Derrotar o PT foi ‘muito gostoso’, diz Bolsonaro a tucanos; PSDB apoiará governo Bolsonaro

Publicado em 05/12/2018 17:47
 

No seu encontro de hoje com a bancada tucana, Jair Bolsonaro chegou a chorar quando a senadora eleita Mara Gabrilli contou como mudou a percepção que tinha dele na Câmara, relata a Folha.

Segundo parlamentares do PSDB, o presidente eleito reconheceu o papel histórico da sigla e enalteceu a ação dos tucanos no impeachment de Dilma Rousseff.

Em dado momento, o líder da bancada, Nilson Leitão, disse que o partido tinha fracassado quatro vezes na tentativa de derrotar o PT –o que Bolsonaro conseguiu agora.

Nesse momento, afirmam os deputados, o presidente eleito comemorou, com os braços erguidos, em meio a risos gerais, afirmando: “Foi muito gostoso!”.

PSDB apoiará governo Bolsonaro em projetos que também sejam da agenda tucana, diz líder

BRASÍLIA (Reuters) - O PSDB irá apoiar o governo de Jair Bolsonaro em todos os projetos que forem também parte da agenda tucana, especialmente as reformas da Previdência e tributária, disse nesta quarta-feira o líder do partido na Câmara, Nilson Leitão (MT).

A bancada tucana foi a segunda a se reunir nesta tarde com o presidente eleito --que também teve um encontro com o PR-- para tratar da relação com o Congresso a partir de 2019.

"O governo Bolsonaro vai ter apoio para tudo que também for agenda tucana. Terá o apoio no Congresso e maior adesão será em relação às reformas", disse Leitão.

O líder do PSDB citou, além das reformas, também questões como mudanças no licenciamento ambiental --um projeto, extremamente criticado pelos ambientalistas, que está tramitando há algum tempo no Congresso e tem apoio de parte da bancada.

"Nossa defesa é que todo capital político que Bolsonaro terá nesse início seja investido nessas reformas."

O líder afirmou ainda que não haverá um "apoio institucional" ao governo e nem há a ideia de fechar questão em apoios, mas que cada deputado terá que votar de acordo com o que acredita.

O PSDB elegeu 29 deputados para a próxima legislatura.

Líder diz que PSDB apoiará reformas de Bolsonaro (em O Antagonista)

O atual líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), deixou reunião com Jair Bolsonaro dizendo que os deputados do partido vão apoiar a agenda de reformas do novo governo.

“Todas as reformas, previdenciária, tributária, pacto federativo, redução da máquina pública”, listou à imprensa.

Disse que os tucanos não vão integrar oficialmente a base aliada e que o apoio não se dará em troca de cargos ou ministérios.

“A nossa defesa é que todo esse capital político que terá de cara no início do mandato seja ele todo investido nas reformas que o Brasil precisa”.

Ruralista e eleitor declarado de Bolsonaro, Nilson Leitão passa a liderança em 2019 para Carlos Sampaio (SP). A nova bancada terá 30 deputados.

Bolsonaro quer votar reforma da Previdência no primeiro semestre

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (5) que está confiante em que a reforma da Previdência começará a ser votada no primeiro semestre de 2019. Segundo ele, há a possibilidade de aproveitar parte da proposta encaminhada pelo presidente Michel Temer. A prioridade, de acordo com Bolsonaro, é fixar idade mínima.

“Não adianta apresentarmos uma boa proposta e ela acabar ficando [parada] na Câmara ou no Senado. Este seria o pior dos quadros possíveis. Nosso grande problema, o que mais interessa no primeiro momento, é a idade mínima. Vamos começar com essa ideia e, depois, apresentar outras propostas", disse Bolsonaro, indicando que pode se reunir com o relator da proposta, o deputado federal reeleito Arthur Maia (DEM) a fim de convencê-lo de propor a votação da idade mínima.

“A proposta [de Temer] está aí, andando. Conversando com o relator, se pode mover apenas a idade mínima e votá-la logo, sem esperar por todo o trâmite de uma nova proposta via emenda constitucional”, disse o presidente eleito, que foi condecoradocom a Medalha do Pacificador com Palma, entregue pelo comandante da força, general Eduardo Villas Boas, no Quartel General da força, em Brasília.

O futuro presidente disse ainda que, se pudesse, aprovaria novas regras para a Previdência já no dia 1º de fevereiro, quando começa a nova legislatura. “Mas temos que respeitar o calendário de tramitação de proposições. Pretendemos, logicamente, aprovar a Reforma da Previdência porque, se não a fizermos, daqui a pouco estaremos na mesma situação que a Grécia esteve há pouco tempo.”

Bolsonaro também revelou que convidará os líderes partidários para discutir a proposta antes de enviá-la à Câmara. Ele reiterou que “não pretende fazer política da forma como era feito antes”. “Posso não saber a fórmula do sucesso, mas a do fracasso é continuarmos fazendo a política de coalizão, de repartir o Poder Executivo com o Parlamento, ao qual respeitamos muito.”

Ontem (4) Bolsonaro já havia dito que pretende apresentar ao Congresso uma proposta fatida e que a definição de uma idade mínima para aposentadoria será prioridade.

Reforma tributária

Bolsonaro afirmou também que a reforma tributária em discussão no Congresso Nacional deve ser discutida com Paulo Guedes, confirmado para o Ministério da Economia. Questionado sobre os avanços e perspectivas, ele disse que a pergunta deveria ser feita a Gudes.

“Esta é uma boa pergunta para fazer ao Paulo Guedes. Porque é bastante complexo. Para entender o emaranhado da nossa legislação [tributária] é preciso ser PHD em Economia”, brincou o presidente eleito antes de voltar a defender a necessidade de flexibilizar as leis trabalhistas.

"Quero mudar o que for possível [na legislação trabalhista]. Temos direitos demais e empregos de menos. Precisamos chegar a um equilíbrio e a reforma aprovada há pouco tempo já deu uma certa tranquilidade para os empregadores", concluiu o presidente eleito.

Bolsonaro defende aprovação de idade mínima e indica que pode usar proposta de Temer

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a prioridade do governo será aprovar a idade mínima para a aposentadoria, com a possibilidade de aproveitar a atual proposta que já tramita no Congresso nesse sentido, e acrescentou que pretende que o restante da reforma da Previdência comece a ser votado em até seis meses.

"Não adianta apresentar uma boa proposta e ela acabar ficando na Câmara o no Senado, é o pior dos quadros possíveis. O grande problema nosso, o que mais interessa no primeiro momento, é idade mínima, então vamos começar come essa, depois apresentar outras propostas", afirmou. "A proposta que está aí ela está andando, se pode mover apenas a idade mínima."

Bolsonaro disse que conversou com a equipe econômica sobre a tramitação da reforma previdenciária.

Segundo o presidente eleito, usar a proposta atual economizaria tempo porque não seria necessário passar por todo o tempo de tramitação da matéria no Congresso. O projeto atual fala em 65 anos de idade mínima para aposentaria de homens e 62 para mulheres.

Bolsonaro disse ainda que pretende fazer novas mudanças na reforma trabalhista porque "existem direitos demais", mas não deu detalhes do que mais pretende mudar. Questionado ainda sobre reforma tributária, afirmou que essa era uma pergunta que devia ser feita ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse não importar se a prioridade seria privatizações ou reformas.

"A ordem dos fatores não altera o produto. O que falei com equipe econômica o que queremos é um juro mais baixo uma inflação dentro dos limites, queremos aquilo que pode fazer a nossa economia andar, desburocratizar. Dei carta branca ao senhor Paulo Guedes para perseguir esse objetivo", afirmou.

Bolsonaro ainda foi questionado sobre a abertura de inquérito para investigar suposto uso de caixa dois pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo Bolsonaro, “em havendo qualquer comprovação ou denúncia robusta contra quem quer que seja e que esteja ao alcance da minha caneta bic, ela será usada".

MINISTROS

Bolsonaro participou nesta quarta-feira de uma cerimônia em que recebeu a Medalha do Pacificador com Palma por um ato de bravura acontecido em 1978.

Segundo o próprio presidente explicou, a ideia de condecorá-lo por ter salvado um soldado de afogamento foi aprovada pelo comandante do Exército já há algum tempo - "quando começou a se avolumar denúncias de que eu era racista", disse. Mas, afirmou, decidiu-se esperar para que a condecoração não fosse dada durante a campanha eleitoral. O soldado salvo, Celso Moraes Luiz, que estava na cerimônia, é negro.

O presidente eleito afirmou ainda que não tem nomes certos para os dois ministérios que faltam, Direitos Humanos e Meio Ambiente, mas que tem várias indicações. A maior dificuldade estaria em encontrar o nome certo para Meio Ambiente, disse.

"Temos bons nomes para meio ambiente mas estamos procurando aquele que se adapte àquilo que eu quero: preservar o meio ambiente sem prejudicar outras atividades no Brasil", afirmou.

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Fonte:
Agência Brasil/O Antagonista

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