Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados entre os mais escolarizados

Publicado em 23/08/2018 02:47

Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) estão tecnicamente empatados entre eleitores com ensino superior, levando-se em conta a margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Bolsonaro possui 27% das intenções de voto e Lula chega a 25%.

A diferença entre os dois aumenta para 39 pontos percentuais entre os eleitores com ensino fundamental. Bolsonaro tem 10% das intenções de voto desse público, enquanto Lula chega a 49% da preferência.

Marina Silva (REDE) e Geraldo Alckmin (PSDB) vêm em seguida, empatados tecnicamente entre eleitores das três faixas de escolaridade analisadas. (…)

PorDébora Sögur Hous. na Folha.

Sem Lula, Marina lidera entre mais pobres, diz Datafolha

Em cenário sem Lula, Marina Silva (REDE) lidera entre eleitores mais pobres, ela tem 19% das intenções de votos de quem ganha até dois salários mínimos (R$ 1.908,00); Jair Bolsonaro (PSL) vem em seguida, com 14%.

Entre os mais ricos, que ganham mais de dez salários mínimos (R$ 9.540,00), Bolsonaro lidera com 33% das intenções de voto, seguido de Ciro Gomes (PDT), com 13%. O candidato militar também é o preferido dos mais escolarizados, em pesquisa espontânea. (…)

Por Débora Sogöur Hous, na Folha. 

Campanha de Bolsonaro reavalia participação em debates de TV (Folha/O Globo)

O presidente do partido de Jair Bolsonaro (PSL) e braço direito do candidato, Gustavo Bebianno, disse nesta quarta-feira (22) que a campanha reavalia a participação do presidenciável nos próximos debates na TV.  

“Ele está de saco cheio desses debates inócuos, que não levam a nada. Não sabemos se ele vai aos outros. Tem 40%, 50% de chance de não ir”, afirmou. Bebianno criticou o formato dos confrontos, que nivelariam os postulantes “por baixo”. “Tem fórmula milagrosa para tudo. Ganha quem mente mais.”

Se os aliados de Bolsonaro baterem o martelo e cancelarem a presença dele nos debates, há risco de os próximos confrontos na TV não contarem com a participação dos dois nomes que lideram as pesquisas: Lula, que está preso em Curitiba, e o capitão reformado do Exército.

Bebianno afirmou que a direção da rádio Jovem Pan, emissora onde ocorrerá o próximo debate, na segunda-feira, já foi informada da decisão. O presidente do PSL, contudo, deixou uma porta aberta para, eventualmente, participar de "um ou outro" debate.

— Não tem como se aprofundar em nada. Ali, todo mundo é dono da verdade. Fica um exercício de concisão que não tem sentido algum. O Bolsonaro é uma candidato diferente. É tudo mentira. É ridículo. Por isso, infelizmente, tomamos essa decisão — afirmou Bebianno.

O presidente do PSL negou que o confronto direto entre Bolsonaro e Marina Silva (Rede), no último debate, realizado pela Rede TV na sexta-feira passada, tenha pesado na decisão. No embate com Marina, ele foi questionado sobre a diferença salarial entre homens e mulheres.

— Não tem relação. Mas esse episódio é a prova da hipocrisia em que os debates se transformaram. A Marina falou uma coisa no debate, mas, em outra entrevista, falou outra coisa. A Marina estava na minha frente. Estava tremendo, morrendo de medo.

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: DEBATES E AS CHANCES DE CADA CANDIDATO

Por Júlio César Cardoso, publicado pelo Instituto Liberal

O debate político deveria incidir apenas sobre o programa de governo para o país voltado para as áreas da educação, saúde, segurança, trabalho, previdência social, habitação, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados e erradicação da pobreza, redução das desigualdades sociais e regionais, desenvolvimento nacional, infraestrutura básica das cidades onde os esgotos ainda correm a céu aberto, e não descambar para questões pessoais ou comportamentais dos candidatos.

Os candidatos com maiores chances de eleição já são velhos conhecidos da maioria dos brasileiros, e as pesquisas já registram a tendência da opção de votos dos eleitores. Portanto, não acredito que haja surpresa na eleição do novo presidente da República.

A maioria dos candidatos e alguns jornalistas tentam impedir o avanço de Bolsonaro nas pesquisas. Por exemplo, (1) na sabatina da GloboNews quiseram desmoralizar Bolsonaro, culminando com o quadro quixotesco em que a jornalista Míriam Leitão foi obrigada a reproduzir de ponto eletrônico balbuciando resposta à provocação de Bolsonaro em relação à intervenção militar, citando Roberto Marinho; (2) no debate da Band, Marina Silva insistiu em desmerecer Bolsonaro com questionamentos menores e despropositais sobre a desigualdade salarial entre mulheres e homens, enfatizando o Art. 5º da Constituição Federal. Marina deveria saber que é da função do Ministério do Trabalho fiscalizar e autuar empresas que praticam discriminação salarial em função de gênero, raça etc.

Marina é discípula do lulapetismo, tanto que tem mantido silêncio sobre a “honestidade” do ex-presidente preso. Marina tenta se apresentar como corregedora dos problemas sociais da mesma forma que se apresentava Lula. Marina, no segundo turno de 2014, apoiou a candidatura ao Planalto de Aécio Neves.

Bolsonaro é o único candidato, ele e seu vice, capaz de enfrentar o grave problema de falta de segurança no país. É impossível não se elevar a situação de falta de segurança interna como um problema que atormenta toda a sociedade brasileira. Facções criminosas e traficantes ordenam ataques a carros fortes, casas bancárias e de dentro dos presídios mandam incendiando ônibus e até agora nenhuma medida eficaz foi tomada para estancar escalada criminal.

Por isso, reputo a falta de segurança como questão crucial do país. Mais importante, neste momento, que a educação e a saúde. Pois, sem segurança para todos, ninguém pode ir e vir, dirigir-se ao trabalho, ao médico, à escola, andar de ônibus ou de carro nas cidades e nem as propriedades rurais ou não rurais ficam seguras, haja vista as ações criminosas de elementos do MST, que invadem e destroem propriedades alheias. Sem segurança pública, mais ou menos estabilizada, não haverá coragem de empreendedores, inclusive estrangeiros, fazerem investimentos no país para gerar empregos. Há agências bancárias que estão fechando por falta de segurança.

É óbvio que o país tem pela frente outros graves problemas, herdados de mais de 13 anos do governo petista. Mas sem uma política integrada e solidária na área de segurança pública, funcionando na linha de frente, não haverá paz social no Brasil. E que o diga o Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, hoje dominado pelas facções criminosas e pelos traficantes, com tiroteios diários.

Estranho que os candidatos com maiores chances de chegarem ao Planalto não elejam o problema da falta de segurança interna do país como bandeira para as suas candidaturas. Assim, só vejo o deputado Bolsonaro como o único candidato capaz de enfrentar o problema de falta de segurança no Brasil.

Por outro lado, quanto ao candidato Ciro Gomes, que já o conhecemos de outros carnavais, não resta dúvida de que se trata apenas de um político intelectualizado. Mas já estamos cansados de ouvir promessas de soluções mágicas como, por exemplo, resolver rapidamente, no primeiro ano de governo, o endividamento de grande parcela de trabalhadores desempregados.

Por que, com toda a competência defendida por Ciro Gomes (e de seu irmão), a pobreza e o pouco desenvolvimento do Ceará continuam sendo uma triste realidade? Nem falo das agruras das regiões sertanejas, pois na própria capital cearense o panorama de miséria é bastante sentido por quem visita a cidade.

Os candidatos Meirelles e Alckmin dificilmente fariam um bom governo, pois são todos comandados pela tropa de fisiologistas políticos de seus partidos. E Álvaro Dias, político de sólida formação, não terá muita chance de se eleger, da mesma forma que os demais candidatos, sem esquece de que Lula, como ficha suja e preso, estará impedido de concorrer.

Sobre o autor: Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado.

Soldado é o terceiro militar morto desde a intervenção no Rio

O soldado Marcus Vinicius Viana morreu hoje (22) no Hospital Central do Exército, em Benfica, Zona Norte do Rio. Ele foi ferido na perna durante uma operação militar nos complexos do Alemão, Maré e Penha na última segunda-feira (20).

Segundo nota do Comando Militar do Leste (CML), o militar “veio a falecer em decorrência de evolução indesejável de seu quadro clínico”.

Marcus Vinícius é o terceiro militar morto desde o início da intervenção militar no Rio, em fevereiro. (…)

Da Agência Brasil.

QUEM SE IMPORTA COM A MORTE DE UM POLICIAL MILITAR?

Esse foi o título do artigo do coronel da PM Elias Miler da Silva publicado hoje na Folha. Ele compara a reação da imprensa e da turma dos direitos humanos com a morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e com a morte da soldado Juliane Duarte. Essa distinção já foi tema de artigo meu aqui. Ela é importante para frisar como a narrativa predominante na imprensa possui um viés esquerdista, que trata com desconfiança, para dizer o mínimo, os policiais que arriscam suas vidas para nos proteger. Diz o coronel:

Marielle continua no noticiário, defendida por entidades de direitos humanos e pela imprensa que, por meio de reportagens, “cobra” o esclarecimento do crime. É assim que deve ser. Mas a soldado Juliane foi esquecida, não ocupa nem sequer o rodapé da página.

Ela nem seria lembrada agora, não fosse o mau jornalismo praticado por um repórter desta Folha, criticado até pela ombudsman do jornal, por produzir reportagem sem sentido, cheirando a fofoca e ódio pela PM, contrariando o Manual de Redação que norteia seu trabalho.

A Polícia Militar convive diariamente com maus jornalistas que somente transcrevem as informações que se alinham ao seu posicionamento ideológico.

[…] Sobre os números da Polícia Militar, no entanto, debruçam-se as ditas entidades de direitos humanos, “especialistas” em segurança pública e críticos que não economizam o verbo para atacar. E a imprensa, salvo honrosas exceções, segue na toada de sempre, transcrevendo o ditado de suas fontes.

Enquanto apenas cerca de 5% dos crimes praticados no país são esclarecidos, 100% das intervenções policiais são investigadas, culminando até em expulsão da corporação e condenação no Tribunal de Justiça Militar ou no Tribunal do Júri.

No ano passado, 72 policiais militares perderam a vida, e 83 jamais voltarão a trabalhar porque ficaram com sequelas irreversíveis, paraplégicos ou tetraplégicos. Quem se importa?

O desabafo e a cobrança são legítimos. A julgar pelo que sai na imprensa, poucos se importam. Mas não é verdade. Arrisco dizer que a imensa maioria está do lado dos policiais. O problema é que a opinião publicada não é a opinião pública. Há um claro viés ideológico na mídia, onde o PSOL tem uma influência totalmente desproporcional aos seus votos. Daí essa sensação de que só a morte da vereadora socialista importa, não a dos policiais em serviço.

No editorial do GLOBO desta terça, há uma cobrança por maior “inteligência” nas operações policiais, que colocariam em risco a população. A demanda é até legítima, mas o jornal ignora que nas favelas, territórios ocupados pelo crime, vive-se uma guerra civil “velada”. Achar que é possível combater o crime nessas situações sem colocar em risco civis é uma doce ilusão, típica de “pacifista” que vive no conforto da civilização (do mesmo tipo que prega o desarmamento, mas anda com seguranças armados). Diz o jornal:

A Polícia Militar considerou positiva a operação que terminou com seis suspeitos mortos, outros três baleados, um PM ferido e uma mulher atingida por estilhaços, ontem, por volta das 5h, num dos acessos à Ponte Rio-Niterói, na antiga capital fluminense. A avaliação, no entanto, deveria ser objeto de reflexão por parte das autoridades de segurança. Na tentativa de capturar um grupo de bandidos que saíra de uma comunidade de São Gonçalo com destino ao Complexo da Maré, policiais do 12º BPM (Niterói) montaram um bloqueio na Alameda São Boaventura. […] 
 
O fato é que as forças de segurança ainda não conseguiram reduzir o risco e a letalidade de suas operações. Estatísticas do ISP mostram um aumento dos chamados homicídios decorrentes de intervenção policial (mortes em confronto). Em julho deste ano, foram 129 vítimas, o que representou um crescimento de 105% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos últimos três meses, a expansão foi de 66% comparada ao mesmo período de 2017.

A quantidade de assassinatos também não tem cedido. Segundo o ISP, em julho foram 408, um aumento de 9% em comparação com o mesmo mês de 2017. Nos últimos três meses, o número não subiu, mas também não caiu, o que preocupa.

É óbvio que as forças de segurança têm de combater a violência, e espera-se que elas façam operações para coibir o crime organizado. Mas só com inteligência e planejamento será possível tornar essas ações mais cirúrgicas e menos letais. Nada há de positivo num dia em que 13 pessoas são mortas no Grande Rio.

Se a maioria dos mortos é de bandidos, então há algo a se comemorar sim. O que os autores querem? Que o “bonde” vá tranquilamente para sua fortaleza do crime após seus assaltos? Como a polícia deve reagir? Claro que sempre é possível melhorar, fazer operações “mais cirúrgicas e menos letais”. Mas é utopia achar que é possível combater o crime na condição atual do país sem baixas civis. Na verdade, as baixas civis já acontecem a todo instante, vítimas dos próprios marginais.

A condição de trabalho dos policiais é extremamente precária. Falta treinamento e equipamento, o salário é baixo, o risco é absurdo, a burocracia é asfixiante e o grau de responsabilização no combate é enorme. O policial entra numa favela recebido a tiros de fuzil. E ainda tem que conviver com a campanha difamatória constante na mídia, como se ele fosse o culpado pelas altas taxas de mortes. É ou não ultrajante?

Rodrigo Constantino

Pesquisa Datafolha sobre armas acaba se deixando confundir pelos lobbies armados de dinheiro, pela Bancada da Bala e por Bolsonaro

Por REINALDO AZEVEDO (RedeTV)

A chamada “Bancada da Bala”, o milionário lobby armamentista, que hoje arma o bolso de alguns que se apresentam como singelos movimentos sociais e o representante dessa turma na disputa presidencial, Jair Bolsonaro, estão fazendo uma confusão dos diabos ao pregar a chamada “revisão” ou “fim” do Estatuto do Desarmamento. Parte de uma mentira básica: a lei 10.826 proibiria a posse de arma. No embate com Marina Silva, no debate da RedeTV!, Bolsonaro, por ignorância ou estratégia, resolveu misturar os canais: defendeu a “posse” de arma de fogo — e, ele destacou, por “pessoa de bem”; naquela hora, referia-se às mulheres e foi preciso: “posse para mulher de bem e preparada”.

O Estatuto está aqui. Como se nota, ele regula justamente a posse de armas e define as circunstâncias em que isso é possível. O que o Estatuto faz — e, nesse caso, conta com o meu apoio — é proibir o porte de armas. As pessoas não podem sair por aí, a não ser em situações excepcionais, portando armas. Em mais de 80% das mortes violentas no país usam a dita-cuja como instrumento. Entre 1980 e 2014, quase um milhão de pessoas morreram à bala.

Infelizmente, a pergunta do Datafolha a respeito acaba sendo vítima da confusão. Indaga se a “posse de arma deve ser proibida” e se “possuir uma arma deveria ser um direito”. Ora, possuir uma arma já e um direito, sob certas condições — como, aliás, quase todos os direitos, não? Até o mais básico de todos, o direito à vida, é relativizado diante da legítima defesa.

Aí revela o Datafolha: 58% acham que a posse de armas de fogo deve ser proibida, e 40% pedem a legalização.

Bem, se fosse assim, seria uma péssima notícia para a bancada da bala, lobista e afins. O Estatuto do Desarmamento seria modificado para se tornar ainda mais restritivo.

É preciso pôr o debate nos justos termos para que fique clara a estupidez verdadeiramente defendida por Bolsonaro e pelos lobistas armados de dinheiro até a língua: essa gente quer derrubar o Estatuto para generalizar O PORTE DE ARMAS E PARA ACABAR com os critérios rígidos para a POSSE. É isso que vai impulsionar o mercado.

A posse já é permitida.

Chega de “fake news” a respeito. Leiam a lei. (REINALDO AZEVEDO)


 

 

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Fonte:
Folha/O Globo/RedeTV

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2 comentários

  • EBS FERTILIZANTES Itanhanga - MT

    Quem dera eu recebesse R$ 1,00 a cada matéria que publicam sobre o Lula (mesmo todos sabendo que ele não precisa ser citado, considerado em pesquisas e, muito menos considerado)... Será que os jornalistas já sabem que o mesmo é réu e encontra-se PRESO? Querem a todo custo comparar um ex-militar a um atual preso! Nos poupem dessas matérias ou nos paguem e ponto final!

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  • Franco Simoni Londrina - PR

    Não estão empatados! Lula não é candidato. Bandido condenado e preso, é candidato à presidiário... e nada mais.

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