Na FOLHA: Testemunhas ligam ministro Neri Gueller a fraude em Itanhangá (MT)
Depoimentos colhidos pela Polícia Federal e pela Procuradoria de Mato Grosso envolvem o ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB), no suposto esquema de venda ilegal de terras destinadas à reforma agrária no Estado.
Como Geller possui foro privilegiado, os autos foram enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal). A corte ficará responsável por eventual apuração sobre ele.
A Operação Terra Prometida, deflagrada na quinta (27), prendeu 40 pessoas. Dois irmãos do ministro, Odair e Milton Geller, se apresentaram nesta sexta (28) e estão detidos em Cuiabá.
Segundo a Polícia Federal, os prejuízos causados aos cofres públicos pelo esquema podem atingir R$ 1 bilhão.
Os depoimentos que citam o ministro constam de decisão assinada pelo juiz federal Fábio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza, à qual a Folha teve acesso.
Nela, o juiz diz que "o chamado Grupo Geller' seria comandado" pelo peemedebista. Segundo a apuração, o grupo da família possui mais de 15 lotes fraudados.
Num dos depoimentos, uma funcionária de Odair afirmou que Neri Geller, "na condição de ministro da Agricultura, tem se empenhado em pressionar o superintendente do Incra através do presidente do Incra".
Em outro trecho, um dos depoentes contou que o "grupo de bandidos", além de tomar os lotes, ficava com 70% do o crédito que o governo mandava para os assentados.
Uma testemunha que não se identificou disse que a "organização criminosa tem braços políticos [...] que fizeram doações para campanhas", entre elas a de Neri Geller, eleito deputado em 2010.
Horas após a PF iniciar as diligências, o ministro disse, em nota, que não estava envolvido na operação. Afirmou ainda não acreditar na participação de seus parentes.
Nesta sexta, a PF também enviou nota à imprensa destacando que ele não foi investigado no processo que resultou na prisão de seus irmãos.
A citação ao nome de Geller e o envio do material ao STF, no entanto, pode precipitar sua saída do cargo. A substituição dele já era tratada como questão de tempo.
Antes da prisão de seus irmãos, o ministro vinha tentando costurar sua permanência. Na semana passada, procurou o alto escalão do PMDB, incluindo o vice-presidente Michel Temer.
A Folha não conseguiu falar com Geller. Sua assessoria informou apenas que ele não foi notificado e, por isso, não iria se pronunciar sobre as citações a seu nome.
O Incra não respondeu aos contatos da reportagem. Edy Piccini, advogado dos irmãos, afirma que ambos são inocentes e se entregaram após orientação do ministro.
deputados-podem-estar-envolvidos-em-comercio-ilegal-de-terras
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/11/1555340-deputados-podem-estar-envolvidos-em-comercio-ilegal-de-terras.shtml
3 comentários

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Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Bem o que esperar de um deputado federal que não se elegeu e se vendeu a troco de cargo de ministro..que nada fez no ministério.. sempre atrasado e lento e só mais rápido que coice de porco..que vivia nas barras da saia de ministra da casa civil..sem vez..nem vóz e que encheu seu ministério de falastrões do MT...nunca resolvem nada..não tem posição ´própria...igual ao vento...
Portanto tenho colocado o que penso a muito tempo .. Voces já viram um comunicado do ministro..contra os índios!!! contra emplacamento de máquinas agrícolas!!! TEC de trigo..ou seja só a TETA...fora com seus incompetentes...mas sai um ruim e vai entrar outro pior...Tiago Gomes Goiânia - GO
Prezados colegas,
Não podemos esquecer que as denuncias em cima do ministro sao dele ter adquirido terras (griladas) antes de ser ministro. Infelizmente não tem nada haver com seu cargo no ministerio. Quem burlou as coisas foi Neri Geller, fazendeiro "bem sucedido" e até referencia para muitos do agronegocio. Assim como ele muitos produtores rurais progressistas e exemplos para muitos participaram desse esquema. Vemos que a corrupção é endemica no BRasil, tudo que é area e muitas vezes esta do nosso lado. Temos de combater isso no dia a diaPaulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
Sr. João Olivi, essa denúncia de fraude agrária que envolve o titular da pasta da agricultura, leva-nos a um impasse: “O quê fazer”?
Será que este rosário de denúncias, todo dia tem uma sendo veiculada na mídia, vai fazer parte do nosso cotidiano? Esta realidade é consequência do país gigante, ou do “gigantismo” da máquina pública? O “gigantismo” deve-se subentender “criação de dificuldades para se vender facilidades”, somado a cultura assimilada de que o “público” não tem dono, pode “FAZER O DIABO”! O resultado não podia ser diferente: MORAMOS NA CASA DO CAPETA ! ....”E VAMOS EM FRENTE” ! ! !....