Guerra Comercial dos EUA será contra todos "que roubam a nossa tecnologia"

Publicado em 25/06/2018 13:44
Secretário do Tesouro dos EUA diz que novas restrições de investimento não serão específicas para China (Reuters)

WASHINGTON (Reuters) - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta segunda-feira que as futuras restrições de investimento do Departamento do Tesouro não serão específicas para a China, mas vão se aplicar "a todos os países que estão tentando roubar nossa tecnologia".

Em uma publicação no Twitter, Mnuchin disse que as notícias sobre restrições de investimento da Bloomberg e do Wall Street Journal "são falsas, notícias falsas".

Uma autoridade do governo disse à Reuters no domingo que o Departamento do Tesouro dos EUA estava esboçando restrições que impedirão empresas com ao menos 25 por cento de propriedade chinesa de comprarem companhias norte-americanas com “tecnologia industrial significativa”.

O tuíte de Mnuchin veio em meio a uma divergência de opiniões entre as principais autoridades do governo Trump sobre o quão agressiva deve ser uma abordagem ao desafiar as práticas comerciais da China. O governo ainda debate alguns aspectos das novas restrições de investimento que devem ser anunciadas na sexta-feira, disse uma autoridade do governo.

Também existem divergências sobre as tarifas norte-americanas sobre 34 bilhões de dólares em mercadorias chinesas, que devem entrar em vigor em 6 de julho, o que, segundo a China, provocaria retaliações envolvendo suas importações de soja e veículos automotores americanos.

Mnuchin tem estado no lado mais moderado do debate, junto com o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, que está se recuperando de um ataque cardíaco. Argumentando por uma abordagem mais agressiva das tarifas e restrições de investimento na China estão o consultor de comércio e indústria da Casa Branca, Peter Navarro, e o Representante Comercial dos EUA, Robert Lighthizer.

No mês passado, Mnuchin disse que uma guerra comercial com a China estava "suspensa" depois que autoridades das duas maiores economias do mundo realizaram conversas em Pequim que estavam focadas em abrir mais setores da economia chinesa e aumentar as compras de produtos americanos.

Mas em 29 de maio, a Casa Branca anunciou que o governo Trump iria seguir em frente com uma tarifa de 25 por cento sobre 50 bilhões de dólares de produtos chineses e restrições de investimento específicas da China.

"Para proteger nossa segurança nacional, os Estados Unidos implementarão restrições específicas de investimento e reforçarão os controles de exportação para as pessoas e entidades chinesas relacionadas à aquisição de tecnologia industrialmente significativa", disse a Casa Branca em comunicado. "As restrições de investimento propostas e os controles de exportação aprimorados serão anunciados até 30 de junho de 2018 e serão implementados logo em seguida."

Lighthizer disse que conseguir que a China abra seu mercado para mais exportações dos EUA foi significativo, mas que era muito mais importante para os Estados Unidos resolverem problemas com a China, como transferências forçadas de tecnologia e furto cibernético.

EUA planejam limitar investimento chinês em empresas de tecnologia norte-americanas

WASHINGTON (Reuters) - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está esboçando restrições que impedirão empresas com ao menos 25 por cento de propriedade chinesa de comprarem companhias norte-americanas com "tecnologia industrial significativa", afirmou no domingo uma autoridade dos EUA com conhecimento do assunto.

A autoridade, cujas declarações confirmam uma reportagem do Wall Street Journal, enfatiza que o limite de propriedade chinesa pode mudar antes que as restrições sejam anunciadas na sexta-feira.

A medida marca novo agravamento no conflito comercial entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e a China, o que ameaça afetar os mercados financeiras e o crescimento global.

Tarifas sobre 34 bilhões de dólares em bens chineses, as primeiras sobre um total potencial de 450 bilhões de dólares, devem entrar em vigor em 6 de julho devido a reclamações dos EUA de que a China está se apropriando de forma indevida de tecnologia dos EUA através de regras de joint ventures e outras políticas.

As restrições de investimentos do Tesouro devem atingir setores importantes, incluindo vários que a China está tentando desenvolver como parte de seu plano industrial "Feito na China 2025", disse a autoridade dos EUA.

O Wall Street Journal também informou que o Departamento do Comércio e o Conselho de Segurança Nacional dos EUA estão propondo controles de exportação "aprimorados" para impedir que tais tecnologias sejam enviadas à China.

Porta-vozes do Tesouro, Departamento do Comércio e da Casa Branca não responderam imediatamente a pedidos de comentários da Reuters.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • elcio sakai vianópolis - GO

    ...pela visão deste presidente dos Estados Unidos, logo deve impedir a entrada de todos os estudantes estrangeiros. Pensando bem já esta sendo feito com as leis de imigração americana.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Elcio, ativistas e estudiosos brasileiros da demonizada direita conservadora do país tem livre acesso não só aos professores, como também às autoridades conservadoras americanas, existindo dessa forma uma integração entre os grupos, também os católicos. Donald Trump está protegendo a riqueza dos EUA, só o google vale mais que todas as empresas brasileiras listadas na B3, ou seja, todo o sistema financeiro brasileiro, o setor mobiliário, de consumo, elétrico, etc... valem menos que 1 única empresa privada americana. Só os comunistas brasileiros não entenderam isso ainda.

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