Após renovar máximas, ibovespa perde fôlego com foco em acordo China-EUA

Publicado em 13/12/2019 12:04

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego nesta sexta-feira, reagindo a comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, após ter renovado máximas mais cedo, meio a expectativas favoráveis quanto a um acordo entre China e EUA, além de números reforçando a trajetória de recuperação da economia brasileira.

Notícias corporativas, incluindo nomes como Petrobras e Via Varejo também repercutiam nos negócios, no último pregão antes do vencimento de opções sobre ações na segunda-feira.

Às 11:54, o Ibovespa subia 0,01%, a 112.214,39 pontos. Mais cedo, chegou subir a 112.809,71 pontos novo recorde intradia. Na mínima, atingiu 111.779,96 pontos. O volume financeiro somava 7,2 bilhões de reais.

Apesar do 'deslize', o Ibovespa ainda caminhava para terminar a semana com valorização, ampliando os ganhos no mês para cerca de 3,5%.

No exterior, Trump disse nesta sexta-feira que uma notícia do Wall Street Journal sobre o acordo com a China "está completamente errada, especialmente sua declaração sobre as tarifas", mas não ofereceu detalhes e não indicou que história ele quis dizer.

O Wall Street Journal noticiou na véspera que as negociações contemplavam uma oferta pelos EUA de corte de até 50% nas tarifas em vigor sobre 360 bilhões de dólares em importações da China, além do cancelamento de novas taxações planejadas para entrar em vigor em 15 de dezembro.

Patrik Lang, chefe da área de pesquisa em renda variável do banco Julius Baer, destacou que um acordo de "Fase 1" para evitar as tarifas de 15 de dezembro e reverter algumas das tarifas anteriores era algo que mercados acionários esperavam, conforme nota a clientes.

Na véspera, notícias citando fontes sugeriam que o chamado "acordo de fase 1" havia sido fechado e inclusive assinado pelo presidente dos EUA. O governo chinês anunciou entrevista coletiva para as 12h (horário de Brasília) desta sexta-feira.

Da cena local, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,17% em outubro na comparação com o mês anterior, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC, acima do esperado.

DESTAQUES

- PETROBRAS ON cedia 3,3%, entre as maiores quedas, apesar da alta dos preços do petróleo, tendo no radar notícia de que Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou a companhia sobre sua intenção de avaliar a venda de até a totalidade de ações ordinárias que detém da empresa. PETROBRAS PN perdia 2,5%.

- VIA VAREJO ON subia 1,7%, após forte ajuste negativo no fechamento da véspera, na esteira de fato relevante da empresa de que encontrou indícios de fraude fiscal, com impacto estimado de até 1,4 bilhão de reais no resultado do quarto trimestre. Os papéis subiam 8% antes da divulgação e fecharam em baixa de 3%. GPA PN, controlador da Via Varejo até meados do ano, caía 2,2%.

- NATURA ON mostrava elevação de 2,5%, beneficiada pelas perspectivas relacionadas a consumo, conforme a economia sinaliza melhora, além de benefício com a valorização do dólar uma vez que parte relevante da receita agora vem do exterior.

- MRV ON avançava 1,9%, também embalada pelas expectativas sobre a economia, além da sanção presidencial de medida provisória que fixa novas regras do FGTS, com veto a limites aos descontos concedidos no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida.

- CIELO ON tinha alta de 1,6%, após anunciar na quinta-feira uma parceria com a Ame, carteira digital da Lojas Americanas e da B2W, para pagamentos com QR Code..

- VALE ON subia 0,8%, acompanhando o movimento de papéis de mineradoras na Europa, em sessão de alta dos preços do minério de ferro na China.

- BTG PACTUAL UNIT cedia 0,7%, único desempenho negativo entre os bancos listados no Ibovespa, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN subiam 1% e 0,8%, respectivamente.

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Fonte:
Reuters

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