Antes de encontro, Trump e Xi demonstram otimismo sobre disputa comercial

Publicado em 01/11/2018 19:25

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WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, expressaram otimismo nesta quinta-feira sobre a resolução de suas amargas disputas comerciais antes de uma reunião de alto risco planejada para os dois líderes no final de novembro na Argentina.

Trump disse no Twitter que as discussões comerciais com a China estavam "avançando bem" e que ele planejou encontrar-se com Xi à parte do encontro de líderes do G-20, após os dois terem uma conversa telefônica "muito boa".

Em comentários à mídia estatal, Xi disse que espera que China e Estados Unidos sejam capazes de promover um relação estável e saudável e que ele desejava encontrar-es com Trump na Argentina.

"As equipes comerciais dos dois países devem fortalecer o contato e realizar consultas sobre questões de interesse para ambos os lados, e promover um plano que ambos possam aceitar para chegar a um consenso sobre a questão comercial China-EUA", disse Xi na televisão estatal CCTV.

Xi foi citado pela CCTV após conversa telefônica com Trump dizendo que os dois líderes tinham esperança de expandir a cooperação bilateral.

Nenhum líder especificou quaisquer detalhes do potencial progresso em sua primeira discussão direta em vários meses. Representantes da administração Trump disseram que as conversas comerciais com a China não podem ser retomadas até que Pequim apresente ações específicas que está disposta a adotar para atender às demandas dos EUA por mudanças radicais nas políticas de transferência de tecnologia, subsídios industriais e acesso a mercados.

Os dois países já impuseram tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em importações de cada lado e Trump ameaçou ampliar as tarifas para o restante dos 500 bilhões de dólares em produtos da China exportados para os Estados Unidos se a disputa não puder ser solucionada.

Mas Trump adotou um tom mais otimista depois da conversa telefônica com Xi.

"Acabei de ter uma conversa longa e muito boa com o presidente Xi Jinping da China. Nós conversamos sobre vários assuntos, com grande ênfase em comércio", tuitou Trump. "As discussões estão avançando bem, com encontros sendo marcados durante o G-20 na Argentina. Também tive boa discussão sobre Coreia do Norte."

(Por Brenda Goh, Yawen Chen, Michael Martina, Susan Heavey in Washington, Joseph Campbell)

Navio com soja dos EUA rumo à China muda destino em meio a guerra comercial

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PEQUIM (Reuters) - Um navio carregando soja que iria dos Estados Unidos à China mudou seu destino para a Coreia do Sul nesta quinta-feira, mostraram dados de navegação, em meio à guerra comercial que tem impactado envios da commodity norte-americana para o maior importador mundial da oleaginosa.

O Star Laura, carregado com 36 mil toneladas de soja norte-americana, saiu de Seattle no fim de setembro e deveria chegar no porto chinês de Qingdao na quarta-feira, de acordo com dados do Refinitiv Eikon.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse em meados de outubro que a carga era de 69.298 toneladas.

A embarcação mudou seu destino para Yeosu, na Coreia do Sul, na manhã desta quinta-feira.

O Star Laura foi um dos poucos navios cargueiros que saíram dos EUA com destino à China nos últimos meses, conforme os compradores praticamente zeraram as aquisições da oferta norte-americana por receios de que Pequim imporia mais restrições às importações.

A soja norte-americana exportada para a China está sujeita a tarifas extras de 25 por cento desde 6 de julho, quando Pequim retaliou em reposta às taxas impostas pelos EUA sobre produtos chineses.

Ao menos outros dois navios com soja dos EUA para a China mudaram de curso no mês passado, sugerindo que o comprador original revendeu a carga para outros mercados. Outros dois navios chegaram à China recentemente, mas aparentemente não descarregaram, segundo os dados de navegação.

(Por Hallie Gu e Dominique Patton)

Crescimento do emprego nos EUA salta em outubro e salários tem maior ganho anual desde 2009

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WASHINGTON (Reuters) - O crescimento do emprego nos Estados Unidos se recuperou com força em outubro e os salários registraram seu maior ganho anual em nove anos e meio, apontando para um aperto no mercado de trabalho que poderia encorajar o Federal Reserve a aumentar as taxas de juros novamente em dezembro.

O relatório mensal do Departamento de Trabalho, monitorado de perto, mostrou que a taxa de desemprego está estável em 3,7 por cento, taxa mais baixa em 49 anos, mesmo com mais pessoas entrando na força de trabalho, em um sinal de confiança no mercado de trabalho.

A força sustentada do mercado de trabalho pode aliviar os temores sobre a saúde da maior economia do mundo, após dados do setor de habitação fracos e uma parada nos gastos empresariais.

A geração de postos de trabalho no setor não-agrícola somou 250 mil empregos no mês passado, já que o emprego no setor de lazer e hospitaleiro se recuperou depois de ser pressionado pelo furacão Florence, que inundou a Carolina do Norte e Carolina do Sul em meados de setembro.

Também houve ganhos nos setores manufatureiro, de construção e serviços profissionais e de negócios. Os dados de setembro foram revisados ​​para mostrar 118 mil empregos adicionados, em vez dos 134 mil relatados anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 190 mil postos de trabalho em outubro e taxa de desemprego de 3,7 por cento. O Departamento de Trabalho informou que o furacão Michael, que atingiu o enclave da Flórida em meados de outubro, "não teve efeito perceptível nas estimativas nacionais de emprego e desemprego para outubro".

Os ganhos médios por hora subiram 0,05 dólar, ou 0,2 por cento, em outubro, após avançar 0,3 por cento em setembro. Isso impulsionou o aumento anual dos salários para 3,1 por cento --o maior ganho desde abril de 2009-- ante 2,8 por cento em setembro.

O forte ganho salarial anual reflete outros dados publicados nesta semana, mostrando que os salários aumentaram no terceiro trimestre com mais força desde meados de 2008. A remuneração por hora também aumentou em ritmo acelerado no terceiro trimestre.

Os salários firmes apóiam as visões de que a inflação vai pairar em torno da meta de 2,0 por cento do Fed por um tempo.

Não é esperado que o Fed aumente as taxas em sua reunião de política na semana que vem, mas economistas acreditam que os fortes dados do mercado de trabalho de outubro possam fazer com que o banco central dos EUA sinalize um aumento em dezembro. O Fed elevou os juros em setembro pela terceira vez este ano.

Wall Street sobe pelo 3º dia com otimismo sobre comércio

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O índice Dow Jones <.DJI> subiu 1,06 por cento, a 25.381 pontos, enquanto o S&P 500 <.SPX> ganhou 1,05578 por cento, a 2.740 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq <.IXIC> avançou 1,75 por cento, a 7.434 pontos.

Contribuindo com o otimismo, a última rodada de resultados corporativos foi largamente positiva.

Trump disse que ele planeja encontrar com seu colega chinês Xi Jinping durante a cúpula do G-20 na Argentina, no fim do mês.

O setor industrial <.SPLRCI>, mais sensível ao comércio, subiu 1,7 por cento, com a Boeing Co e a Caterpillar Inc entre as companhias que lideraram ganhos.

"Talvez haja alguma esperança de que um acordo comercial com a China vá realmente acontecer", disse Robert Pavlik, estrategista-chefe de investimentos na SlateStoneWealth LLC.

Além disso, investidores estão se sentindo mais confortáveis depois de ganhos nesta semana, disse ele.

"Agora você tem um pouco de medo de ficar de fora, misturado com 'não acredito que isso esteja realmente acontecendo'", acrescentou. "O medo de ficar de fora parece estar no lado vencedor."

A Apple subiu modestamente antes de divulgar seus resultados, previstos para depois do fechamento. O índice de tecnologia subiu 1,2 por cento, continuando a recuperação depois das vendas generalizadas recentes.

  • NOVA YORK (Reuters) - Wall Street subiu pela terceira sessão seguida nesta quinta-feira depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que as negociações comerciais com a China estão "avançando bem", o que reativou esperanças de que os dois países podem resolver sua disputa na área comercial.

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Fonte:
Reuters

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