China cortará tarifas pela metade sobre algumas importações dos EUA; soja não está na lista

Publicado em 06/02/2020 08:09

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Por Se Young Lee e Yawen Chen

PEQUIM (Reuters) - A China afirmou na quinta-feira que irá cortar pela metade tarifas adicionais aplicadas a 1.717 produtos dos Estados Unidos no ano passado, após a assinatura da Fase 1 do acordo que garantiu uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Embora o anúncio retribua ao compromisso dos EUA segundo o acordo, também é visto por analistas como uma ação de Pequim para ampliar a confiança em meio ao surto de vírus que afetou as empresas e o sentimento do investidor.

Jogando dúvidas sobre o cenário imediato, entretanto, está a perspectiva levantada na mídia local de que Pequim pode invocar uma cláusula relacionada a desastres no acordo comercial, o que pode permitir que evite repercussões mesmo se não conseguir cumprir totalmente o objetivo de compras de produtos dos EUA e serviços para 2020.

O Ministério das Finanças da China afirmou em comunicado que, a partir das 2h01 (horário de Brasília) de 14 de fevereiro, tarifas adicionais aplicadas sobre alguns produtos serão cortadas de 10% para 5% e outras de 5% para 2,5%.

O ministério não informou o valor dos produtos afetados pela decisão, mas os produtos que se beneficiam da nova regra fazem parte dos 75 bilhões de dólares em produtos que a China anunciou no ano passado que receberiam tarifas de 5% a 10%, o que entrou em vigor em 1 de setembro.

Em comunicado separado, o Ministério das Finanças disse que as reduções das tarifas correspondem àquelas anunciadas pelos EUA sobre os produtos chineses, que também estão programadas para 14 de fevereiro.

Outros ajustes dependerão da evolução da situação econômica e comercial bilaterial, disse o ministério.

(Reportagem de Se Young Lee, Lusha Zhang, Yawen Chen, Winni Zhou, Hallie Gu, Dominique Patton e Gabriel Crossley; reportagem adicional Hideyuki Sano em Tóquio)

Minério de ferro na China sobe após corte de tarifas sobre importações dos EUA

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Por Enrico Dela Cruz

MANILA (Reuters) - Os futuros do minério de ferro na China recuperaram-se nesta quinta-feira de três dias seguidos de queda, após o governo chinês ter anunciado cortes de tarifas sobre importações de uma série de produtos dos Estados Unidos, o que trouxe algum alívio aos mercados financeiros, fortemente impactados pela disseminação do coronavírus no país.

O contrato mais ativo do minério de ferro na bolsa de Dalian encerrou em alta de 0,9%, a 590 iuanes (84,64 dólares por tonelada), devolvendo perdas iniciais. Na bolsa de Cingapura, o primeiro contrato, para abril, subiu 1,1%, para 79,40 dólares por tonelada.

O minério de ferro em Dalian havia recuado 11,3% entre segunda e quarta-feira, por preocupações com a demanda na China, principal importadora, em meio à epidemia do coronavírus no país.

"O surto de coronavírus vai prejudicar o crescimento econômico da China neste ano, mas a escala desse impacto segue incerta e dependerá de sua duração e intensidade", disse a Fitch Ratings.

Embora houvessem expectativas gerais de uma normalização dos preços neste ano, depois de um salto em 2019 devido a preocupações com um aperto na oferta do material, a queda das cotações nesta semana foi a maior em seis meses.

A epidemia do coronavírus já matou 563 pessoas na China e gerou restrições ao movimento de pessoas e ao transporte, prejudicando muitos negócios.

A China disse que irá cortar pela metade tarifas adicionais fixadas sobre 1.717 produtos norte-americanos no ano passado, após um acordo comercial de fase 1 com os EUA que trouxe uma trégua para uma disputa tarifária entre os países.

No aço, o contrato mais negociado do vergalhão na bolsa de Xangai ficou praticamente estável, com alta de 0,1%.

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Fonte:
Reuters

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