S&P 500 alcança máxima de cinco meses, mas bancos pesam após resultados

Publicado em 14/07/2018 07:44

NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos subiram ligeiramente nesta sexta-feira, colocando o S&P 500 em seu maior fechamento em mais de cinco meses, à medida que ganhos da indústria e outras áreas compensaram uma queda das ações financeiras após resultados decepcionantes de três dos grandes bancos.

O índice Dow Jones subiu 0,38 por cento, a 25.019 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,107923 por cento, a 2.801 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,03 por cento, a 7.826 pontos.

O setor industrial ganhou 0,6 por cento, e a Boeing Co, Caterpillar Inc e 3M Co todos subiram na ausência de quaisquer discursos comerciais desde a véspera.

Investidores estavam otimistas antes do que deverá ser uma forte temporada de resultados do segundo trimestre, embora os relatórios de três dos maiores bancos de Wall Street não tenham conseguido animar. "Em face da decepção das ações financeiras, que têm sido e continuam ficando para atrás... ainda há uma relativa força", disse Michael James, diretor de mercados capitais da Wedbush Securities.

"Expectativas (de resultados) estão certamente elevadas em relação a onde estavam há um mês, mas se companhias entregarem no geral, o mercado como um todo continuará a subir", disse ele.

O Citigroup Inc caiu 2,2 por cento, maior queda entre os índices financeiros, após sua receita ficar abaixo das estimativas. Wells Fargo & Co recuou 1,2 por cento após seu lucro cair mais que o esperado à medida que empréstimos perderam ritmo e os custos subiram.

As ações do JPMorgan Chase caíram 0,5 por cento, embora o lucro do banco tenha superado estimativas. O índice financeiro caiu 0,5 por cento.

O Índice de Volatilidade do CBOE fechou em seu menor nível desde 15 de junho.

Bancos dos EUA ganham com mudanças de políticas de Washington, mas preocupações comerciais crescem

Por Matt Scuffham e David Henry

NOVA YORK (Reuters) - Os resultados trimestrais de três dos maiores bancos dos Estados Unidos mostraram que o setor está se beneficiando de mudanças de políticas em Washington, que reduziram impostos, elevaram a taxa de juros e permitiram mais recompras de ações.

Os investidores estavam céticos, preocupados com o fato de os negócios não serem tão fortes quanto poderiam ser e que a dura conversa com líderes internacionais sobre tarifas comerciais e políticas imigratórias poderia prejudicar seus resultados.

"Com as tarifas, há esse elemento de incerteza e as pessoas não estão ansiosas para tomar empréstimos em um momento em que há incerteza", disse JJ Kinahan, estrategista-chefe de mercado da TD Ameritrade.

O Wells Fargo foi o único dos três bancos cujo lucro não atendeu às expectativas de Wall Street. O banco impactado por escândalos foi prejudicado por custos relacionados irregularidades cometidas e declínio nos empréstimos imobiliários. Embora o Citigroup tenha superado as estimativas de lucro, suas receitas ficaram aquém das expectativas.

O crescimento dos empréstimos do Citigroup disse pouco sobre a economia dos Estados Unidos, porque veio em grande parte de empresas que buscavam empréstimos internacionais e financiamento para capital de giro, bem como de clientes de bancos privados na Ásia, disse o vice-presidente financeiro, John Gerspach, a jornalistas.

O JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos em ativos, teve os resultados mais fortes, com o lucro saltando 18 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, com fortes receitas comerciais e crescimento de empréstimos. Mas o presidente do banco, Jamie Dimon, alertou que os clientes estão preocupados com uma guerra comercial global depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, elevou sua retórica protecionista nas últimas semanas.

Tanto o JP Morgan quanto o Citigroup se beneficiaram da forte negociação de ações durante o trimestre - a receita de negociação de ações do JP Morgan aumentou 24 por cento, enquanto no Citi houve crescimento de 19 por cento. Isso é um bom presságio para Bank of America, Goldman Sachs e Morgan Stanley, que têm operações de corretagem significativas e devem apresentar resultados trimestrais na próxima semana.

Apesar de um ambiente favorável de negociação, as ações dos bancos norte-americanos tiveram um desempenho abaixo do esperado neste ano porque os investidores acreditam que os lucros recordes são resultado de cortes de impostos e recompras de ações em vez da força em seus negócios, segundo analistas.

Os investidores querem ver mais crescimento em receita e lucro antes dos impostos, de acordo com Charles Peabody da Portales Partners, que disse na quinta-feira que o forte crescimento nos lucros "vem da engenharia financeira: corte de impostos e recompras de ações".

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Fonte:
Reuters

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