Brasil vai crescer 3% este ano, com redução do desemprego, diz novo ministro da Fazenda

Publicado em 10/04/2018 18:24

(Reuters) - A economia brasileira deve se expandir 3 por cento neste ano, movimento que deve auxiliar a queda da taxa de desemprego, disse o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, em entrevista transmitida ao vivo pela rede Globonews nesta terça-feira.

Segundo Guardia, depois de ultrapassadas as dificuldades do biênio de recessão em 2015 e 2016, a sensação de bem-estar econômico provocada por um cenário de taxas de juros e inflação baixas chegará às famílias brasileiras ao longo dos próximos meses.

O ministro evitou fazer previsões sobre quando a desocupação vai começar a ceder de forma mais consistente no país. Mas explicou que o baixo uso da capacidade escalada torna "natural que, na retomada, as empresas cresçam com a capacidade hoje existente e depois comecem a investir e elevar a oferta de emprego".

A taxa de desemprego voltou a subir no trimestre até fevereiro e o número de empregados com carteira de trabalho assinada atingiu o menor nível desde 2012, apesar do cenário de baixa inflação e Selic em seu menor nível histórico.

Guardia também afirmou que o governo deve usar uma prerrogativa constitucional para cumprir a chamada regra de ouro das contas públicas no orçamento de 2019.

A regra veda a emissão de dívida para financiar gastos correntes, mas há uma ressalva: a operação pode ocorrer se houver previsão de um crédito extraordinário no Orçamento para este fim, explicou o novo ministro da Fazenda.

"O entendimento é que usaremos esse dispositivo para o orçamento de 2019", disse ele à jornalista Miriam Leitão.

A primeira entrevista do novo titular da Fazenda fugiu à praxe adotada pelo ministério nos últimos meses, quando Henrique Meirelles cogitava deixar o posto para concorrer nas eleições presidenciais de outubro. Sob Meirelles, o ministério divulgava antecipadamente os horários e veículos que conversariam com o ministro. Sob Guardia, isso não foi feito.

Rombo primário menor que R$139 bi para 2019 está em discussão, mas governo quer prudência

BRASÍLIA (Reuters) - O governo ainda está discutindo os números para elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, sendo que a fixação de um rombo primário menor que 139 bilhões de reais é uma das possibilidades, afirmou nesta terça-feira o novo ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

Em sua primeira coletiva de imprensa, ele ressaltou que essa definição será feita com a maior prudência possível, seja para manter o rombo primário no patamar que já havia sido divulgado no ano passado, seja para reduzi-lo.

"Não queremos criar para próximo presidente restrição que não se justifique, apresentar meta com base em números não tão prudentes", disse Colnago.

O governo deve enviar o texto ao Congresso até o fim desta semana e a expectativa é que os números sejam divulgados já na quinta-feira, acrescentou o ministro.

Ainda sobre a LDO, o governo vai solicitar um crédito especial ao Congresso para cumprir a chamada regra de ouro das contas públicas no Orçamento do ano que vem, afirmou Colnago.

Prevista na Constituição, a regra de ouro impede a emissão de dívida para financiamento de gastos correntes.

O ministro também afirmou que o governo está elaborando um plano de longo prazo para o Brasil, contemplando um horizonte de 12 anos, e que espera que o documento sirva de base para as discussões nas campanhas políticas deste ano.

Segundo Colnago, o documento será colocado em consulta pública em maio, por um prazo de 30 a 45 dias, para receber também contribuições do mercado.

"(A divulgação) vai ser talvez num momento muito feliz porque vai estar muito próximo da campanha eleitoral, então se a gente conseguir de alguma forma que as campanhas eleitorais, que os economistas que assessoram os candidatos a presidente olhem para esse plano, eventualmente critiquem, mas eles copiem, deem opinião sobre o país que eles querem que o Brasil seja, também vai ser muito importante", afirmou.

Vendas brutas do Carrefour Brasil sobem 6% no 1º tri

SÃO PAULO (Reuters) - O Grupo Carrefour Brasil registrou vendas brutas de 12,289 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 6 por cento em relação a igual período do ano passado, informou nesta terça-feira a rede de supermercados e atacarejo.

No conceito mesmas lojas, as vendas da empresa nos três primeiros meses do ano cresceram 0,4 por cento sem considerar o efeito calendário, enquanto incluindo esse efeito a alta foi de 2,3 por cento.

Considerando apenas a bandeira de atacarejo Atacadão, as vendas brutas somaram 8,37 bilhões de reais, uma alta de 5,7 por cento em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Já no conceito mesmas lojas, as vendas do Atacadão tiveram alta de 0,5 por cento sem o efeito calendário e de 1,4 por cento considerando esse efeito.

Segundo o Carrefour, a deflação de alimentos no período limitou temporariamente o crescimento de vendas do segmento, sendo que o aumento nas vendas mesmas lojas foi amparado em ganhos contínuos nos volumes vendidos.

Já a bandeira de supermercados Carrefour teve expansão de 6,7 por cento nas vendas brutas, para 3,92 bilhões de reais. No conceito mesmas lojas o crescimento foi de 0,1 por cento sem o efeito calendário e de 4,3 por cento considerando esse efeito.

Segundo o Carrefour, as vendas de Páscoa tiveram um bom desempenho este ano, com os hipermercados mostrando alta de 4,1 por cento no volume de vendas em relação à Páscoa 2017, que caiu no segundo trimestre.

A empresa destacou que as vendas de produtos não alimentícios mantiveram um forte desempenho nos três primeiros meses do ano, "com crescimento de dois dígitos", impulsionados por eletrodomésticos.

O comércio eletrônico cresceu 103 por cento no primeiro trimestre, o segmento de maior expansão, e respondeu por 6,3 por cento das vendas, excluindo gasolina. Um ano antes, esse segmento respondeu por pouco mais de 3 por cento.

O Carrefour Brasil fechou o trimestre com 638 lojas, com quatro novas lojas de atacarejo em relação ao final do ano, somando 150 unidades.

O resultado operacional da rede foi divulgado antes dos números do principal rival, o GPA, que deve publicar os dados de vendas do primeiro trimestre na sexta-feira.

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Fonte:
Reuters

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