Índice acionário de Xangai atinge mínima de quase 4 anos com novos temores sobre guerra comercial

Publicado em 17/09/2018 07:44

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XANGAI (Reuters) - O índice acionário de Xangai caiu para seu menor nível de fechamento em quase quatro anos nesta segunda-feira, diante de notícias de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai anunciar nesta semana novas tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses importados.

O índice de Xangai teve queda de 1,1 por cento, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, também recuou 1,1 por cento.

Uma autoridade do governo norte-americano disse à Reuters que Trump vai anunciar as novas tarifas já nesta segunda-feira. A China prometeu retaliar qualquer nova ação tarifária dos Estados Unidos e disse que pode se recusar a participar de novas negociações caso isso aconteça.

Nesta segunda-feira, o tablóide Global Times, publicado pelo People's Daily, do Partido Comunista, disse em um editorial que a China não vai só jogar na defensiva na intensificação de uma guerra comercial.

Os analistas da Everbright Sun Hung Kai, disseram em uma nota nesta segunda-feira, que a China "dificilmente visitaria os EUA diante deste cenário, com ambos os lados procurando preservar a imagem e serem vistos em uma posição forte".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instruiu assessores a avançarem com tarifas sobre cerca de 200 bilhões de dólares a mais em produtos chineses, afirmou na sexta-feira uma fonte familiarizada com o processo, acrescentando que a data ainda não está clara.

Os temores de uma guerra comercial crescente fez com que as ações fechassem em queda. O subíndice do setor imobiliário do CSI300 <,CSI300REI> apresentou queda de 1,4 por cento, as empresas industriais caíram 1,2 por cento e as empresas de saúde recuaram 2,4 por cento.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei não abriu.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,30 por cento, a 26.932 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,11 por cento, a 2.651 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,15 por cento, a 3.204 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,66 por cento, a 2.303 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,36 por cento, a 10.828 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,63 por cento, a 3.141 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,32 por cento, a 6.185 pontos.

Jornal chinês alerta que país não ficará na defensiva em guerra comercial com os EUA

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PEQUIM (Reuters) - A China não se contentará em ficar apenas na defensiva em uma intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos, alertou um tablóide chinês de ampla audiência, em meio às expectativas de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncie novas tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses ainda nesta segunda-feira.

Os Estados Unidos e a China já taxaram 50 bilhões de dólares em importações um do outro em uma disputa crescente que vem afetando os mercados financeiros nos últimos meses.

Na semana passada, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos convidou autoridades chinesas, incluindo o vice-premiê Liu He, para mais negociações sobre a disputa tarifária, embora o ceticismo permanecesse alto entre analistas de ambos os lados sobre as perspectivas de um progresso.

O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou que a intensificação do conflito comercial não é do interesse de ninguém.

"Nós sempre mantivemos que o único meio correto para resolver a disputa comercial é por meio de diálogo e consulta em bases iguais com confiança e respeito mútuos", disse o porta-voz do ministério, Geng Shuang, em entrevista coletiva.

Uma autoridade do governo norte-americano disse à Reuters no fim de semana que Trump deve anunciar as novas tarifas nesta segunda-feira.

Em publicações no Twitter pela manhã, Trump disse que a adoção de tarifas fortalece a posição de barganha dos EUA e que até agora qualquer aumento de custo sobre os produtos foi "quase imperceptível".

"Se os países não fizerem acordos justos conosco, seles serão Tarifados!", escreveu Trump.

O Global Times, publicado pelo People's Daily, do Partido Comunista, escreveu em um editorial: "Não é novidade que os EUA tentem intensificar as tensões para explorar mais ganhos na mesa de negociações".

"Estamos esperando um contra-ataque mais bonito e continuaremos aumentando a dor sentida pelos EUA", disse a coluna em língua chinesa.

Além de retaliar com tarifas, a China também pode restringir a exportação de produtos, matérias-primas e componentes para as cadeias de suprimento de manufatura dos EUA, disse o ex-ministro das Finanças, Lou Jiwei, a um fórum em Pequim no domingo, segundo um participante.

Lou é presidente do Conselho Nacional do Fundo de Seguridade Social.

A pessoa que participou do evento e está familiarizada com o pensamento da Casa Branca disse que tal medida provavelmente atrairá retaliação aguda de Washington, que estudou seus próprios limites sobre exportação de tecnologias importantes para a China.

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Fonte:
Reuters

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