Petrobras inicia hibernação de 62 plataformas, com impacto de 23 milhões de barris/dia
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras iniciou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas nas bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará, informou a empresa em comunicado nesta quarta-feira, acrescentando que o corte de produção decorrente da medida deve ser de 23 mil barris de petróleo por dia (bpd).
Segundo a petroleira, as plataformas hibernadas não possuem condições econômicas para operar com os baixos preços do petróleo, cujas cotações têm sido pressionadas devido à queda de demanda em função da pandemia de coronavírus.
"(A medida) faz parte de uma série de ações para preservar os empregos e a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos", afirmou a estatal, destacando que 80% dessas plataformas não são habitadas e que os funcionários das unidades habitadas não serão demitidos.
O corte de 23 milhões de barris/dia representa uma fatia relativamente pequena da redução de oferta de 200 milhões de b/d prometida pela empresa recentemente.
Preços do petróleo despencam após alta histórica nos estoques dos EUA
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Tanque para armazenamento de petróleo em Mentone, Texas (EUA) 22/11/2019
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo dos Estados Unidos recuaram para uma mínima de 18 anos e o Brent perdeu mais de 6% nesta quarta-feira, depois de os EUA registrarem o maior aumento semanal da história em seus estoques e em meio a expectativas de que a demanda global atinja mínimas de 25 anos devido à pandemia de coronavírus.
Os números sombrios dos EUA se sobrepuseram ao sentimento otimista gerado pelo acordo entre produtores de todo o mundo para cortes recordes de bombeamento, deixando claro que reduções de oferta não serão suficientes para evitar que os espaços de armazenamento se esgotem.
O petróleo Brent fechou cotado a 27,69 dólares, queda de 1,91 dólar, ou 6,45%. Já o petróleo dos EUA recuou 0,24 dólar, ou 1,19%, para 19,87 dólares o barril, registrando seu menor valor de fechamento desde fevereiro de 2002.
Para que o WTI caia muito mais, os EUA provavelmente terão de se aproximar das capacidades máximas de armazenamento de petróleo, disse Gene McGillian, vice-presidente de pesquisa de mercado da Tradition Energy.
"Com mínimas de quase duas décadas, o mercado está mostrando que precisamos ter mais evidências de que haverá um enorme excesso de oferta em nossas mãos e que levará algum tempo para que ele seja reduzido, antes de as pessoas ficarem agressivamente vendidas abaixo dos 20 dólares", afirmou McGillian.
Os estoques de petróleo dos EUA, maior produtor global, cresceram em 19 milhões de barris na última semana, com refinarias reduzindo atividades aos menores níveis desde 2008 devido à queda na demanda decorrente da pandemia de coronavírus, disse a Administração de Informações de Energia (AIE).
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