Boletim Focus: Expectativa do mercado para inflação de 2015 sobe para 6,67%

Publicado em 19/01/2015 07:45

Os economistas do mercado financeiro elevaram novamente sua estimativa de inflação para este ano, que passou de 6,60% para 6,67%, segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. Essa foi a terceira alta seguida da previsão.

O levantamento dá origem ao relatório de mercado, também conhecido como Focus, divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central. Para 2016, a expectativa de inflação do mercado financeiro permaneceu em 5,7% na última semana, informou a autoridde monetária.

Com isso, a estimativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 segue acima do teto do sistema de metas. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.

Produto Interno Bruto
Para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, os economistas reduziram a estimativa de alta de 0,4% para 0,38% na última semana – na terceira queda consecutiva. Para 2016, a estimativa de expansão da economia ficou estável em 1,8%.

Leia a notícia na íntegra no site do G1.

Economistas cravam alta da Selic de 0,5 p.p. esta semana e elevam inflação em 2015

LOGO REUTERS

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras cravaram as apostas de que o ritmo de aperto monetário será mantido nesta semana e a Selic será elevada em 0,50 ponto percentual, em um ambiente de inflação ainda mais alta e crescimento mais fraco.

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa é de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,75 por cento após intensificação do ritmo de aperto no final do ano passado, será elevada a 12,25 por cento ao final da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira.

Os economistas consultados também deixaram inalterada a perspectiva de que a Selic encerrará este ano a 12,50 por cento após mais uma alta de 0,25 ponto em março, e 2016 a 11,50 por cento.

No mercado futuro de juros, as apostas são praticamente unânimes em uma alta de 0,5 ponto percentual esta semana, mas a curva mostra-se dividida entre outra de mesma proporção ou de 0,25 ponto depois.

Já o Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções no Focus, voltou a elevar a projeção para a Selic em 2015, a 13 por cento, contra 12,75 por cento anteriormente. Após alta de 0,5 ponto esta semana, a expectativa desse grupo é de mais três aumentos de 0,25 ponto percentual.

Para o final de 2016 o Top-5 também elevou a projeção para a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 12 por cento.

INFLAÇÃO E CRESCIMENTO

Sobre a inflação, a perspectiva de alta do IPCA em 2015 subiu pela terceira semana seguida no Focus, em 0,07 ponto percentual, a 6,67 por cento, e com isso continua acima da meta do governo de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Para 2016 a projeção permaneceu em 5,70 por cento.

Os primeiros números sobre a inflação oficial do país neste ano serão conhecidos na sexta-feira, quando o IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de janeiro.

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto em 2015 também caiu pela terceira vez seguida, a 0,38 por cento, 0,02 ponto percentual a menos do que na semana anterior. A indústria continua sendo um peso sobre a atividade em geral, com a projeção de expansão neste ano recuando a 0,71 por cento, contra 1,02 por cento anteriormente.

A expectativa é de que a economia melhore em 2016, com crescimento de 1,80 por cento, sem alteração.

Para 2014, por sua vez, a perspectiva foi ligeiramente ajustada e os economistas consultados agora veem expansão de 0,12 por cento, ante 0,11 por cento na pesquisa anterior.

Em novembro, a atividade econômica brasileira ficou praticamente estagnada de acordo com dados do Banco Central, que sinaliza que a economia encerrou 2014 enfraquecida.

(Por Camila Moreira)

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Fonte:
G1 + Reuters

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