A bandidolatria e "O Silêncio do TCU", por Roberto Motta (veja os vídeos da campanha anticrime)

Publicado em 12/10/2019 18:40
Roberto Motta é escritor, professor, empreendedor, ativista ligado a causas de desenvolvimento social e especialista em segurança. Abaixo, os vídeos suspensos do pacote anticrime do Governo Federal que viralizaram nas redes sociais
O Silêncio do TCU (Por Roberto Motta)
 
A BANDIDOLATRIA tirou do brasileiro o direito de se revoltar contra o crime. Você pode sofrer os piores suplícios nas mãos de bandidos, mas não tem JAMAIS o direito de se indignar.
 
O bandido é um coitado. A culpa do assalto (ou do estupro, ou facada) é exclusivamente sua. Você é um pequeno-burguês. Você é que deve pedir desculpas ao criminoso (como fez aquela blogueira paulista, ao ser assaltada).
 
Foi a BANDIDOLATRIA que destruiu nosso sistema de justiça criminal. Polícia, Ministério Público, Judiciário e Sistema Prisional estão enfraquecidos, aparelhados e contaminados por essa ideologia nefasta.
 
Foi a BANDIDOLATRIA que criou:
 
- A "progressão de regime": o bandido só fica na cela 1/6 da pena, depois passa para o REGIME SEMIABERTO (dorme na cela e durante o dia faz o que quiser).Vale inclusive para CRIMINOSOS HEDIONDOS (que ficam na cela apenas 2/5 da pena).
-  O "auxílio-reclusão": R$ 1.200 por mês para o bandido contribuinte do INSS, enquanto ele estiver preso.
- As “visitas íntimas”: o direito de fazer sexo na prisão com um visitante, que vale para qualquer criminoso, INCLUSIVE ESTUPRADORES.
- A “remissão de pena por leitura”: para cada livro “lido” o criminoso reduz alguns dias da pena.
- As “saidinhas” em 7 feriados por ano.
- A DEMONIZAÇÃO diária da polícia na mídia.
- A GLAMOURIZAÇÃO do tráfico de drogas.
 
Graças à BANDIDOLATRIA, os traficantes que torturaram e mataram Tim Lopes em 2002 passaram para o regime semiaberto e FUGIRAM: um deles em 2007 e outro em 2010.
 
Graças à BANDIDOLATRIA, os assassinos de Daniela Perez, Isabela Nardoni, João Hélio e do casal Richtofen já estão soltos. Em um país desenvolvido, eles ainda ficariam presos por décadas (ou por toda a vida).
 
Graças à BANDIDOLATRIA o Brasil tem 60.000 assassinatos por ano e 2 MILHÕES de assaltos (apenas nas capitais). São 4 assaltos por minuto.
 
Mas o pior da BANDIDOLATRIA é calar as vozes das vítimas.
 
No Brasil é PROIBIDO dizer que o criminoso merece punição e que alguns criminosos – pelo crime que cometeram – não têm recuperação. 
 
No Brasil é PROIBIDO dizer que crime é escolha, e que para muitos criminosos o crime é profissão.
 
No Brasil é quase CRIME dizer a preocupação da sociedade tem que ser com a vítima, e não com o criminoso.
 
No Brasil é PROIBIDO pelo Tribunal de Contas da União contar histórias de vítimas do crime. Enquanto isso, dezenas de ONGs, financiadas em dólar, contam as histórias dos pobres criminosos, presos "injustamente" em celas superlotadas.
 
Não há ninguém para falar pelas vítimas.
 
Não há ninguém para dizer que, para cada criminoso em uma cela lotada, há uma criança orfã, uma mulher traumatizada para sempre pela violação do seu corpo, ou um pai que jamais verá de novo o seu filho.
 
No país da BANDIDOLATRIA, todos os benefícios, cuidados, direitos, atenção e recursos vão para o criminoso. 
 
Para a vítima sobra apenas uma cova rasa e o esquecimento.
 
E, agora, o silêncio.
 
Roberto Motta
 

Campanha do pacote anticrime, suspensa pelo TCU, ganha força nas redes sociais

Os vídeos publicitários da Campanha do Ministério da Justiça para divulgar o pacote anticrime proposto pelo ministro Sérgio Moro ganharam repercussão nas redes sociais após ter veiculação suspensa por decisão do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. O ministro considerou haver indícios de utilização irregular de recursos públicos na campanha publicitária.

“Entendo que há fortes indícios de que a contratação da campanha publicitária atinente ao denominado ‘pacote anticrime’ não se enquadra na ação orçamentária ‘Publicidade de Utilidade Pública’, justificando assim a adoção de medida cautelar, com vistas a suspender a execução do contrato publicitário firmado até que esta Corte de Contas se pronuncie no mérito a respeito dos fatos apontados, eis que, a continuar em vigência, o aludido contrato poderá redundar em despesa realizada fora da finalidade legal prevista.”

No entanto, a suspensão da campanha nas mídias tradicionais acabou ganhando conotação política e estimulando a propagação das peças nas redes sociais. Os vídeos com durações de 30 segundos a até 2 minutos estão sendo divulgados e distribuídos de maneira gratuita por internautas e já viralizaram.

A Senadora Soraya Thronicke (PSL/MS) utilizou a tribuna do Senado para contestar a suspensão da campanha e anunciar a divulgação dos vídeos publicitários em suas redes sociais, além de convidar a todos a fazer o mesmo. . 

O pedido de suspensão da campanha foi feito por parlamentares de oposição entre eles os deputados Orlando Silva (PCdoB), Paulo Teixeira (PT) e Marcelo Freixo (PSOL), todos integrantes do grupo de trabalho do pacote anticrime, e pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede).

Conheça do conteúdo dos vídeos da Campanha:

Veja também: A quem interessa a suspensão da campanha publicitária que detalha pacote anticrime de Moro?

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Fonte:
Notícias Agrícolas/facebook

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