Reino Unido testa se vacina contra tuberculose (BCG) também pode ser eficaz contra Covid-19

Publicado em 12/10/2020 07:48

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LONDRES (Reuters) - A vacina BCG, amplamente utilizada contra a tuberculose, será testada em profissionais de atendimento da saúde no Reino Unido quanto à sua eficácia contra o coronavírus, disseram os pesquisadores que lideram o braço britânico de um estudo global.

A vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG), usada para proteger contra a bactéria causadora da tuberculose, induz uma ampla resposta do sistema imunológico inato e tem demonstrado proteção contra infecções ou doenças graves causadas por outros patógenos respiratórios.

"Foi demonstrado que a BCG aumenta a imunidade de uma forma generalizada, o que pode oferecer alguma proteção contra a Covid-19", disse o professor John Campbell, da Faculdade de Medicina da Universidade de Exeter.

"Estamos tentando estabelecer se a vacina BCG pode ajudar a proteger as pessoas que estão sob risco de Covid-19. Se isso acontecer, poderemos salvar vidas administrando esta vacina disponível e econômica."

O estudo do Reino Unido faz parte de um teste existente liderado pela Austrália, que foi lançado em abril e também tem ramificações na Holanda, Espanha e Brasil. A vacina BCG também está sendo testada como proteção contra a Covid-19 na África do Sul.

O teste britânico está recrutando voluntários antes do inverno, que é quando a situação pode se agravar, segundo as autoridades, uma vez que o país luta contra uma segunda onda de infecções.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, indicou que as restrições para conter a pandemia devem vigorar até a primavera e deve anunciar novas medidas de restrição à circulação no país na segunda-feira.

A parte britânica do teste, que está sendo executado em Exeter, sudoeste da Inglaterra, está procurando recrutar 1.000 pessoas que trabalham em casas de saúde e serviços de saúde comunitários nas proximidades.

Globalmente, mais de 10 mil profissionais de saúde serão recrutados para os estudos.

Liverpool enfrenta medidas mais duras de novo lockdown no Reino Unido

BANGALORE, Índia (Reuters) - A cidade de Liverpool pode entrar no "terceiro nível" mais estrito de novas restrições contra o coronavírus a serem anunciadas em breve pelo governo britânico, disse a Sky News no domingo, acrescentando que as medidas podem durar seis meses.

Escolas e universidades permanecerão abertas enquanto bares, academias, cassinos e casas de apostas provavelmente fecharão, disse Sky, embora os pubs que servem "comida substancial" deverão permanecer abertos.

Mas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que deve falar ao país na segunda-feira sobre as novas restrições para conter o ressurgimento da Covid-19, ainda não aprovou as medidas para Liverpool, acrescentou a emissora.

França registra 16 mil novos casos de Covid-19 e 46 mortos nas últimas 24 horas

PARIS (Reuters) - O número de novas infecções por coronavírus na França foi de 16.101 nas últimas 24 horas, abaixo do recorde de quase 27 mil no dia anterior, mostraram dados do Ministério da Saúde neste domingo.

Os números elevaram o total acumulado de casos a 734.974 desde o início da epidemia. O número de mortes pelo vírus aumentou em 46, para 32.730.

Os casos novos são geralmente mais baixos no domingo porque menos testes são feitos no fim de semana.

Novos casos de coronavírus forçam restrições maiores na Alemanha, diz assessor de Merkel

FRANKFURT (Reuters) - A Alemanha deve continuar limitando reuniões de pessoas e reprimindo viagens desnecessárias enquanto o país enfrenta aumento de casos de Covid-19, disse um assessor da chanceler, Angela Merkel, neste domingo.

"Devemos ser um pouco mais rígidos em lugares onde a infecção se espalha principalmente, que são festas e, infelizmente, também viagens", disse o chefe de gabinete da chanceler, Helge Braun, à emissora pública ARD.

"Estamos no início de uma segunda onda e só a determinação dos políticos e da população vai decidir se podemos evitá-la ou retardá-la", acrescentou.

A Alemanha conseguiu manter o número de novas infecções e mortes menor do que muitos de seus vizinhos, mas o número diário de novos casos saltou para mais de 4 mil desde quinta-feira, o maior desde abril.

A contagem de domingo estava abaixo disso, mas isso ocorre porque os resultados de testes tendem a ser mais baixos nos fins de semana.

Merkel e os prefeitos das 11 maiores cidades da Alemanha concordaram na sexta-feira em adotar medidas mais rígidas se os novos casos excederem o limite de 50 por 100 mil habitantes em uma semana.

Mais de 20 cidades estão agora acima desse nível, o que criou uma colcha de retalhos de restrições sobre as viagens dentro do país.

O primeiro-ministro da Baviera, Markus Soeder, propôs no fim de semana multas mais pesadas para pessoas que não usam máscaras em locais obrigatórios como transporte público e lojas - de 250 euros em comparação com os atuais 50 euros, e 500 euros para reincidentes. Braun disse que concordou com penalidades duras.

Merkel manterá novas negociações com os premiês estaduais na quarta-feira.

Catalunha e da Navarra, na Espanha, endurecem medidas contra Covid-19

BARCELONA, Espanha (Reuters) - As regiões espanholas de Catalunha e Navarra vão impor novas restrições de trabalho e às reuniões públicas depois de aumentos no número de casos de Covid-19, afirmaram autoridades neste domingo.

Josep Maria Argimon, secretário de saúde da Catalunha, pediu às empresas que mandem os funcionários trabalhar de casa pelos próximos 15 dias.

"Se não estabelecermos algumas medidas, podemos chegar à situação em Madri em duas ou três semanas", disse Argimon à rádio RAC1. "Mas não chegaremos à situação deles, porque vamos tomar medidas obrigatórias que serão anunciadas esta semana."

Madri, onde um estado de emergência foi imposto na sexta-feira para interromper o aumento nas taxas de infecção, é um dos focos da Covid-19 na Europa atualmente.

A Catalunha registrou 2.360 casos da doença e 13 mortes nas últimas 24 horas, informaram as autoridades de saúde neste domingo.

Em Navarra, que tem uma população de 650 mil habitantes, a líder regional Maria Chivite anunciou novas restrições depois que 463 casos de coronavírus foram registrados neste domingo, o maior número em um só dia desde o início da pandemia.

A partir de terça-feira, as reuniões estarão limitadas a seis pessoas, os bares e restaurantes devem fechar às 22h e a capacidade deles será limitada a 50%, enquanto a capacidade dos parques infantis será reduzida para 30%.

A conservadora líder regional em Madri Isabel Díaz Ayuso disse que o lockdown está "arruinando" a economia da capital espanhola e que ele é profundamente antidemocrático.

"O sistema judiciário, a região de Madri, o rei e a lei estão no caminho de Pedro Sánchez, que está tentando mudar este país pela porta dos fundos", disse Ayuso ao jornal El Mundo em entrevista publicada neste domingo.

Uma porta-voz do governo espanhol se recusou a comentar a declaração.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse a jornalistas no sábado: "Continuaremos oferecendo ajuda ao governo regional de Madri para que possamos trabalhar juntos, mas a situação exige uma resposta e não podemos ficar apenas sentados."

Irã tem recorde de mortes diárias por coronavírus

DUBAI (Reuters) - O Irã registrou 251 novas mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde diário, disse o Ministério da Saúde neste domingo, com o número total de casos identificados acima de 500 mil no país mais atingido pela doença no Oriente Médio.

A porta-voz do ministério, Sima Sadat Lari, disse à TV estatal que o último balanço elevou o número total de mortos para 28.544. Houve 3.822 novos casos, o que elevou a contagem de infecções identificadas até hoje para 500.075, acrescentou ela.

Casos de coronavírus na Índia superam 7 milhões antes de festivais

MUMBAI, Índia (Reuters) - O número de casos de coronavírus na Índia atingiu 7 milhões no domingo, quando o Ministério da Saúde relatou 74.383 novas infecções nas 24 horas anteriores, com um aumento nas infecções nos Estados do sul minimizando queda nas regiões ocidentais.

As mortes por Covid-19 no país aumentaram em 918 nas últimas 24 horas para 108.334, disse o ministério.

A Índia adicionou 1 milhão de casos em apenas 13 dias, de acordo com uma contagem de dados do governo feita pela Reuters, e tem o segundo maior número de infecções, atrás dos Estados Unidos, que se aproxima da marca de 8 milhões, e a frente do Brasil.

O Estado de Kerala, no sul, que ganhou elogios pela forma como ligou com a epidemia, relatou no sábado 11.755 novos casos, a maior contagem do país.

O vizinho Karnataka e sua capital, Bangalore, onde muitas empresas de software estão sediadas, também tentam conter a disseminação do vírus.

O governo do primeiro-ministro Narendra Modi, confrontado com uma crise econômica após impor um bloqueio rígido para tentar conter a propagação do vírus no final de março, está avançando com a abertura total do país pouco antes da temporada de festivais.

Mas a temporada de festivais da Índia, que culmina em outubro e novembro com as populares celebrações hindus de Dussehra e Diwali, apresenta desafios adicionais, à medida que as autoridades tentam conter as grandes celebrações públicas usuais e as viagens pelo país.

Normalmente, a temporada de festivais traz um grande aumento nos gastos dos consumidores, e a atmosfera mais sombria deste ano vai prejudicar ainda mais a economia que se contraiu quase 25% nos três meses anteriores a junho - o pior número já registrado.

Alguns Estados, como Maharashtra e Gujarat, no oeste, colocaram restrições contra aglomerações durante o festival Navratri, que dura nove dias e deve começar em 17 de outubro.

"A temporada de festivais está se aproximando. Um pouco de descuido das pessoas durante os festivais pode piorar a situação", disse o ministro da Saúde da Índia, Harsh Vardhan, neste domingo.

"Não há necessidade de se reunir em grande número para provar sua fé ou religião. Se fizermos isso, poderemos ter um grande problema", disse Vardhan.

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Fonte:
Reuters

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