BC da China não deixará iuan enfraquecer para 7 por dólar, dizem fontes à Reuters

Publicado em 17/05/2019 11:14

XANGAI/PEQUIM (Reuters) - O banco central da China usará instrumentos de intervenção cambial e política monetária para impedir que o iuan enfraqueça para além do nível de 7 por dólar no curto prazo, disseram três pessoas familiarizadas com o pensamento do banco.

"No momento, tenha certeza de que eles certamente não deixarão a moeda ultrapassar os 7", disse uma fonte à Reuters.

Uma defesa do nível de 7 iuanes por dólar pode ajudar a aumentar a confiança na moeda e acalmar os temores dos investidores sobre uma acentuada depreciação da moeda, mesmo que as relações comerciais com Washington tornem a desvalorização competitiva uma opção atraente para Pequim.

"Passar do nível de 7 por dólar é benéfico para a China porque pode reduzir alguns dos efeitos dos aumentos de tarifas, mas o impacto sobre a nossa confiança no iuan é negativo e os fundos vão sair do país", disse a fonte.

O iuan caiu para o seu nível mais fraco desde dezembro nesta sexta-feira, a uma distância pequena da marca de 7 por dólar vista pela última vez durante a crise financeira de 2008.

A moeda enfraqueceu 3% no último mês com a diminuição das esperanças de um acordo na longa guerra comercial entre Pequim e Washington. A mais recente intensificação dessas tensões ocorreu depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as tarifas sobre as importações chinesas, provocando uma retaliação tarifária semelhante da China.

Embora um iuan mais fraco seja benéfico para os exportadores chineses, o declínio precisaria ser significativo para compensar o impacto das tarifas mais altas dos EUA. Tal queda poderia, por sua vez, alimentar a fuga de capital e afetar a estabilidade econômica da China, disseram fontes.

O Banco do Povo da China não respondeu imediatamente ao pedido da Reuters para comentários nesta sexta-feira.

Uma segunda fonte familiarizada com o pensamento do banco central disse que a autoridade monetária pode tolerar o iuan a 7 por cento devido a fatores de fundamentos, mas que agiria para impedir venda de posições vendidas no curto prazo.

China diz que impacto econômico das tensões comerciais com os EUA é "controlável"

PEQUIM (Reuters) - O órgão de planejamento estatal da China disse nesta sexta-feira que as disputas comerciais com os Estados Unidos tiveram algum impacto na economia chinesa, mas que isso é "controlável" e contramedidas serão implementadas quando necessário para "manter as operações econômicas dentro de uma faixa razoável".

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma fez sua avaliação durante uma conferência de imprensa realizada em Pequim.

A China divulgou na quarta-feira um crescimento surpreendentemente mais fraco nas vendas no varejo e na produção industrial em abril, acrescentando pressão sobre Pequim para mais medidas de estímulo à medida que a guerra comercial com os Estados Unidos se intensifica.

Autoridade chinesa afirma que guerra comercial com EUA pode reduzir crescimento este ano em 1 p.p., diz jornal

PEQUIM (Reuters) - Uma autoridade do Partido Comunista da China disse que a guerra comercial com os Estados Unidos pode reduzir o ritmo de crescimento este ano em ao menos 1 ponto percentual, informou o South China Morning Post nesta sexta-feira, citando uma fonte que não foi identificada.

O jornal disse que Wang Yang, membro do Comitê Permanente do Partido Comunista chinês, disse a uma delegação de empresários de Taiwan cujas empresas estão sediadas na China que o pior cenário da guerra comercial era de uma queda de 1 ponto percentual no crescimento do PIB este ano.

Pequim determinou uma meta de crescimento de entre 6% e 6,5% para 2019.

Índices da China registram 4ª semana de perdas com tensões comerciais

HONG KONG (Reuters) - O mercado acionário da China fechou em baixa nesta sexta-feira, registrando a quarta semana consecutiva de perdas, devido principalmente à intensificação das tensões comerciais depois de os Estados Unidos terem colocado a empresa de tecnologia Huawei em uma lista negra.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 2,54%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 2,48%.

O índice de Xangai acumulou perdas de 1,9% na semana, enquanto o CSI300 perdeu 2,2%.

O subíndice do setor financeiro caiu 2,3%, o de consumo teve queda de 2,6%, o imobiliário perdeu 3% e o de saúde recuou 2,5%

O órgão de planejamento estatal da China disse nesta sexta-feira que os atritos comerciais com os EUA tiveram algum impacto sobre a economia chinesa, mas que isso é "controlável" e que medidas serão adotadas quando necessário "para manter as operações econômicas dentro de uma faixa razoável".

Na quinta-feira, Washington colocou a fabricante de equipamentos de telecomunicações Huawei Technologies Co Ltd, uma das maiores e mais bem sucedidas empresas da China, em uma lista negra que pode tornar extremamente difícil para a empresa fazer negócio com companhias dos EUA.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,89%, a 21.250 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,16%, a 27.946 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 2,48%, a 2.882 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 2,54%, a 3.648 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,58%, a 2.055 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,86%, a 10.384 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,77%, a 3.205 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,59%, a 6.365 pontos.

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Fonte:
Reuters

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