S&P e Dow apagam ganhos de 2018 com as Bolsas americanas em queda forte

Publicado em 24/10/2018 18:49

NOVA YORK, (Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos despencaram novamente nesta quarta-feira, confirmando uma correção para o Nasdaq e apagando os ganhos do Dow e do S&P 500 no ano, à medida que previsões decepcionantes de fabricantes de chips e fracas vendas de imóveis alimentaram temores sobre o crescimento dos lucros e da economia.

O índice Dow Jones caiu 2,41 por cento, a 24.583 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 3,086449 por cento, a 2.656 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 4,43 por cento, a 7.108 pontos.

O Nasdaq fechou em queda de 12,4 por cento ante sua máxima recorde de 29 de agosto, com o seu maior declínio percentual diário desde 18 de agosto de 2011.

"É uma grande negociação global de aversão ao risco", disse Paul Zemsky, diretor de investimentos de estratégias e soluções de ativos variados da Voya Investment Management.

"Tivemos alguns obstáculos, como taxas mais altas de juros afetando imóveis e tarifas elevando custos de insumos para fabricantes o que faz os resultados parecerem piores... mas isso não significa que a economia inteira está indo para baixo."

As vendas de novas moradias nos Estados Unidos caíram para perto da mínima de dois anos em setembro e os dados dos três meses anteriores foram revisados ​​para baixo, as últimas indicações de que o aumento das taxas de hipotecas e os preços mais altos estão afetando o mercado imobiliário.

O Federal Reserve disse em seu relatório mais recente sobre a economia que fábricas dos EUA elevaram seus preços em função das tarifas.

As ações foram prejudicadas neste mês por uma série de preocupações, desde maior custo de empréstimos e dos rendimentos dos Treasuries até o Orçamento italiano e eleições parlamentares dos EUA, que ocorrem em menos de duas semanas.

O índice de volatilidade do CBOE, indicador da ansiedade do mercado amplamente monitorado para o S&P 500, saltou 4,52 pontos e fechou a 25,23, maior nível desde 12 de fevereiro. O S&P caiu pelo sexto dia consecutivo.

"Parece haver mais pânico e medo à medida que as vendas continuam", disse Chris Zaccarelli, diretor de investimentos da Independent Advisor Alliance.

Queda prolongada do mercado acionário pode prejudicar economia dos EUA, diz Mester do Fed

NOVA YORK (Reuters) - Uma queda "prolongada" nos mercados acionários dos Estados Unidos e um aumento dos riscos começariam a pesar sobre a economia dos EUA, embora não haja sinais de uma recessão a caminho, disse a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, nesta quarta-feira.

A queda aguda e de quase um mês nos principais índices acionários não provocou, por si mesma, um ajuste nas expectativas de Mester sobre a continuidade da alta gradual da taxa de juros, disse ela, acrescentando que por agora os dados indicam uma economia dos EUA "forte".

Industriais dos EUA dizem que tarifas pressionam preços, diz Fed

Por Jason Lange

WASHINGTON (Reuters) - As fábricas dos Estados Unidos aumentaram seus preços por causa de tarifas, embora a inflação pareça modesta ou moderada na maior parte do país, disse o Federal Reserve nesta quarta-feira em seu relatório mais recente sobre a economia.

O banco central dos EUA também disse em seu último relatório "Livro Bege" que a economia aparenta estar crescendo modesta a moderadamente e que empresas em diversos setores notaram escassez de trabalhadores.

O relatório, uma fotografia da economia retirada de discussões com contatos dos 12 Feds regionais no setor privado entre setembro e meados de outubro, detalha preocupações dos empresários sobre a guerra comercial da administração Trump com a China e tensões com outros grandes parceiros comerciais.

"Industriais informaram que aumentaram preços de produtos finais por necessidade", disse o Fed, acrescentando que a razão dada para os aumentos de preços foram custos maiores de materiais básicos como aço, "que eles atribuíram a tarifas".

Ao mesmo tempo, o Fed sinalizou que pressões inflacionárias não parecem muito altas. "Os preços continuaram subindo, crescendo a um ritmo modesto a moderado em todos os distritos."

O Fed aumentou a taxa de juros três vezes este ano em uma tentativa de impedir que os preços subam muito rápido. É amplamente esperada uma outra alta em dezembro.

O presidente Donald Trump impôs tarifas sobre importados de uma variedade de parceiros comerciais, incluindo a China, a União Europeia, o Canadá e o México, provocando retaliação contra exportações dos EUA.

Entre industriais no distrito do Fed de Dallas, que é largamente centrado no Texas, o Fed disse: "Aproximadamente 60 por cento dos contatos disseram que as tarifas anunciadas e/ou implementadas neste ano resultaram em aumento de custos de insumos".

Na região meio-oeste de Chicago, "contatos de varejo de numerosos setores indicaram que eles esperam que os consumidores vejam o impacto das tarifas dos EUA sobre importados no início de 2019", de acordo com o relatório do Fed.

Apesar das tensões comerciais, o Fed disse que um mercado de trabalho apertado tornou difícil para empregadores encontrarem trabalhadores qualificados, como "engenheiros, profissionais de engenharia, construção e manufatura, profissionais de propriedade intelectual e motoristas de caminhão."

Microsoft supera previsões de resultado trimestral com apoio da área de computação em nuvem

(Reuters) - A Microsoft superou as estimativas de Wall Street em receita e lucro no resultado trimestral divulgado nesta quarta-feira, à medida que mais empresas assinaram pacotes de serviços de computação em nuvem e providos pelo conjunto de softwares corporativos da companhia.

A ação da Microsoft, que subiu mais de 21 por cento nos últimos 12 meses, subiram 2,5 por cento no after-market.

Grande parte do crescimento recente da Microsoft foi impulsionado pela área de computação em nuvem, que se beneficiou de empresas que busca usar a tecnologia para reduzir custos de software e hardware. O Azure, serviço de computação em nuvem da Microsoft, tem 18 por cento do mercado global no segmento, tornando-se o segundo maior provedor de serviços da indústria depois da Amazon Web Services, de acordo com estimativas de abril da empresa de pesquisa Canalys.

Mas o principal produto de computação em nuvem da Microsoft registrou um crescimento mais lento em relação ao trimestre anterior. A expansão da receita do trimestre encerrado em setembro foi de 76 por cento, abaixo dos 89 por cento do trimestre anterior.

O foco da Microsoft em plataformas e aplicativos em nuvem está ajudando a ofuscar a queda na demanda por computadores pessoais, que afetou as vendas do sistema operacional Windows. A receita da divisão de computação pessoal da Microsoft, a maior em faturamento da companhia, cresceu 14,6 por cento, a 10,75 bilhões de dólares. Esse número superou a estimativa de analistas de 10,13 bilhões. A unidade inclui Windows, console de videogame Xbox, publicidade atrelada a buscas online e computadores pessoais.

A receita da unidade de produtividade e processos de negócios da Microsoft, que inclui o Office 365, subiu 18,6 por cento, para 9,77 bilhões de dólares, superando a expectativa média de analistas de 9,4 bilhões, segundo dados do Refinitiv.

No geral, a receita da empresa de software subiu de 24,54 bilhões para 29,08 bilhões de dólares, acima da estimativa média de analistas de 27,9 bilhões, segundo dados do Refinitiv. O lucro líquido subiu para 8,82 bilhões de dólares, ou 1,14 dólar por ação, ante 6,58 bilhões, ou 0,84 centavos por ação, um ano antes. Analistas esperavam ganhos de 0,96 dólar por ação.

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Fonte:
Reuters

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