Trump anuncia novas tarifas de 10% sobre US$ 300 bi em produtos da China

Publicado em 01/08/2019 14:50

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A guerra comercial se agravou entre China e Estados Unidos e o presidente norte-americano Donald Trump anunciou uma tarifação de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos importados da China. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a medida veio depois da pouca evolução das negociações entre os dois países na reunião realizada nesta semana. 

Trump fez seu anúncio pelo Twitter e as novas tarifas devem ser implementadas já em 1º de setembro. 

"Nossos representantes acabaram de voltar da China, onde tiveram conversas construtivas para um futuro acordo. Nós pensamos que teríamos um acordo com a China há três meses, mas infelizmente, a China decidiu renegociar o acordo. Mais recentemente, a China concordou em comprar grandes quantidades de produtos agrícolas dos EUA, mas não o fez. 

Além disso, meu amigo, o presidente Xi disse que pararia suas vendas de Fentanyl para os Estados Unidos - isso nunca aconteceu, e muitos americanos continuam a morrer! As negociações comerciais seguem e, durante as conversas, os EUA irão começar a colocar um pequeno adicional tarifário de 10% em US$ 300 bilhões em produtos vindos da china para nosso país. Isso não inclui os US$ 250 bilhões em produtos já tarifados em 25%. 

Nós aguardamos ansiosos pelo diálogo com a China e em um acordo comercial compreensivo e acreditamos que futuro entre os dois países será brilhante"

Veja os tweets:

Tweet Trump 1

Tweet Trump 2

Tweet Trump 3

Tweet Trump 4

 

Estiveram em Xangai esta semana o secretário do Tesouro Americano, Steve Mnuchin, e o representante do comércio, Robert Lighthizer, para a 12ª rodada de negociações entre chineses e americanos e pouco avanço foi registrado. Comunicados oficiais deram conta somente de informações pouco profundas como a de que a China estaria comprometida  a comprar mais produtos agrícolas dos EUA e os EUA, em contrapartida, dispostos a criarem condições mais favoráveis para essas compras. 

No entato, ao fazer essas declarações nesta quinta-feira, Trump promoveu, segundo especialistas, uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores potências mundiais. O conflito já dura cerca de 15 meses.

O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Roberto Dumas Damas, economista especialista em China e professor do Insper

"Resultados prováveis: 1. Mais empresas americanas migrarão para o Vietnã, Laos, Cambodja e Índia; 2. A medida vai de encontro à política de afrouxamento monetário, uma vez que US$ 300 bilhões se entrarem nos EUA entrarão mais caros (mais inflação),  o que limita eventuais afrouxamentos futuros pelo FED; 3. há o risco da China retaliar e piorar o desaquecimento da  economia global", explica. 

Tarso Veloso, diretor da ARC Mercosul

"Trump pode estar tentando pressionar a China a conversar (já que os chineses se recusam), pode estar tentando passar uma mensagem ao eleitorado dele de que ele está "brigando por eles", ou pode só querer exercer uma pressão mesmo para tentar trazer investimento para os EUA". 

Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da Agro Culte

"A China vai fazer as contas na ponta do lápis e irá na direção onde perde menos. Na guerra comercial os dois países perdem. Nesta situação e sem acordo em vista, você tentará diminuir os prejuízos. A vantagem da China é que, devido à gripe suína a voracidade e agressividade nas compras de soja não é a mesma que, digamos, 2017".  

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Trump diz que EUA "vão taxar" China até que acordo comercial seja alcançado

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que o presidente chinês, Xi Jinping, não está se movendo rápido o suficiente para chegar a um acordo comercial e que os Estados Unidos "vão taxar" a China até que um acordo seja fechado.

Falando a jornalistas, Trump também disse não estar preocupado com a queda acentuada no índice Dow Jones depois de ter anunciado nesta quinta-feira que os EUA vão cobrar tarifas adicionais sobre produtos chineses.

O Dow Jones fechou em queda de 1,05%, perdendo 280,85 pontos, revertendo os ganhos de mais cedo depois que Trump disse no Twitter que vai impor tarifas de 10% sobre um adicional de 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1º de setembro.

Trump, que frequentemente diz que as tarifas são um imposto pago pela China, disse aos repórteres que as alíquotas propostas poderiam ser aumentadas em etapas e que poderiam superar 25%.

O anúncio de Trump veio depois que negociadores dos EUA e da China concluíram na quarta-feira uma reunião de dois dias em Xangai, sem sinais significativos de progresso na resolução de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Preços do petróleo despencam mais de 6% após Trump anunciar tarifas adicionais à China

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(Reuters) - Os preços do petróleo despencavam mais de 6% nesta quinta-feira, recuando pela primeira vez em seis dias, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar no Twitter que irá impor uma tarifa adicional de 10% sobre 300 bilhões de dólares em importações chinesas a partir de 1º de setembro.

Uma prolongada guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo despertou preocupações a respeito da demanda por petróleo.

Por volta das 15h25 desta quinta-feira, os contratos futuros do petróleo Brent caíam 4 dólares, ou 6,15%, para 61,05 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuava 4,36 dólares, ou 7,44%, para 54,22 dólares o barril.

"Os preços do petróleo caíram consideravelmente hoje, sofrendo dois golpes de uma só vez, com desânimo quanto ao relaxamento monetário pelo Federal Reserve e o anúncio do presidente Trump de que mais tarifas serão impostas aos produtos chineses", disse John Kilduff, sócio da Again Capital Management.

"A guerra comercial EUA-China já impactou pesadamente a perspectiva de demanda por energia e isso (o tuíte de Trump sobre as tarifas) vai apenas se somar a essas preocupações. A guerra comercial está claramente longe do fim."

No início da sessão, os preços foram pressionados pela redução das taxas de juros norte-americanas pelo Fed, que contrariou expectativas após o chefe do banco central dos EUA afirmar que o corte na véspera pode não ser o começo de uma longa série de reduções de juros para fortalecer a economia contra a fraqueza econômica global.

Bolsonaro, direto: “Trump é meu ídolo”

Em uma rápida conversa com os jornalistas, hoje, após participar do lançamento do programa Médicos pelo Brasil, Jair Bolsonaro disse que é fã de Donald Trump.

“Não queira atacar o Trump, que é meu ídolo, por acaso”, afirmou o presidente, questionado sobre a política adotada pelo governo dos Estados Unidos para os imigrantes.

“Você quer que tenha pessoa ilegal dentro do Brasil? Os cubanos estavam aqui como escravos. Se fizessem qualquer coisa errada, a família sofria. Há uma diferença enorme com o Trump”, completou Bolsonaro.

EUA buscam parceria preferencial em infraestrutura com o Brasil

Agência Brasil

O secretário de Comércio dos Estados Unidos (EUA), Wilbur Ross, disse hoje (1º) que as empresas norte-americanas querem ampliar a participação em projetos de infraestrutura da América Latina e, em especial, no Brasil. Em discurso a empresários latino-americanos, Ross se disse impressionado com os planos do Ministério da Infraestrutura brasileiro para o setor.

Secretário de Comércio dos Estados Unidos - Wilbur Ross

Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross - Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Encontrei hoje o ministro da Infraestrutura [Tarcísio Freitas] e fiquei impressionado com os detalhes de planos que em breve serão apresentados. O governo [brasileiro] está se movendo. Penso que isso é muito importante para quem está preocupado em fazer investimentos aqui. Eu estaria menos tenso aqui no Brasil do que em alguns outros lugares”, disse Ross, ao participar do Fórum Anual de Liderança em Infraestrutura da América Latina, em Brasília.

De acordo com o secretário, o Departamento do Comércio dos EUA vem apoiando as empresas de seu país com a ajuda de equipes de negócios instaladas em pontos estratégicos do Brasil. “Há planos para uma missão de comércio no setor de portos e rodovias. Para tanto, nossas empresas querem [primeiro] aprender mais sobre os projetos e licitações nesses setores”, afirmou.

“Os EUA desejam ser parceiros preferenciais dos projetos [de infraestrutura] na América Latina. Nossas empresas oferecem expertise, inovações, integridade e demanda de valor para oportunidades em infraestruturas cruciais”, completou.

Projetos
Por meio de nota, o Ministério da Infraestrutura informou que, durante o encontro com Ross, foi apresentada uma carteira com os principais projetos para investimentos privados em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, com destaque para 41 concessões de aeroportos previstas; leilões, arrendamentos e desestatizações de terminais portuários; e planos para concessões do setor ferroviário, que tiveram início ontem (31) com a assinatura do contrato da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis (GO).

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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