maior fonte de receita para mineradoras globais como Vale e Rio Tinto despencou mais de 13 por cento este mês e 21 por cento no terceiro trimestre.

As ações da trading japonesa Sumitomo Corp caíram 12 por cento nesta terça-feira depois que a empresa cortou sua previsão de lucro anual em 96 por cento, em parte devido a fortes quedas nos preços do minério de ferro que atrasaram a expansão de um projeto brasileiro.

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Fonte:
Reuters

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