EUA e China retomam conversas sobre guerra comercial; mercado reage

Publicado em 31/07/2018 13:09

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Se a semana começou com o noticiário internacional mais morno sobre a questão da guerra comercial entre China e Estados Unidos a situação mudou nesta terça-feira (31) com a volta das conversas entre os líderes dos dois países. Os efeitos instantâneamente já começam a ser sentidos nas commodities, especialmente as agrícolas e, no início da tarde de hoje, os futuros da soja subiam mais de 3% na Bolsa de Chicago, levando os preços de volta à casa dos US$ 9,00 por bushel. 

De acordo com informações da agência internacional Bloomberg, os representantes da Secretaria do Tesouro dos EUA, Steven Munchin, e o vice-premiê chinês Liu He voltaram a se encontrar para conversas privadas, em uma forma de buscar retomar suas negociações. 

Segundo fontes ouvidas pela agência - que pediram para manter seu anonimato - afirmam ainda que os cronogramas específicos e os assuntos todos que serão discutidos nestas novas conversas ainda não foram definidos, porém, o que pode ser adiantado é que há um consenso entre os líderes de que mais negociações têm de acontecer. 

Com os dois lados se recusando a ceder, as conversas entre China e Estados Unidos estava paradas há semanas e são retomadas às vésperas de uma nova onda de tarifações por parte dos EUA sobre as importações chinesas na casa dos US$ 16 bilhões que pode entrar em vigor nesta quarta-feira (1). 

A reação do mercado financeiro também é imediata. Nos Estados Unidos - e mundo a fora - os principais índices acionários sobem, bem como as bolsas de valores. Entre as commodities, apenas o petróleo e o trigo recuavam, enquanto as metálicas subiam - lideradas pelo cobre, com ganhos de mais de 1% - tal qual as agrícolas, com a soja na ponta, já que é um dos principais assuntos na pauta de discussão. 

A sinalização do fim dessa disputa entre as duas maiores economias do mundo, mesmo que ainda no campo dos rumores, tem sido sempre bem recebida pelos traders e investidores. 

"As bolsas espelham as ações futuras das empresas e as ações das empresas, por sua vez, espelham as expectativas para a economia. Se isso acontece, se vimos essa alta, é porque o mundo acredita que essa guerra comercial tem potencial para esfriar o crescimento econômico mundial e que o fim dela tem o potencial para ajudar o crescimento econômico mundial", diz o economista chefe da Farsul, Antônio da Luz em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça-feira. "E todos precisamos de um bom crescimento econômico mundial, inclusive o produtor brasileiro de grãos. Ele precisa dos 6% de crescimento da China", completa.

Analistas internacionais, por sua vez, chamam a atenção para o alcance dessas notícias. "A informação de que as conversas voltaram a acontecer está aí, mas a questão é quem são as pessoas que estão realmente envolvidas nessas negociações e o quanto isso é substancial", diz Jason Browne, investidor cgefe da FundX Investment Group, de São Francisco, nos EUA, em entrevista à Reuters Internacional. 

Na Reuters: Negociações comerciais impulsionam mercados europeus e resultados causam fortes oscilações

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Por Kit Rees e Helen Reid

LONDRES (Reuters) - Os mercado de ações europeus subiram nesta terça-feira, para uma nova máxima de seis semanas, devido a sinais de alívio na guerra comercial entre EUA e China, enquanto fortes atualizações de resultados geraram ganhos para ações como a alemã Lufthansa e a francesa Vivendi.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,24 por cento, a 1.534 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,18 por cento, a 392 pontos.

Depois de uma abertura mista no início do pregão, o STOXX 600, o DAX da Alemanha e o FTSE do Reino Unido receberam impulso de uma notícia de que os Estados Unidos e a China estavam tentando retomar as negociações para aliviar a guerra comercial.

As ações de mineração e materiais, que são sensíveis ao comércio, lideraram o rali subindo 1,2 por cento, enquanto o setor de automóveis permanecia em queda de 0,1 por cento em uma reação ambígua dos investidores aos mais recentes desenvolvimentos da guerra comercial.

As ações de tecnologia registraram desempenho abaixo do esperado, com queda de 0,4 por cento e acompanhando as quedas durante a durante a noite nos Estados Unidos e na Ásia.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,24 por cento, a 1.534 pontos.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,62 por cento, a 7.748 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,06 por cento, a 12.805 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,37 por cento, a 5.511 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,25 por cento, a 22.215 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,17 por cento, a 9.870 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,14 por cento, a 5.619 pontos.

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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