Deputados da Argentina aprovam projeto de "emergência econômica"

Publicado em 20/12/2019 08:16

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BUENOS AIRES (Reuters) - A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na manhã desta sexta-feira um projeto de lei de "emergência econômica" que estabelece alta de impostos para enfrentar a grave crise pela qual passa o país, e o projeto deve agora ser analisado pelo Senado ainda nesta sexta.

Com 134 votos a favor e 110 contra, o governo de centro-esquerda do presidente Alberto Fernández conseguiu a aprovação de um projeto que busca manter o equilíbrio fiscal para garantir o pagamento futuro da dívida pública --que está atualmente em negociação-- e, posteriormente, expandir o gasto social para impulsionar a economia.

Após um prolongado debate na Câmara dos Deputados, espera-se que o Senado, onde o governo tem maioria, trate do projeto ainda nesta sexta-feira, ante o pedido de urgência do presidente peronista Fernández

"Estamos diante de um estado excepcional na Argentino. Queremos transmitir, a quem faz parte do mercado interno, que esta é uma ferramenta para colocar a economia em marcha e devolver a esperança", disse o deputado governista Sergio Massa, presidente da Câmara, em sua conta no Twitter.

A Argentina enfrenta uma prolongada recessão, uma inflação anual superior a 50% e uma pobreza que se aproxima dos 40%, enquanto se vê pressionada a pagar vencimentos de dívida próximas a 100 bilhões de dólares, que o país diz que atualmente não tem como quitar.

(Reportagem de Nicolás Misculin)

BC da Argentina reduz taxa de juros a 58%

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BUENOS AIRES (Reuters) - O banco central da Argentina cortou na quinta-feira sua taxa de juros referencial para 58%, de 63%, como parte dos esforços do novo governo de centro-esquerda para reanimar a economia.

"A taxa de juros de referência estava em um nível inadequado e potencialmente inconsistente com as perspectivas de evolução nominal das variáveis econômicas relevantes", disse o banco em comunicado.

A Argentina atravessa uma forte crise que o presidente, Alberto Fernández, pretende combater reativando a economia mas sem descuidar do equilíbrio fiscal, para não alimentar uma inflação que este ano ficará acima de 50%.

Os juros altos eram a maneira como a gestão do banco central que deixou a entidade há 10 dias tinha de lidar com a inflação.

(Reportagem de Nicolas Misculin)

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Fonte:
Reuters

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