Geller se diz tranquilo com investigação da Polícia Federal
O ministro da Agricultura,Neri Geller, disse estar tranquilo com relação às investigações da Operação Terra Prometida, da Polícia Federal, contra fraudes na concessão de áreas da União destinadas a assentamentos da reforma agrária. “A polícia falou que não estou sendo investigado, mas se eu fosse investigado não teria problema nenhum. O importante é a consciência estar tranquila”, disse, em entrevista ao Correio do Povo, por telefone.Embora não seja investigado, o nome de Geller foi citado por testemunhas do processo. Conforme as investigações, ele e os irmãos Odair e Milton — que estão presos em Cuiabá (MT) — integrariam um grupo que possuiria mais de 15 lotes no assentamento Itanhangá/Tapurah, no Mato Grosso. Os terrenos estariam sendo ocupados e revendidos. O suposto envolvimento do ministro — que é gaúcho, mas fez carreira política no estado do Centro-Oeste — no esquema de venda de terras foi denunciado por uma testemunha. Geller nega irregularidades.De acordo com ele, dos 1,1 mil lotes do assentamento citado, menos de 100 assentados são originários do local. “As pessoas migram, vendem, elas não ficam 20 anos no mesmo lugar”, alegou. “Dentro do conceito de direito de propriedade, cinco anos ele tem o direito do título.” Segundo Geller, o cenário reflete uma situação “natural” no Brasil. “No país inteiro isso acontece.”Sobre a prisão dos dois irmãos Odair e Milton, o ministro disse que não acredita no envolvimento deles em irregularidades. “Tenho muito orgulho da minha família”, afirmou. “Acho que eles não têm absolutamente nada a ver. Agora, se tiver, eles que sejam punidos”, observou.Com relação ao seu futuro no cargo, Geller afirma que está em boa posição junto ao governo, mas não diz se irá permanecer ou deixar o ministério. “Não posso dizer hoje se eu fico no governo ou se eu saio, até porque tem mudança, está em transição”, afirmou. No entanto, ele alega não ser “apegado ao poder” e afirma não haver acordo sobre prazos para deixar o Mapa. Geller assumiu o cargo após a saída do ministro Antônio Andrade, em março.
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