Navios-tanque antigos guardam petróleo não vendido em novo sinal de excesso de oferta

Publicado em 16/06/2017 12:20

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CINGAPURA (Reuters) - Operadores têm cada vez mais armazenado petróleo em antigos navios-tanque no Sudeste Asiático, à medida que lutam contra um excesso de oferta que deixou o sistema entupido de combustível desnecessário mesmo em um momento em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tem cortado produção para apoiar os preços.

Cerca de 10 enormes navios com petróleo, todos com entre 16 e 20 anos, foram fretados desde o final de maio para guardar petróleo por períodos que vão de 30 dias a 6 meses, disseram operadores à Reuters. Cada navio pode armazenar 2 milhões de barris de petróleo.

Esses navios somam-se a outros cerca de 30 super-navios tanque utilizados para estocagem de longo prazo nos arredores de Cingapura e Linggi, na costa ocidental da península da Malásia.

Um dos motivos que tem guiado o uso dos navios-tanque é que os preços do petróleo para entrega imediata estão mais baixos que para vendas futuras, uma condição de mercado conhecida como "contango".

Os futuros do Brent, referência internacional, caíram 13 por cento desde o final de maio, para cerca de 47 dólares por barril. O Brent para entrega ao final de 2017 está 1,5 dólar mais caro.

"O armazenamento no mar parece...viável se assumirmos taxas de aluguel abaixo de 20 mil dólares por dia", disse a analista de armazenagem de petróleo da Oceanfreightexchange, Rachel Yew.

O custo atual de aluguel para um navio-tanque de cinco anos de idade é de 27 mil dólares por dia, segundo a empresa de serviços do setor Clarkson, enquanto taxas para navios com mais de uma década de uso são bem mais baratas.

"Faz muito sentido para um operador pagar entre 16 mil e 19 mil dólares por dia para ter um navio-tanque antigo que armazene petróleo por entre 30 e 90 dias", disse um corretor de navios-tanque em Cingapura que falou sob anonimato.

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Fonte:
Reuters

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