Ibovespa fecha em alta de 0,7% com otimismo por privatizações e avanço de TLP

Publicado em 23/08/2017 17:59

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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista subiu nesta quarta-feira, amparado no otimismo após o anúncio de novas privatizações e também no avanço da Taxa de Longo Prazo (TLP) no Congresso Nacional, mantendo o rali da véspera, quando voltou a operar acima dos 70 mil pontos.

O Ibovespa fechou em alta de 0,67 por cento, a 70.477 pontos. O giro financeiro somou 8,35 bilhões de reais.

A lista de privatizações do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) divulgada nesta tarde inclui Eletrobras, Casa da Moeda e a Lotex, braço da Caixa Econômica Federal para loterias instantâneas. Alem disso, os projetos incluem ainda a concessão de 14 aeroportos. A estimativa é que a iniciativa gere investimentos de 44 bilhões de reais ao longo do prazo dos contratos.

Nesta sessão, a medida provisória que cria a TLP, taxa que balizará o custo dos financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi aprovada por 17 votos a favor e 6 contra em comissão mista no Congresso Nacional, placar que pode indicar alguma força política do governo para próximas matérias.

"A gente vive um momento de bom humor do mercado, que retomou os 70 mil pontos, e hoje ainda teve o pacote do PPI e a aprovação da TLP", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.

DESTAQUES

- METALÚRGICA GERDAU PN avançou 7,42 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, e GERDAU PN subiu 2,55 por cento, diante da expectativa por melhora na governança após a siderúrgica informar que fará um anúncio relacionado ao tema e também pela expectativa por investimentos em infraestrutura, diante do anúncio do PPI.

- VALE ON subiu 2,13 por cento, revertendo as perdas vistas mais cedo e indo na contramão dos contatos futuros do minério de ferro na China, que caíram nesta sessão, interrompendo um rali recente que havia levado os preços ao maior patamar em cinco meses.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,09 por cento e BRADESCO PN ganhou 0,9 por cento, ajudando o tom positivo do índice devido ao peso dos papéis em sua composição.

- PETROBRAS PN caiu 0,22 por cento, enquanto PETROBRAS ON fechou com variação positiva de 0,07 por cento, perdendo fôlego rumo ao fechamento dos negócios, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

- ELETROBRAS ON caiu 11,04 por cento e ELETROBRAS PNB recuou 9,13 por cento, em movimento de ajuste após as ações dispararem na véspera, quando as ON subiram quase 50 por cento na esteira da divulgação de planos para desestatização da companhia.

(Por Flavia Bohone)

Os ganhos de 1% ao mês na renda fixa vão deixar saudades (na FOLHA)

POR MICHAEL VIRIATO
 

Esqueça que até o ano passado o seu fundo DI, CDB ou Tesouro Selic rendia mais que 1% ao mês. O mercado já projeta que a rentabilidade mensal do CDI a partir do final de 2017 será de apenas 0,6% ao mês.

Essa projeção é baseada na curva de juros futura que é negociada na B3. Considerando as taxas de juros futuras negociadas para os próximos meses, é possível extrair o que o mercado espera de decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) nas próximas reuniões.

Estão programadas mais três reuniões do COPOM até o final de 2017. Essas reuniões ocorrerão nos dias 5 e 6 de setembro, 24 e 25 de outubro e 5 e 6 de dezembro.

Segundo a expectativa implícita nos preços de mercado, o COPOM deve reduzir a taxa básica (Selic) de 9,25% para 8,25% ao ano na sua próxima reunião, passando para 7,75% ao ano no encontro marcado para outubro e derrubando para 7,5% ao ano na última reunião de 2017.

Como a taxa do CDI é fixada levemente abaixo da taxa Selic, ela deve encerrar 2017 por volta de 7,39% ao ano, o que resulta em uma taxa mensal de aproximadamente 0,6%. Essa queda da taxa do CDI pode ser observada no gráfico acima.

Portanto, para obter retornos mais elevados, o investidor vai ter de começar a se acostumar com aplicações de prazo mais longo e com maior risco.

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Fonte:
Reuters + FOLHA

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