Elevação da curva de juros é reflexo do fiscal e não de expectativas de inflação, diz Campos Neto

Publicado em 24/09/2020 12:40

LOGO REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta-feira que a inclinação recente da curva de juros decorre de preocupações com a sustentabilidade fiscal e, mais especificamente, com qual será a política de saída dos estímulos dados durante a pandemia.

"Nós entendemos que uma coisa está ligada à outra. Não é um fenômeno de expectativa de inflação", afirmou ele, em coletiva de imprensa.

Questionado se o BC poderia utilizar a prerrogativa de comprar títulos públicos para achatar essa inclinação, possibilidade aberta pela emenda constitucional do Orçamento de Guerra, ele reiterou a visão de que a eventual compra seria para estabilizar o mercado em situação de disfuncionalidade, não sendo este um instrumento de política monetária.

"Entendemos que existem outros instrumentos ainda a serem usados em política monetária", disse.

Segundo Campos Neto, não é possível prever qual será o gatilho para a intervenção via compra de títulos públicos, sendo que o BC faz esse acompanhamento no dia a dia.

(Por Marcela Ayres)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário