Trump diz ter recebido 'linda carta' de Xi, mas aumento de tarifas está mantido

Publicado em 09/05/2019 15:16
China já anunciou que irá retaliar 'escalada tarifária'; Liu He está em Washington

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O presidente americano Donald Trump diz ter recebido uma "linda carta" do presidente chinês Xi Jinping sobre as questões comerciais que colocou as duas maiores economias do mundo em um severo conflito comercial. Na sequência, Trump afirmou ainda que os dois líderes poderiam vir a conversar pelo telefone nos próximos dias. 

Enquanto se falam, o vice-premier da nação asiática, Liu He, está em Washington para a 11ª rodada de negociações entre os países. A ida de He à capital americana acontece mesmo frente às declarações de Trump de aumento das tarifas americanas sobre US$ 325 bilhões em produtos chineses para 25%. O representante chinês está reunido com o principal líder americano das negociações, Robert Lighthizer. 

E segundo o presidente americano, as determinações para que a alta das taxas aconteça, a partir desta sexta-feira (10), ao meio-dia, já começaram. Mesmo assim, Trump ainda afirma que um acordo com a China poderia ser firmado esta semana. 

"Eu acredito que este será um dia forte. Não tenho ideia do que poderá acontecer", disse, em uma entrevista na Casa Branca, nesta quinta-feira (9). "Nossa alternativa é uma alternativa excelente. E é algo sobre o que tenho dito há anos. A China tem nos levado US$ 100 bilhões por ano", completou. 

Além disso, o presidente americano afirmou ainda que não pode mais aceitar que os chineses continuem tentando "renegociar o acordo". Por outro lado, a China afirma que não busca renegociações, mas que "não irá negociar sob pressão e nem ceder à imposições dos EUA". 

"A China possui credibilidade, honra sua palavra e isso nunca muda", diz o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Gao Feng. E a pasta ainda anunciou que logo irá publicar detalhes de sua retaliação ao aumento das tarifas americanas. 

Com informações da Bloomberg e do The New York Times

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Na Reuters: Déficit comercial dos EUA com a China atinge mínima de 5 anos

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WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial dos Estados Unidos com a China, foco da agenda "América Primeiro" do presidente norte-americano, Donald Trump, caiu para o menor nível em cinco anos em março, em meio a um aumento nas exportações, incluindo de soja.

O relatório do Departamento de Comércio nesta quinta-feira foi divulgado em meio a crescentes tensões comerciais entre Washington e Pequim. Trump disse no domingo que aumentará as tarifas sobre 200 bilhões de dólares em mercadorias chinesas de 10 para 25 por cento na sexta-feira. A China prometeu retaliar se as tarifas entrarem em vigor.

A Reuters, citando fontes do governo dos EUA, informou na quarta-feira que a China recuou em quase todos os aspectos de um acordo comercial entre Washington e Pequim.

O déficit comercial com a China diminuiu 16,2 por cento, para um valor não ajustado de 20,7 bilhões de dólares, o nível mais baixo desde março de 2014. As importações de produtos da segunda maior economia do mundo caíram 6,1 por cento. As exportações para a China cresceram 23,6 por cento em março.

Quando ajustado pelas flutuações sazonais, o déficit com a China foi de 28,3 bilhões de dólares. Esse foi o menor nível desde abril de 2016 e seguiu-se a um déficit de 30,1 bilhões de dólares em fevereiro.

No ano passado, Washington impôs tarifas sobre 250 bilhões de dólares em produtos importados da China, com Pequim respondendo com tarifas sobre 110 bilhões de dólares em produtos norte-americanos.

O déficit comercial total dos EUA aumentou 1,5 por cento, para 50 bilhões de dólares em março. Economistas consultados pela Reuters previam que o déficit comercial se ampliaria para 50,2 bilhões de dólares em março.

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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