FMI alerta para riscos ao crescimento econômico mundial; China culpa Trump

Publicado em 13/04/2019 15:20
Riscos com tendência desfavorável ameaçam crescimento global, diz comitê do FMI

WASHINGTON (Reuters) - As autoridades financeiras globais disseram neste sábado que os riscos para o crescimento econômico mundial foram “inclinados para desfavoráveis” devido a fatores como as tensões comerciais, as incertezas políticas e o repentino aperto nas condições financeiras.

Os riscos em elevação ocorrem ante um cenário de pouco espaço de manobra nas políticas, níveis de endividamento fiscais historicamente elevados e vulnerabilidades financeiras agravadas, disseram as autoridades em uma comunicação conjunta do comitê gestor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O comunicado foi divulgado durante reuniões preliminares do FMI e do Banco Mundial, em Washington.

Mais cedo, a China criticou a política de “America First” do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem precipitado uma disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, com a imposição recíproca de tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em bens.

“O protecionismo de alguns países tem prejudicado a confiança mútua entre os países, limitado o escopo da cooperação multilateral e impedido a disposição de alcançá-la”, disse Chen Yulu, vice-diretor do Banco do Povo da China, em uma mensagem ao Comitê do Fundo Monetário Internacional.

“Unilateralismo e protecionismo podem somente exacerbar os desequilíbrios domésticos e enfraquecer os ajustes estruturais necessários, o que pode afetar negativamente os países envolvidos e o crescimento global”, disse ele.

China denuncia protecionismo em crítica à política comercial dos EUA

WASHINGTON (Reuters) - O protecionismo tem prejudicado a confiança mútua entre países e limitado o escopo da cooperação multilateral, disse o vice-diretor do banco central chinês neste sábado, numa crítica à política comercial de “America First” promovida pelo governo de Donald Trump.

Chen Yulu, um dos vice-diretores do Banco do Povo da China, pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que continue a apoiar um sistema de comércio multilateral baseado em regras predefinidas, uma vez que as tarifas desempenham “somente um papel limitado” em corrigir desequilíbrios comerciais bilaterais.

“O protecionismo de alguns países têm prejudicado a confiança mútua entre os países, limitado o escopo para cooperação multilateral e impedido a disposição para alcançá-la”, disse Chen em um comunicado ao comitê gestor do FMI durante reuniões preliminares em Washington.

“Unilateralismo e protecionismo podem somente exacerbar os desequilíbrios domésticos e enfraquecer os ajustes estruturais necessários, o que pode afetar negativamente os países envolvidos e o crescimento global”, disse ele.

Chen também disse que a China vai continuar a implementar uma “política monetária prudente e política fiscal proativa” para garantir que seu crescimento econômico se manterá estável.

As declarações ocorrem num momento em que Pequim e Washington buscam um acordo para encerrar uma guerra comercial marcada pela tarifação recíproca e que tem custado bilhões de dólares às duas maiores economias do mundo, interrompido linhas de produção e agitado os mercados financeiros.

Recuperação da Zona do Euro ainda neste ano é possível, diz presidente do BCE

WASHINGTON (Reuters) - Muitos dos fatores globais que pesam sobre o crescimento da zona do euro parecem estar diminuindo, mantendo vivas as expectativas de uma recuperação no segundo semestre do ano, disse o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, neste sábado.

Mas ele também alertou que fatores que minam a confiança, incluindo o risco de um Brexit difícil e uma guerra comercial global, continuam a "aumentar muito", colocando o crescimento em risco.

Lutando contra uma desaceleração inesperadamente longa e profunda, o BCE manteve as taxas de juros inalteradas no início desta semana, prometendo uma política ultra-fácil, pelo menos até este ano, e mantendo aberta a porta para ainda mais estímulo.

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Fonte:
Reuters

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