Governo brasileiro injetará US$ 16,8 bilhões para reativar economia, por Xinhua

Publicado em 22/07/2019 14:57

Rio de Janeiro, 17 jul (Xinhua) -- O Governo brasileiro espera injetar 63 bilhões de reais (US$ 16,8 bilhões) na economia com a liberação de dois fundos de benefícios para os trabalhadores, com o objetivo de estimular a economia do país que no primeiro trimestre registrou uma contração de 0,2%.

O anúncio foi divulgado nesta quarta-feira pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao canal de TV GloboNews, na qual assegurou que, após a aprovação no Congresso da reforma da Previdência Social e Aposentadorias, o governo prepara outras medidas de estímulo econômico.

Segundo Guedes, o governo pretende liberar 42 bilhões de reais (US$ 11,2 bilhões) de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores, e outros 21 bilhões de reais (US$ 5,6 bilhões) do Programa de Integração Social-Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS-PASEP).

Em maio, Guedes já tinha afirmado que o governo estudava liberar os recursos do FGTS assim que fosse aprovada a reforma da Previdência. O FGTS é um abono que os trabalhadores recebem quando são demitidos ou se aposentam e que podem sacar em algumas situações, como para a compra da casa própria e, ao liberá-lo agora, o governo espera ativar a economia.

Já o PIS, é um abono pago aos trabalhadores da iniciativa privada, administrado pela Caixa Econômica Federal, enquanto o PASEP é o abono pago aos funcionários públicos, através do Banco do Brasil.

A intenção do governo é reativar a economia brasileira, que não consegue deixar para trás os efeitos da grave crise vivida entre 2015 e 2016, quando o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu em mais de 7 pontos.

Em 2017 e 2018, o Brasil cresceu apenas 1,1% em ambos anos e a previsão para 2019 era de que ficasse em cerca de 3%, mas o alto desemprego, que supera 13 milhões de pessoas e freia o consumo interno, e a baixa confiança dos consumidores e dos empresários fez com que a expectativa atual seja de 0,8%.

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Infomoney: Governo pode anunciar liberação de R$ 63 bilhões do FGTS e PIS/Pasep nos próximos dias

SÃO PAULO - A equipe econômica do governo tem um pacote de medidas pronto para impulsionar a atividade e que pode ser anunciado nos próximos dez dias, afirmou Paulo Guedes, ministro da Economia, em entrevista ao Valor Econômico.   

Guedes apontou ao jornal que sua expectativa é de liberação de R$ 42 bilhões do FGTS, a serem sacados no mês de aniversário dos correntistas. No caso do PIS/Pasep, ele prevê que R$ 21 bilhões ficarão disponíveis, mas só R$ 2 bilhões devem ser efetivamente retirados pelos trabalhadores.  Na quinta-feira devem ser divulgadas as regras para o FGTS e PIS/Pasep.

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Editorial do Estadão: Varejo fraco, produção travada

“Cauteloso e com orçamento apertado, o consumidor tem sido moderado no gasto, como confirmam os dados muito fracos do comércio varejista, com volume de vendas 0,1% menor em maio do que no mês anterior. No ano, o volume vendido foi apenas 0,7% maior que o dos primeiros cinco meses do ano passado. Em 12 meses, o crescimento chegou a 1,3%.  De um lado, esses números são um claro reflexo das péssimas condições do mercado de trabalho, com 13 milhões de desempregados e mais 12 milhões de subempregados e desalentados. De outro, ajuda a explicar a fraqueza da produção industrial, com zero de crescimento nos 12 meses terminados em maio”.

Há resistência política contra mexer em multa do FGTS

O governo quer anunciar essa semana como será o modelo adotado para liberar o saque de contas ativas do FGTS. E, aproveitando que o tema entrou em debate, existem defensores de que comece a ser construída uma solução legal para acabar ou reduzir a multa de 40% do FGTS que é paga aos trabalhadores em casos de demissão. O próprio presidente Jair Bolsonaro começou a falar sobre o assunto.

O problema é que se o governo decidir avançar nesse campo encontrará enorme resistência política no Congresso. A liberação dos saques de contas ativas é vista como um acerto, mesmo que emergencial, para tentar aquecer a economia do País. Mas tentar mexer na multa é apontado por políticos do Centrão como um movimento errado e que, hoje, não teria clima favorável para evoluir.

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Fonte:
Xinhua / Infomoney

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