Ministério adotará cloroquina para casos graves de Covid-19, é contrário ao uso fora de hospitais

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil passará a utilizar a cloroquina no tratamento de casos graves de infecção pelo novo coronavírus, disse nesta quarta-feira o Ministério da Saúde, acrescentando que o medicamento não deve ser usado fora de ambientes hospitalares.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Denizar Vianna Araújo, será apresentado um protocolo de cinco dias para a utilização da cloroquina em pacientes graves do coronavírus. A assistência ventilatória continuará sendo fornecida a essas pessoas.
Araújo afirmou em entrevista coletiva que o uso do medicamento não é recomendado para casos leves de Covid-19 tratados fora do ambiente hospitalar, citando efeitos colaterais pelo uso da cloroquina, que embora seja testada no combate ao coronavírus, costuma tratar doenças como malária e lúpus.
Na mesma entrevista, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a pasta está deixando nas mãos dos médicos a decisão pelo possível uso da cloroquina como parte do arsenal contra coronavírus nos hospitais.
Número de mortes por coronavírus no Brasil sobe para 57; país tem 2.433 casos
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O número de mortes em decorrência do novo coronavírus no Brasil avançou para 57 nesta quarta-feira, um aumento de 11 óbitos em relação ao levantamento da véspera, informou o Ministério da Saúde.
Foram relatadas as primeiras mortes fora da Região Sudeste, sendo uma no Rio Grande do Sul, uma no Amazonas e uma em Pernambuco.
Os casos confirmados de Covid-19 no país atingiram 2.433, o que representa um aumento de 232 em relação aos 2.201 registrados até segunda-feira, de acordo com o ministério.
De segunda para terça-feira, o número de mortes havia aumentando em 12, e o número de casos em 310, segundo os dados do ministério.
A maior parte das mortes pela doença está em São Paulo, com 48 óbitos. O Estado também possui a maioria das infecções confirmadas no Brasil, com 862.
O Rio de Janeiro vem a seguir na contagem de casos do novo coronavírus, com seis mortes verificadas e 370 casos no total.
Governo manda produzir remédio da malária para pacientes de coronavírus graves (Estadão)
Uma medicação usada no combate à malária, a chamada cloroquina, vai ser produzida em larga escala e distribuída em hospitais de todo o País para ser testada em pacientes que estão em situação grave, contaminados pelo novo coronavírus.
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 25, que serão liberadas 3,4 milhões de unidades do remédio até a próxima sexta-feira, 27, para envio a hospitais. O próprio governo reconhece que ainda não há comprovação sobre o resultado efetivo da cloroquina para a covid-19, mas os primeiros testes já mostraram, segundo o governo, que o saldo é "mais positivo que negativo" em pacientes em situação de risco.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o remédio não será vendido em farmácias para a população em geral, porque não há nenhum benefício comprovado em sua utilização entre aqueles que não estão em estado grave pelo coronavírus. Já se sabe, por exemplo, que a cloroquina pode causar arritmia cardíaca, dores agudas nos rins, entre outros efeitos colaterais
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo para divulgar o produto como uma forma de tratar pacientes de coronavírus. A divulgação causou uma corrida às farmácias e prejudicou pessoas que, efetivamente, fazem uso regular de remédios baseados na substância.
Conforme anunciado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, seu uso, portanto, é restrito aos médicos, que poderão optar pelo tratamento com a substância, caso achem necessário.
"Estudos sobre cloroquina ainda são preliminares, será analisado no dia a dia, em casos graves", comentou Mandetta. "Se o médico entender que o paciente grave pode se beneficiar, terá a cloroquina disponível."
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Viana, disse que se trata de "um medicamento muito promissor" e que já é usado há décadas no Brasil. Ele reconheceu, porém, que não se trata de uma cura da covid-19.
"Os estudos clínicos em humanos ainda estão em curso. Então, o que estamos oferecendo é uma opção terapêutica. É uma indicação complementar, com o máximo de controle. Os benefícios superam os riscos para esses pacientes. O Ministério da Saúde está propondo um protocolo somente para pacientes em situação grave", disse.
Grandes bancos privados vão importar e doar 5 milhões de testes para coronavírus
Em nota conjunta, os bancos ressaltam que realizar testes em massa com suspeitos de estarem contagiados será decisivo para superar a crise.
"Da mesma forma, os tomógrafos permitem identificar a gravidade dos casos e os respiradores salvam as vidas dos doentes com complicações pulmonares", ressaltam os bancos.
A decisão sobre a ação conjunta foi tomada nesta quarta-feira pelos presidentes dos três bancos - Octavio de Lazari Jr., do Bradesco, Candido Bracher, do Itaú, e Sérgio Rial, do Santander Brasil -, que conversaram sobre a melhor maneira de contribuir para mitigar os efeitos da pandemia.
A primeira medida prática foi a formação de uma força-tarefa, composta por profissionais de cada uma das instituições, que definiu, sob orientação do Ministério da Saúde, a logística mais eficiente para a importação dos kits de testagem e dos equipamentos.
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