Democratas pedem demissão de Graça Foster e proteção da PF à testemunha

Publicado em 12/12/2014 14:08

A Liderança do Democratas na Câmara dos Deputados protocola hoje (12/12) um ofício ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, para que solicite imediatamente à Polícia Federal proteção a gerente da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca. O líder do partido, Mendonça Filho (PE), também pede a demissão da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, por ter se omitido diante da série de denúncias que chegaram ao seu conhecimento pela funcionária em questão.

Venina se tornou testemunha chave da Operação Lava Jato após revelar em reportagem do Valor Econômico que ela mesmo vem denunciando internamente o esquema de corrupção para a atual presidente Graça Foster. De acordo com a funcionária, que era  gerente-executiva da diretoria de Abastecimento (subordinada diretamente a Paulo Roberto Costa e depois a José Carlos Cosenza), após insistir em combater as irregularidades, ela chegou a ter uma arma apontada para sua cabeça com recado para "que ficasse quieta". 

"Os integrantes da diretoria não tem a menor condição de permanecer, a começa da presidente Graça Foster. Diante dessas graves denúncias com provas publicadas no Valor o mínimo a fazer é substituir toda a cúpula da empresa em nome da preservação da empresa destroçada pelo governo do PT. Graça Foster se omitiu, o que é inadmissível", afirmou o líder Mendonça Filho. O líder do partido disse ainda que a nova CPMI que deve ser instalada no início da próxima legislatura terá como um das primeiras providências o depoimento de Venina da Fonseca.


Já Ronaldo Caiado (Democratas-GO), líder da Oposição no Congresso Nacional, acredita que as novas revelações são a prova cabal do envolvimento de Graça Foster. "É inconcebível que Graça Foster e as outras diretorias permaneçam na Petrobras para ocultar esse esqueleto e a Justiça não tenha decretado a prisão dos envolvidos. É um caso claro de ocultação de provas e a jurisprudência para mandar prender todos os citados" disse o parlamentar que desde novembro, quando foi deflagrada a sétima fase da Operação Lava Jato, vem defendendo a substituição da diretoria.

CPMI

O membro do partido na CPMI que investiga a estatal, Onyx Lorenzoni (RS), já apresentava em seu voto em separado ao relatório final do relator Marco Maia (PT-RS) provas de que Graça Foster mentiu na comissão ao dizer que não sabia da existência do esquema em toda a empresa, em especial, do pagamento de suborno a funcionários da empresa pela SBM Offshore. 

Com mais essa revelação, Onyx pretende que seja acrescentado ao seu voto que defende a demissão imediata da presidente. Ele também levantou suspeitas em relação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. 

"No dia 9 desse mês após o próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defender a demissão de toda a cúpula, o ministro Cardozo se apressou em realizar uma coletiva onde disse que 'não havia indícios' que levantassem suspeitas sobre as diretorias. Já está provado que mentir é algo comum na Petrobras, mas ao que parece a prática é de todo governo", afirmou.

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Fonte:
AI Democratas

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