No Valor: Copom eleva Selic, é aplaudido, promove Dilma, mas ata deve explicação

Publicado em 05/11/2014 08:20

A Diretoria do Banco Central tem mais algumas horas para reunir  razões consistentes que justifiquem o aumento da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), há uma semana. Amanhã, a instituição divulga a ata que registra aquela reunião, a penúltima deste ano e do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Até por este motivo, a expectativa com as razões que levaram o BC a elevar o juro não está restrita ao mercado financeiro. A instituição ficou mais exposta desde a campanha eleitoral que colocou em discussão a opinião dos candidatos a Presidente a respeito da independência do BC. Se os espectadores não compreenderam bem o tema, possivelmente reagiram de outra forma quando a discussão migrou para o risco de elevação dos juros se a oposição vencesse as eleições. A oposição perdeu. E o juro subiu.

O Copom já indicou no comunicado divulgado com a taxa Selic na semana passada que o comportamento do câmbio tem alguma coisa a ver com sua decisão. De fato, o dólar subiu, e bem, nas últimas semanas intensificando os ajustes de preços relativos. Ora, mas porque razão estaria a instituição, neste exato momento, sinalizando ao mercado a rolagem parcial de um pesado vencimento de contratos de swap cambial – procedimento que dispara um aviso ao mercado de que parte do hedge até então disponível para as operações deixará de existir?  O dólar valorização na comparação com o real nos últimos três dias e o patamar de R$ 2,50 parece assegurado. Se essa era a intenção do BC e/ou do governo, que nunca tem intenção, tudo certo. Mas que a alta do dólar não seja pretexto para a alta da Selic.

O aumento do juro caiu bem. O Copom fez sucesso, embora sua ação tenha sido considerada tardia, frente à escalada da inflação e a persistência do índice acumulado em 12 meses em variação igual ou superior ao teto da meta há meses. O prestígio repentino do Copom foi estendido à presidente Dilma Rousseff, que durante a campanha fez duras declarações contra os juros e também contra redução na meta de inflação – como propunha o candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves. De novo, até aqui, se receber este dividendo era intenção do BC e/ou do governo, tudo certo. Mas era?

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Fonte:
Valor Econômico

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