Presidente do Banco Central diz que economia começará a melhorar a partir do 4º trimestre

Publicado em 18/04/2020 18:25

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a economia brasileira vai começar a melhorar a partir do 4º trimestre de 2020, e que apenas nos próximos 3 meses é que será possível avaliar a extensão do estrago da crise do coronavírus no país, segundo o site Poder360 neste sábado.

Segundo o site, a entrevista completa em parceria com o Poder em Foco, no SBT, será transmitida no domingo.

"Eu acho que o último trimestre vai mostrar melhoras. Obviamente de uma base muito baixa. Agora a dúvida é o 3º trimestre, o quanto vai ser impactado", disse o presidente do BC, na entrevista.

Campos Neto também afirmou que o Banco Central apresentará sua estimativa para a economia em comunicado oficial em breve, e que ela dependerá dos efeitos do isolamento social por conta do novo vírus.

"Eu acho que as pessoas que hoje fazem conta de quanto vai ser o crescimento brasileiro estão estimando quanto tempo vai ficar parado e como vai ser essa parada. Eu acho que nunca esteve tão difícil fazer previsão de crescimento, porque é um fenômeno muito diferente, muito novo, a gente não viu", disse.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Brasília
  • Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

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    Diesel, gasolina e etanol recuam no posto na semana, diz ANP; caem mais de 10% no ano.

    Funcionário de posto de gasolina abastece carro em São Paulo
    • SÃO PAULO (Reuters) - Os preços dos combustíveis nos postos do Brasil voltaram a recuar nesta semana, após novo corte pela Petrobras dos valores nas refinarias e em meio à continuidade do movimento de baixa nas cotações do petróleo no mercado internacional.

    Com isso, tanto o diesel quanto a gasolina e o etanol acumulam agora redução de mais de 10% nas bombas ao longo de 2020, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira.

    O movimento dos valores para o consumidor final, no entanto, é bem mais tímido do que os reajustes já aplicados pela Petrobras, responsável por quase 100% da capacidade de refino do país.

    A estatal já cortou em 50% o valor médio da gasolina nas refinarias, enquanto o diesel baixou 35% até o momento no ano.

    Na gasolina, o preço médio nos postos caiu nesta semana para 4,095 reais por litro, um recuo semanal de 1,30%, segundo os dados da ANP. No ano, o recuo é de 10,16%.

    Já o diesel, combustível mais utilizado do país, foi vendido nas bombas por média de 3,318 reais por litro, queda de 0,6% na comparação semanal, enquanto a retração acumulada em 2020 é de 12,2%.

    O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, foi vendido em média a 2,796 reais nesta semana, ou 2,37% a menos que na semana anterior, com queda de 11,9% frente à cotação no início de janeiro, segundo os dados da ANP.

    A Petrobras informou nesta semana redução de 8% da gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira, enquanto o diesel teve corte de 6%.

    O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor nos postos, no entanto, não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

    Já os preços do petróleo Brent, referência internacional, que influenciam os reajustes da Petrobras, fecharam a semana com perda de cerca de 11%, enquanto o petróleo WTI recuou quase 20%.

    ANP vê atraso na entrega de GLP pela Petrobras em 7 Estados; governo aponta preocupação

    Logo da ANP no edifício que sedia a agência, no Rio de Janeiro
    • RIO DE JANEIRO (Reuters) - As entregas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, pela Petrobras estavam atrasadas em sete Estados brasileiros até terça-feira, apontaram dados da agência reguladora ANP nesta sexta-feira, enquanto o governo apontou preocupações com possível desabastecimento.

    Os atrasos ocorrem em meio a um aumento da demanda pelo produto nas residências brasileiras, devido ao isolamento social como forma de evitar o novo coronavírus, que simultanemente levou desde março a uma corrida de consumidores às revendas, diante de preocupações com a oferta.

    Segundo a autarquia, as vendas do gás de cozinha ficaram estáveis em apenas seis Estados da federação, enquanto avançaram em até 30% nas outras localidades.

    O cenário ocorre enquanto a Petrobras está produzindo menos GLP em suas refinarias, devido a queda da demanda por outros derivados, e compensando com importações.

    Diante disso, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senacon) pediu explicações da ANP e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), conforme afirmou em nota nesta sexta-feira.

    "A Senacon está preocupada com um possível desabastecimento devido às condições excepcionais de funcionamento da economia no momento atual e da essencialidade do produto, buscando assim alternativas que possam ser pensadas para redução do preço do gás ao consumidor final", afirmou a Senacom.

    Até terça-feira, o Estado com a situação mais crítica era o Paraná, com cerca de 30% a 40% de atraso nas entregas da Petrobras, seguido de Minas Gerais, com atrasos de 10% a 20%, e de Amazonas, Pará, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde os atrasos eram de até 10%, informou a ANP.

    As entregas eram consideradas avançadas nos Estados Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina, segundo o levantamento.

    As informações da autarquia ocorrem apesar de declarações recentes do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, nos últimos dias, de que a empresa tem feito "um esforço extraordinário" importando o produto e que o mercado estaria "normalizado".

    Em uma videoconferência na quarta-feira, o presidente da Petrobras afirmou que a empresa estava suprindo o mercado e que não havia expectativas de desabastecimento.

    "Em abril estamos importando 350 mil toneladas (de GLP), isso é mais do que o suficiente para, juntamente com a nossa produção, seja do refino ou unidades de processamntpo de gas natural, suprir o mercado brasileiro com sobras. Não há perspectivas de falta de abastecimento", disse ele.


     

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Fonte:
Reuters

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