Com ou sem acordo, negociações entre EUA e China podem terminar em semanas, diz Lighthizer

Publicado em 12/03/2019 15:32

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WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e a China podem estar nas semanas finais das discussões para fechar um acordo que acabe com a disputa tarifária, disse o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, nesta terça-feira.

Washington e Pequim aplicaram impostos recíprocos sobre importações de produtos que custaram bilhões de dólares às duas maiores economias do mundo, abalaram mercados e prejudicaram cadeias de manufatura e fornecimento.

O governo dos Estados Unidos está pressionando por um fim às práticas e políticas que, para Washington, deram à China vantagens injustas, incluindo suposto subsídios à indústria, limites do acesso para companhias estrangeiras e roubo de propriedade intelectual.

"Nossa esperança é que estejamos nas semanas finais para um acordo", disse Lighthizer, a principal autoridade de comércio dos EUA, durante uma audiência no Comitê Financeiro do Senado nesta terça-feira. Ele ponderou, no entanto, que questões importantes ainda permanecem.

"Se essas questões não forem resolvidas em favor dos Estados Unidos, não teremos um acordo."

Parlamentares pressionaram Lighthizer por detalhes sobre se o governo Trump pretende manter as tarifas em vigor para garantir que a China cumpra qualquer acordo. O presidente norte-americano, Donald Trump, se comprometeu a reequilibrar o sistema comercial global em favor dos EUA como parte de sua política 'América Primeiro'.

"O foco da negociação do lado chinês é a remoção" das tarifas dos EUA, disse Lighthizer. "Se essa for uma concessão, isso é algo que está sob debate."

Os EUA estão lidando com questões estruturais de propriedade intelectual "com precisão" nas negociações comerciais e estão perto de um acordo para tratar da manipulação cambial, acrescentou.

O progresso nas negociações no mês passado levou a Casa Branca a atrasar indefinidamente o aumento de tarifas sobre 200 bilhões de dólares em importações chinesas que deveriam ter entrado em vigor em 2 de março. Isso levou a crescentes expectativas de que um acordo estava próximo, embora autoridades norte-americanas tenham dito na sexta-feira que um novo encontro presencial ainda não estava marcado.

Lighthizer e o principal negociador chinês, Liu He, se falaram nesta terça-feira, reportou a imprensa estatal chinesa, e o representante de Comércio dos EUA disse durante a audiência no Senado que tem outra ligação marcada para quarta-feira.

"Estamos trabalhando mais ou menos continuamente", disse Lighthizer.

(Reportagem de David Lawder e Humeyra Pamuk)

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Fonte:
Reuters

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