China confina meio milhão de pessoas perto de Pequim por medo de nova onda de covid-19

Publicado em 28/06/2020 17:05 e atualizado em 29/06/2020 08:48

Autoridades  da China anunciaram o confinamento, neste domingo, 28, de quase meio milhão de pessoas que vivem nos arredores da capital do país, Pequim. Desde meados de junho, a cidade vive um novo surto de coronavírus, já qualificado como "sério e complexo" pelo governo.

Neste domingo, as autoridades locais anunciaram o confinamento do cantão de Anxin, localizado a 60 quilômetros ao sul de Pequim, na província de Hebei. Onze casos relacionados ao foco epidêmico de Pequim foram relatados  em Anxin. 

A partir de agora, apenas uma pessoa por família poderá sair, uma vez por dia, para comprar alimentos e remédios.

O epicentro  do novo surto foi detectado no  mercado atacadista de Xinfadi, que fornece carne para supermercados e restaurantes.

Cerca de um terço dos novos casos relatados até agora está relacionado à seção de carne bovina e de cordeiro do mercado, informaram autoridades da prefeitura, em entrevista coletiva neste domingo. 

"A situação epidêmica na capital é séria e complexa", disse o porta-voz da cidade, Xu Hejian.

Os testes de diagnóstico são dirigidos, sobretudo, para quem frequentava o mercado, funcionários de restaurantes, entregadores e moradores de áreas residenciais consideradas de risco. Ao todo, 8,3 milhões de amostras foram coletadas, e 7,7 milhões, analisadas, relatou a prefeitura.

A capital chinesa também limitou o transporte público para deter a disseminação dos casos de coronavírus. Bairros da cidade foram bloqueados e pontos de segurança foram instalados em regiões residenciais. Preocupadas com os riscos de contágio, outras províncias impuseram exigências de quarentena para visitantes vindos de Pequim. 

Além de testes e medidas de prevenção e controle, Pequim intensificou a inspeção dos mercados de produtos frescos como carne suína, bovina, ovina e de aves congeladas. Outros negócios, incluindo supermercados e restaurantes, estão sendo controlados para garantir que não haja produtos contaminados com o patógeno em circulação.

Agora, os testes foram expandidos para incluir todos os funcionários de salões de beleza e cabeleireiros da cidade, informou o Global Times.

As autoridades da cidade pediram que as pessoas não deixem Pequim, escolas foram fechadas novamente, e dezenas conjuntos residenciais foram isolados na tentativa de acabar com o vírus.

Pequim aumenta capacidade de teste e chega a um terço da população da cidade

LOGO REUTERS

XANGAI (Reuters) - Pequim intensificou a realização de testes de coronavírus e já aferiu cerca de um terço da população da capital chinesa até agora, disse uma autoridade municipal neste domingo, enquanto os governos tentam controlar um surto decorrente do mercado atacadista em meados de junho.

Até o meio-dia deste domingo, Pequim já havia coletado 8,29 milhões de amostras de pacientes e completado 7,69 milhões de testes, disse Zhang Qiang, funcionário do comitê municipal de Pequim, em entrevista coletiva.

"Isso significa que já testamos todas as pessoas que precisam ser testadas. Também estamos implementando triagens em larga escala para certas regiões e populações-chave (da cidade) e melhoramos nossa capacidade de testagem", disse Zhang, acrescentando que Pequim está recebendo apoio médico de outras províncias.

Pequim registrou seu primeiro caso do surto no mercado de Xinfadi no dia 11 de junho e 311 pessoas na cidade de mais de 20 milhões de habitantes testaram positivo para o vírus desde então.

Segundo Zhang, os testes estão sendo realizados em lotes e incluem trabalhadores do mercado e moradores dos bairros vizinhos. Estudantes, equipe médica da linha de frente e trabalhadores das indústrias de transporte, bancos, supermercados, entregas expressas e salões de beleza também serão testados.

Zhang acrescentou que a capacidade diária de testes de Pequim aumentou para 458.000 por dia.

CHINA-BEIJING-COVID-19-NUCLEIC ACID TEST (CN)

China relata 17 novos casos confirmados de COVID-19 neste domingo

Beijing, 28 jun (Xinhua) -- A Comissão Nacional de Saúde informou neste domingo que recebeu relatos de 17 casos recém-confirmados de COVID-19 na parte continental da China no sábado, incluindo 14 transmissões locais e três importadas.

Todos as transmissões locais foram reportadas em Beijing, informou a comissão em seu relatório diário.

Nenhuma morte relacionada à doença foi relatada no sábado, segundo a comissão.

Até sábado, o total de casos confirmados na parte continental da China atingiu 83.500, incluindo 415 pacientes que ainda estavam em tratamento, com oito em estado grave.

No total, 78.451 pessoas receberam alta hospitalar após a recuperação e 4.634 pessoas morreram da doença, informou a comissão.

Até sábado, a parte continental da China registrou 1.902 casos importados, entre os quais, 1.816 receberam alta após a recuperação e 86 permanecem internados, incluindo um em estado grave. Nenhuma morte dos casos importados foi relatada.

A comissão informou que até sábado ainda havia oito casos suspeitos de ter infectado com o vírus.

Segundo a comissão, 7.445 contatos próximos ainda estavam sob observação médica depois que 692 pessoas foram liberadas no sábado.

Sete novos casos assintomáticos, incluindo quatro importados, foram relatados na parte continental nesto sábado, acrescentando que dois casos assintomáticos foram recategorizados como confirmados. Cinco casos assintomáticos foram liberados da observação médica.

A comissão informou que 106 casos assintomáticos, incluindo 66 importados, ainda estão sob observação médica.

No sábado, 1.197 casos confirmados, incluindo sete mortes, foram relatados na Região Administrativa Especial de Hong Kong, 46 casos na Região Administrativa Especial de Macau e 447 em Taiwan, incluindo sete mortes.

Ao todo 1.095 pacientes na Região Administrativa Especial de Hong Kong, 45 na Região Administrativa Especial de Macau e 435 em Taiwan receberam alta hospitalar após a recuperação.

Testes de vacina contra covid-19 mostram completa eficácia, diz grupo chinês

LOGO estadao

O grupo farmacêutico chinês China National Biotec Group (CNBG) informou neste domingo, 28, que uma vacina contra o novo coronavírus em desenvolvimento pela empresa se mostrou capaz de imunizar todas as pessoas que receberam as doses. Participaram desta etapa 1.120 indivíduos, sendo que todos produziram anticorpos contra o vírus causador da covid-19.

"Com referência a produtos similares no passado, combinados com dados humanos existentes, sugere-se inicialmente que a nova vacina desenvolvida seja segura e eficaz", diz o texto publicado pela CNBG na rede social chinesa WeChat.

Na nota, o grupo também disse ter construído uma fábrica em Pequim com capacidade de produzir até 120 milhões de unidades da vacina a cada ano.

EUA batem recorde de novos casos diários da covid-19

LOGO estadao

Os Estados Unidos superaram neste domingo, 28, o recorde alcançado no sábado, 27, de novos casos da covid-19 no país: foram 44.703 casos identificados nas últimas 24 horas ante 44 602 no mesmo período anterior. Antes disso, o maior número de casos registrados em um dia havia sido em 6 de abril, com 43.438

Os dados são do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).

Os novos números fazem do atual momento o mais crítico para os EUA desde o começo da pandemia, primeira vez confirmando mais de 34 mil casos por dia durante cinco dias consecutivos.

No total, segundo o CDC, 2.504.175 contaminações pelo coronavírus aconteceram nos EUA, sendo que 125.484 infectados acabaram morrendo por causa da doença, o maior número em todo o mundo.

Nas últimas 24 horas, as vítimas fatais da covid-19 no país foram 508.

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Fonte:
Reuters/Xinhua/Estadão

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