Bolsonaro diz que não pretende recriar CPMF, mas está disposto a conversar com Guedes sobre tema

Publicado em 22/08/2019 13:50

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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que não pretende recriar a CPMF, após fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto na véspera, mas, ao mesmo tempo, afirmou que ouvirá a opinião do auxiliar sobre o assunto e que está aberto a conversar a respeito.

"Vou ouvir a opinião dele (Guedes). Se desburocratizar muita coisa, diminuir esse cipoal de impostos, uma burocracia enorme, eu estou disposto a conversar. Não pretendo, falei que não pretendo recriar a CPMF", disse.

"O que ele (Guedes) complementou? A sociedade que tome uma decisão a esse respeito. Foi o que ele falou."

Na quarta-feira, Guedes disse que a classe política terá que decidir se apoiará ideia do governo que deve ser proposta ao Congresso de desonerar a folha de pagamento em troca da implantação de um imposto sobre transações financeiras.

Em entrevista à imprensa após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outros parlamentares, Guedes lembrou que a CPMF, tributo sobre transações criado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu apoio de economistas. Também avaliou que, numa alíquota baixa, ele "não distorce tanto".

PGR

Bolsonaro disse também que terá um encontro nesta quinta-feira com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a pedido dela, e que não sabe qual será o tema da conversa. O presidente disse que ainda não tomou uma decisão sobre quem comandará o órgão.

"Pelo que eu fiquei sabendo, ela quer falar comigo, estou aberto a todo mundo. Não sei o que ela quer tratar comigo. Foi pedido dela", disse Bolsonaro

"Tudo pode acontecer, todos estão no radar", garantiu o presidente, que disse que não há data para sua tomada de decisão e comentou o critério pretende adotar para escolher o novo PGR. O mandato de Dodge termina em meados de setembro.

"Vamos escolher na hora certa. Eu não quero uma pessoa que seja 10 em uma coisa e zero na outra. Quero que seja sete em tudo, para poder equilibrar. Não podemos ter uma pessoa lá preocupada apenas com uma coisa", acrescentou.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

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Fonte:
Reuters

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