Lewandowski barra no STF adiamento de reajuste de servidores públicos; economia seria de R$ 4,7 bi em 2019

Publicado em 19/12/2018 15:41

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu nesta quarta-feira a eficácia de Medida Provisória que postergava para 2020 o aumento salarial previsto para servidores públicos em 2019 e que implicaria economia de 4,7 bilhões de reais para as contas públicas.

Em 2017, o governo do presidente Michel Temer também editou MP de igual teor, buscando poupar recursos por essa via em meio a um cenário de forte restrição fiscal.

Assim como desta vez, Lewandowski barrou a investida, justificando que não seria possível desconstituir direitos adquiridos, outorgados por lei formal, por meio de um ato unilateralmente subscrito.

Quando enviou a proposta orçamentária ao Congresso Nacional, em agosto, a equipe econômica não incorporou em suas contas o impacto positivo do adiamento em 12 meses do reajuste salarial do funcionalismo público, mas afirmou que mesmo assim enviaria uma MP sobre o tema ao Congresso.

Em exposição de motivos, o governo argumentou que a medida representaria "contribuição expressiva para a readequação dos gastos públicos", atingindo ao todo 209 mil servidores civis ativos e 163 mil inativos.

Também ressaltou que os percentuais de aumento previstos para 2019 -- de 4,5 por cento e 6,3 por cento, a depender da categoria contemplada -- ficaram acima do patamar de 4,39 por cento correspondente à inflação nos 12 meses até junho de 2018, nível este utilizado na regra do teto de gastos para limitar o crescimento das despesas públicas em 2019.

Os servidores, portanto, terão ganho real em mais um ano de desequilíbrio nas contas públicas. A meta fiscal em 2019 é de um rombo primário de 139 bilhões de reais para o governo central, o sexto resultado anual no vermelho seguido do Brasil.

(Por Marcela Ayres)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário